Mulher – A antropóloga Mirian Goldenberg sobre infidelidade no “Sempre Um Papo”

Mulher – A antropóloga Mirian Goldenberg sobre infidelidade no “Sempre Um Papo”

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Foto: Divulgação

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A antropóloga e escritora Mirian Goldenberg foi a convidada especial do projeto “Sempre Um Papo” (www.sempreumpapo.com.br) em Porto Velho, ontem (08), dia internacional da mulher. *Lançando seu mais novo livro “Infiel: notas de uma antropóloga” (Editora Record), Mirian debateu com o público uma questão delicada, a infidelidade conjugal. *O evento – uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher - quinta-feira (08), ocorreu as 17h00, no auditório da faculdade Ulbra. *Mirian Goldenberg (www.miriangoldenberg.com.br) é uma das antropólogas mais solicitadas e respeitadas do Brasil. Em dez anos de carreira como pesquisadora e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizou inúmeros trabalhos, sempre tratando de temas polêmicos: sexualidade, normalidade, o culto ao corpo, os novos desejos, assuntos que serão abordados na palestra. *SOBRE O LIVRO *“Infiel: notas de uma antropóloga” faz uma radiografia da vida sexual do brasileiro. Quem é mais infiel, o homem ou a mulher? Por que homens e mulheres são infiéis? Quais os principais problemas em um casamento? Qual o modelo ideal de casal? O que fazem os homens e mulheres que descobrem que são traídos? O que é infidelidade? Mirian entrevistou em profundidade pessoas de várias classes, com milhares de questionários, analisou matérias de jornais e revistas, assistiu filmes, leu romances, novelas e inúmeros livros sobre o tema. As respostas surpreendem. As clássicas 'outras' acreditam que seus parceiros não têm relações sexuais com as esposas. Os homens casados acreditam que as amantes lhes são fiéis sexualmente. Não só no casamento, mas também no adultério. *SOBRE O DEBATE *Durante o debate no “Sempre um Papo” Mirian Goldenberg falou sobre suas pesquisas e principalmente sobre o seu novo livro Infiel: notas de uma antropóloga. Mirian entrevistou 1.279 pessoas de 17 a 50 anos, com nível universitário, moradores da cidade do Rio de Janeiro, sendo a maior porcentagem do sexo feminino e constatou que 60% dos homens e 47% das mulheres afirmaram já terem sido infiéis. *Nota-se que, apesar de não estarem tão distantes nesta questão, os motivos apontados para a traição foram completamente diferentes. Homens disseram trair por uma afirmação de sua virilidade, para provarem que são “homens de verdade”. “Instinto”, “natureza”, “galinhagem”, “é um hobby”, “testicocefalia”, “pintou uma chance que eu não podia recusar” foram respostas presentes apenas no discurso masculino. A clássica dissociação entre sexo e afeto aparecia na maior parte dos pesquisados, apontando para a divisão feita pelos homens brasileiros entre “mulher da casa” e “mulher da rua”, “santa” e “puta”, “lugar da família” e “lugar do prazer sexual”. *Já nas respostas femininas encontrei “insatisfação com o parceiro”, “vontade de experimentar”, “falta de amor e atração”, “auto-afirmação”, “para levantar a auto-estima”, além de um número significativo de mulheres que foram infiéis porque não se sentiam mais desejadas pelos parceiros. As mulheres culpam seus parceiros por serem infiéis. *As clássicas 'outras' acreditam que seus parceiros não têm relações sexuais com as esposas, dizem que são as verdadeiras esposas de seus parceiros, pois é com elas que conversam, fazem sexo, vivem uma relação verdadeira sem mentiras. Os homens casados acreditam que as amantes lhes são fiéis sexualmente. Não só no casamento, mas também no adultério. *"Encontrei raríssimos casais que defendiam o casamento aberto, em que o marido e a esposa poderiam ter relações extraconjugais, desde que contassem tudo um ao outro, sem colocar em risco a relação principal", relatou Mirian. A infidelidade permanece como um problema não resolvido. A fidelidade permanece como uma virtude, apesar das enormes mudanças nas relações afetivo-sexuais na atualidade. Homens e mulheres traem. Homens e mulheres são traídos. *Após o debate que reuniu centenas de mulheres, Mirian Goldenberg elogiou as mulheres rondonienses e frisou a sobre a possibilidade de uma futura pesquisa sobre o comportamento das mulheres da região. *SOBRE A AUTORA *Mirian Goldenberg é professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia e do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ); doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ); organizadora de Os novos desejos e Nu & vestido; autora de A Outra: estudos antropológicos sobre a amante do homem casado, Toda mulher é meio Leila Diniz, A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais e De perto, ninguém é normal.
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