O Estado do Amazonas foi o último colocado, entre 11 estados, no Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com um índice de aprovação de 18,2%. De acordo com esse percentual, menos de 100 candidatos, dos 489 que prestaram o exame, no dia 3 de dezembro de 2006, foram aprovados. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (23), pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília (UNB), responsável pelas provas de avaliação da Ordem.
*De acordo com o presidente da Comissão de Exame da Ordem no Amazonas, Oldeney Valente, o resultado do exame é preocupante. “O índice foi muito reduzido em relação aos demais estados e causa bastante preocupação. Esperamos que para o próximo exame os candidatos preparem-se melhor, pois o nosso interesse é ter uma OAB forte e com profissionais qualificados”, comentou Valente. Segundo o presidente, o índice de aprovação em 2005 foi de aproximadamente 50%, mas ele não soube informar quantos candidatos foram aprovados na época. Nesse período, explicou Valente, a avaliação era realizada por instituições locais.
*Para ele, o baixo índice de aprovação pode estar relacionado ao despreparo dos candidatos que não estão acostumados com exames em sistema nacional. “A prova da Ordem no sistema unificado não é tão difícil como querem que pareça. O que falta é um pouco mais de preparação dos candidatos”, ressaltou Valente.
*Valente também se mostrou preocupado com a proliferação de cursos de Direito no País, mas preferiu não fazer juízo de valor sobre os oferecidos no Estado, porque apenas três instituições de Ensino Superior foram avaliadas pelo ‘OAB Recomenda’, selo de qualidade aplicado pela Ordem aos cursos de Direito do Brasil. Em Manaus, apenas a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi recomendada pela OAB. *“Seria leviano comentar a qualidade dos cursos oferecidos nas diversas instituições locais, sem termos um estudo mais aprofundado sobre eles”, declarou.