Reserva maior que dívida é lorota de Lula para encobrir estelionato eleitoral do PT - Por Paulo Queiroz

Reserva maior que dívida é lorota de Lula para encobrir estelionato eleitoral do PT - Por Paulo Queiroz

Reserva maior que dívida é lorota de Lula para encobrir estelionato eleitoral do PT -  Por Paulo Queiroz

Foto: Divulgação

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1 – FARSA ECONÔMICA Tornou-se referência na crônica política a antológica reprimenda do marketeiro James Carville "é a economia, estúpido!", tomada depois como slogan que norteou a vitória de Bill Clinton no pleito de 1992, derrotando George Bush I, pai do atual presidente dos EUA. Bem antes o teatrólogo alemão Bertolt Brecht já demonstrara que o analfabetismo político termina mesmo é por desaguar no preço extorsivo do feijão. Enfim, leitor, tudo tem a ver com a economia. Mas como é considerável a complexidade dos grandes números que regem a atividade econômica de uma nação, o cidadão comum torna-se presa fácil de uma manipulação perversa por parte dos governantes. Esta é uma das razões, leitor, pela qual se diz que essa democracia é, na verdade, uma falácia, porquanto sem entender o que é feito com o dinheiro que é obrigado a desembolsar na forma de impostos de toda ordem, a participação do cidadão na vida do país fica reduzida à tapeação do voto. E haja enganação! No episódio mais recente, o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) andou inflando o orgulho nacional divulgando a lorota segundo a qual as reservas do país – os dólares que o Tesouro acumulou – atingiram um patamar que é maior do que a dívida externa brasileira. Antes, como se recorda, já propalara com pompa e circunstância que seu governo antecipara o pagamento de empréstimos que o país contraíra junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em tendo se habituado a ouvir que os flagelos do Brasil sempre foram a dependência em relação ao FMI e a extorsão representada pela dívida externa propriamente dita, o considerado é inapelavelmente levado a se perguntar: e o que é que estamos esperando para ingressar no chamado primeiro mundo? Por que não estamos desfrutando dos mesmos progressos – em termos de educação, saúde e segurança – existentes naqueles países que, em vez de dívidas, têm é dinheiro para emprestar? Pois se nós temos mais dinheiro do que somam todas as nossas dívidas, por que não pagá-las e usar as sobras para emprestar, tornando-nos credores em vez de devedores? 2 – BOIADA MANSA E aí leitor, se não deu para desconfiar que essa história está mal contada é porque o considerado está próximo de se tornar um caso perdido, perto de ser condenado a viver o resto dos seus dias feito boi de manada, possivelmente com prejuízo para o quadrúpede nesta comparação, pois já se disse que a diferença entre um boi ruminando e um “classe média” acomodado mascando chiclete é o olhar inteligente do boi. Mas se o distinto decidir que não quer mais ser enganado, a recomendação é tentar adquirir um exemplar da 3ª edição da cartilha "ABC da Dívida", lançada pela campanha “Auditoria Cidadã da Dívida”, disponível também no endereço de Internet www.divida-auditoriacidada.org.br. É um trabalho espetacular que remonta ao ano 2000, quando uma pá de entidades – dentre as mais respeitadas do país, representando auditores fiscais, professores universitários, ministério público, igrejas, advogados e o escambau – se reuniu para elaborar uma estratégia que permitisse à cidadania cobrar a realização de uma auditoria da dívida – aliás, uma das mais badaladas plataformas do PT antes de subir a rampa. Mas em vez disso, o que se vê é Lula contando uma lorota atrás da outra sobre o assunto numa cínica manobra para tentar encobrir o estelionato eleitoral do seu partido. Pois bem. No endereço de Internet aqui indicado - ou na versão impressa da cartilha mencionada anteriormente - o leitor vai ficar sabendo com uma riqueza de detalhes incontrastáveis que o pagamento antecipado dos empréstimos feito pelo país ao FMI jamais significou sequer sua redução, mas sim a troca da dívida velha por uma nova, mais cara, que vem a ser a chamada dívida interna. Aliás, hoje o tipo de moeda e de credor não são mais suficientes para se fazer a distinção entre dívida externa e interna, pois parte significativa da “Dívida Interna” está nas mãos de estrangeiros. Portanto, aquele suposto marco histórico divulgado pelo governo esconde, na realidade, uma verdadeira reciclagem do velho mecanismo de espoliação da dívida externa, com uma nova máscara: o endividamento "interno". 3 – MICO CASEIRO Quanto ao anúncio recente, o que está por trás deste acúmulo desenfreado de reservas é uma verdadeira farra dos especuladores de toda sorte, que trazem seus dólares em massa ao Brasil para comprar títulos da dívida “interna”, primeiro em busca dos juros mais altos do mundo, depois para especular com a moeda, porquanto há tempos o dólar vem despencando nos mercados, inclusive frente ao real - como se está careca de constatar. O resultado disto é a explosão da dívida interna, que atingiu R$ 1,4 trilhão dezembro de 2007, tendo crescido 40% em apenas dois anos, conforme diz o economista Rodrigo Vieira de Ávila, da campanha “Auditoria Cidadã da Dívida”. Quem se beneficia são os investidores estrangeiros, que não param de bater recordes de lucro. Quem acompanha o noticiário ficou sabendo que um senhor de nome Warren Buffett, o maior investidor do mundo, “surpreendeu o mercado financeiro na sexta-feira (29/02) ao anunciar que sua companhia lucrou US$ 2,3 bilhões apostando no real contra o dólar”. Como dinheiro não dá em árvores, se Buffett ganhou, alguém perdeu. Os dólares que Buffett usou para comprar reais, portanto, tornaram-se parte daqueles que o governo anunciou como reservas maiores que a dívida. Como o dólar não pára de cair e essa é uma tendência que não deverá ser revertida tão cedo, a conclusão é para lá de elementar. Tanto que, com operações para acumular reservas, o prejuízo para o Banco Central: chegou a R$ 58,5 bilhões apenas de janeiro a outubro de 2007, segundo informa Vieira. Este prejuízo é bancado pelo Tesouro e, nesse caso, correspondeu ao dobro de todos os gastos federais com saúde no mesmo período. O mico, portanto, ficou também com o considerado. Durma-se. Além do mais, conforme observa Rodrigo Vieira, quando o governo Lula alega que possui recursos para pagar toda a dívida externa, faz uma apologia ao pagamento de uma dívida ilegítima e já paga várias vezes com o sangue e suor do povo, desde os anos 80, quando os EUA, de modo unilateral e ilegítimo, multiplicou as taxas de juros incidentes sobre a dívida externa, levando o chamado terceiro mundo, obviamente com o Brasil a reboque, à recessão e ao desemprego. E bate o bumbo!
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