ARTIGO: CARTOLA: Onde estão ícones como Ney, Cazuza e outros? – Por Edneide Arruda

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Foto: Divulgação

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O Filme “Cartola”, lançado em 2006, e em cartaz nos principais cinemas brasileiros, traz para a telinha, a vida - com dores e amores - de um dos principais compositores da Música Popular Brasileira. Com direção e roteiro de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, “Cartola” traz algo de novo: o filme-documentário, que é uma linguagem nova para a cinematografia brasileira. Numa narrativa testemunhal, os diretores proporcionam ao espectador 85 minutos de volta às décadas de boemia carioca. Um verdadeiro saudosismo, cujo valor está exatamente na iniciativa de resgatar, e desta feita, por meio da Sétima Arte, muito do que foi um dos maiores compositores, cantores e poetas brasileiros, que, infelizmente, só conseguiu gravar seu primeiro disco quando tinha 65 anos, tendo morrido seis anos depois, muito pobre. Agenor (e por erro, grafado como “Angenor”) de Oliveira, mais conhecido como Cartola, nasceu no Rio de Janeiro em 11 de outubro de 1908 e morreu em de 30 de novembro de 1980, de câncer. Era um dos sambistas que formavam a velha-guarda da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, sendo considerado o responsável pela escolha do nome e do verde e rosa, as cores da Escola. Teria escolhido estas cores, segundo rumores, para homenagear o Fluminense, clube de futebol que amava. No filme em que “testemunhas” contam episódios mórbidos, felizes e irônicos da vida do sambista, ficção e realidade se confundem. Um caso evidente é a cena que mostra o boato de que o artista teria sido assassinado. Considerado um dos maiores sambistas de todos os tempos, Cartola bem que merece o documentário feito para relembrar sua contribuição para a MPB: compôs, sozinho ou com parceiros, mais de 500 canções. Todas de conteúdos poéticos muito fortes, como "As Rosas Não Falam", "Alvorada", "O Mundo é um Moinho" e "O Sol Nascerá". Indubitavelmente, “Cartola” dá às novas gerações, a oportunidade de conhecer um pouco da história de um compositor de alta relevância. Propósito, todavia, perdido em cenas obscuras e indecifráveis que empurram o espectador à sofreguidão de entender o enredo. Mais que isso: o filme peca exatamente na história, ao perder a oportunidade de registrar o trabalho de Cartola, nas vozes de grandes ícones da MPB como Leny Andrade, Ney Matogrosso, Cazuza, Fagner e outros. Leny Andrade, que se que se firmou como a maior cantora brasileira de jazz, conhecida por sua notável capacidade de improvisação, interpretou Cartola no disco “Cartola 80 anos”, de 1987, cantando "O mundo é um moinho", "As rosas não falam" e "Acontece", entre outras. O efêmero Cazuza (1958-1990), grande fã do sambista, foi outro que interpretou, divinamente, “O Mundo é um moinho”, no disco “Preciso dizer que te amo”, de 1986. Ney Matogrosso pós no disco Ney Matogrosso - Interpreta Cartola, de 2002, nada menos que 16 músicas do velho Cartola. Antes, porém, na produção de “’À Flor da Pele”, de 1990, acompanhado por Rafael Rabelo, Ney interpretou sucessos de Cartola como “O Mundo é um moinho” e “Autonomia”. Lembremos ainda, da interpretação que Fagner deu para “As rosas não falam”, no disco Fagner - Dez Anos, de 1984. Todos estes ícones da nossa música, que embevecem gerações de ontem e de hoje, não aparecem no filme-documentário. Se Lírio Ferreira e Hilton Lacerda queriam mostrar que o passado está no presente, não poderiam deixar de incluir no filme, estes astros que, com a força de suas vozes, cantam planeta à fora que “As rosas não falam”. Porém, ressaltam que, como “O mundo é um moinho”, tudo nele “Acontece”.
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