Se todos os projetos forem aprovados, a capital de Rondônia deve disponibilizar cerca de 14 mil vagas em cursos de qualificação, além das nove mil vagas oferecidas pela Odebrecht
Foto: Divulgação
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REFLEXOS
Um exemplo do reflexo da procura por qualificação é que no ano passado o Serviço Nacional do Comércio (Senac) em Rondônia superou sua meta de inscrição em cursos. A meta de 2007 era de 16 mil vagas e foram preenchidas mais de 20 mil, afirmou o diretor regional da entidade, Hilton Gomes Pereira. O cenário não foi diferente no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a maior demanda foi pelos cursos ligados a segurança do trabalho, segurança em instalações e serviços de eletricidade; eletricidade predial e automotiva; e mecânica básica. Porém os que foram mais procurados pela população, principalmente de baixa renda, foram os cursos para capacitação de pessoal para trabalhar no entorno das obras das usinas. Nos meses de setembro a dezembro milhares de pessoas enfrentaram longas filas para se inscrever no programa gratuito fomentado por governos (federal, municipal e estadual) e entidades. Através do Plano Setorial de Qualificação (Planseq), foram autorizadas a capacitação de 3.006 vagas em cursos realizados pelo Senac e o Senai que devem ser concluídos até meados do primeiro semestre de 2008. O grande problema é que o número de vagas de cursos ofertadas ainda é pouco, considerando que boa parte da população da capital vive na informalidade, além do grande volume de pessoas de várias faixas etárias que nunca conseguiram um emprego formal. Mesmo não tendo dados oficiais no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quanto a taxa de desemprego ou de informalidade separada por município, em Porto Velho está visível o grande número de pessoas que comercializam produtos piratas (cds e dvds) e várias outras mercadorias em bancas nas principais ruas do centro da cidade. Esse comércio informal também é bastante visível nas principais ruas de todos os bairros da capital, principalmente nas zonas sul e leste.
PROPOSTAS
Para tentar minimizar os impactos diretos que as empreiteiras podem ter quando da seleção por mão-de-obra qualificada para trabalhar nas usinas, ao longo deste ano serão criadas mais cinco mil vagas para os cursos do Planseq, fora os projetos paralelos do Senac e do Senai que pretendem criar novos cursos para qualificar pessoal, de forma gratuita. A população da cidade contará também com o treinamento específico que será ministrado diretamente pelo consórcio vencedor das obras da usina de Santo Antônio. “Serão cerca de nove mil vagas de treinamento oferecidos pela Odebrecht. Aquelas pessoas cadastradas no Balcão de Empregos da Prefeitura e que já passaram pelo Planseq, terão a preferência”, ressaltou o José Carlos Gadelha, secretário municipal de desenvolvimento sócio-econômico. No Senac há o projeto do Programa de Educação para a Cidadania (PEC) que deve criar no mínimo quatro mil vagas de treinamento em várias áreas do comércio varejista (lojas, rede de hotelaria, etc), afirmou o diretor regional Hilton Gomes Pereira. “Temos projetos na Suframa e no Banco do Brasil para a realização desse programa, pois acreditamos que só o Planseq não atenderá a demanda de pessoas que buscam por profissionalização, porém não têm condições financeiras para bancar um curso”, afirmou Pereira. No Senai, o diretor corporativo do Sistema Indústria, Gilberto Baptista, afirmou que há projetos com alguns deputados da bancada federal para que estes incluam emendas parlamentares que visem a qualificação de pessoal pela entidade. “Serão cerca de cinco mil pessoas que podem ser treinadas para trabalhar na indústria sem qualquer tipo de ônus, caso consigamos aprovação de emendas”, ressaltou Baptista.
Turmas do Planseq no primeiro dia de ala (11/02)
Informalidade visível nas ruas do centro
...e também na periferia
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