Governador reforça que não aceita ilegalidade e senadores vão cobrar solução para crise ambiental na Amazônia

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Foto: Divulgação

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“Não aceito e não estou defendendo quem atua na ilegalidade. Quem atua fora da lei, precisa ser punido. Mas, quem trabalha cumprindo a lei precisa ser respeitado, e não tratado com um bandido”, assim o governador Ivo Cassol encerrou o seu discurso, no plenário da Assembléia Legislativa, na noite desta quinta-feira, durante audiência que discutiu as providências que poderiam ser tomadas para enfrentar a crise enfrentada pelo setor produtivo da Amazônia. Após se reunirem com centenas de trabalhadores, empresários do setor madeireiro e lideranças políticas, nos municípios de Cujubim e Machadinho do Oeste, a comitiva formada pelos senadores Expedito Júnior (RO), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Jaime Campos (DEM-MT) e Gilberto Goellner (DEM-MT), apresentaram na Assembléia um balanço das visitas e as possíveis saídas para a crise. O senador Flexa Ribeiro elogiou a postura firme do governador Ivo Cassol, em defesa do setor produtivo, e apresentou como sugestões para a continuidade dos debates com a União em torno do assunto, a proposta de desmatamento zero em áreas de matas virgens. Em troca, o Incra se comprometeria em fazer a regularização fundiária de todas as áreas. “Outro ponto importante seria a parceria entre o Ibama e os órgãos ambientais estaduais e o reconhecimento dos zoneamentos sócio-econômicos. É preciso aproveitar a floresta, com racionalidade, o que hoje não ocorre”, explicou. “Baseado em dados equivocados do Inpe, o Ministério do Meio Ambiente deflagrou a operação Arco de Fogo, contra os municípios considerados ‘vilões’ do desmatamento. Mesmo se comprovando que os números eram falsos, o Ibama, Polícia Federal e Força Nacional realizaram a operação, fechando madeireiras e tratando a todos como bandidos”, observou o senador Jayme Campos (DEM-MT). Já o senador Expedito Júnior disse que enquanto o Incra não regularizar as áreas, não será possível fazer uma política ambiental eficiente e estabelecer um crescimento sustentável. “Ao invés de gastar milhões com essa operação, o Governo Federal deveria regularizar as terras, acabando com invasões, ocupações e outros crimes que tanto entravam e prejudicam o nosso desenvolvimento”, completou. Caso não haja uma flexibilização do Governo, os senadores vão articular uma mobilização de toda a bancada da região Norte, para trancarem a pauta do Senado. “Nada será votado enquanto não for revista a política ambiental discriminatória”, declarou Jayme Campos, acrescentando que “essa luta vai até o fim”.
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