ARTIGO - O Exemplo que vem de Vilhena: Por Valdemir Caldas

Da Redação

11 de Fevereiro de 2008 às 08:45

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ARTIGO - O Exemplo que vem de Vilhena: Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Vem da cidade de Vilhena, mais uma denúncia envolvendo desvio de recursos públicos. O escândalo já foi, inclusive, objeto de denúncia junto ao Ministério Público Estadual e esmiuçado em jornais eletrônicos da capital. Para não destoar da realidade nacional, não há uma só semana em que a população rondoniense deixe de tomar conhecimento de novas falcatruas, praticadas com dinheiro do contribuinte. Agora, é a vez de Vilhena aparecer no meio do turbilhão. Isso mostra como a vida política está carente de vigilância. Ainda estão na memória da população portovellhese, os escândalos das passagens áreas, da folha de pagamento paralela, dos funcionários fantasmas, contratados pela Assembléia Legislativa, em administração passada e, mais recentemente, da fará com dinheiro do SUS para pagamento de polpudas diárias por parte da Secretária Municipal de Saúde. No fundo, o povo é o grande responsável por tudo isso, simplesmente, porque não tem sabido, com o voto seletivo e responsável, escolher seus representantes, nas mais diferentes esferas de poder, votando em políticos calhordas, parasitas da carótida social. Assim, de eleição em eleição, concorre à população, com as devidas exceções, para manter nos quadros, uma casta de aventureiros, fisiológicos, viciados e improdutivos, que, como cupins, vão corroendo as já combalidas estruturas da administração pública. Já disse alguém, que a democracia é o governo do povo. A ele cabe, portanto, através do voto, escolher os políticos e homens públicos que vão comandar, a partir do próximo ano, os destinos do município de Porto Velho. Não é por demais repisar, contudo, que as casas legislativas, frequentemente chamadas de “casas do povo”, precisam sintetizar, hoje, e sempre, o sentir da sociedade, ser um recinto permanente dos debates dos problemas sociais, dentro de um quadro de idéias compatíveis. É por isso que o povo precisa saber escolher, corretamente, seus representantes, uma vez que os problemas que o afligem são muitos e, portanto, não podem ser examinados e resolvidos com promessas mirabolantes feitas por mequetrefes, travestidos de cidadãos decentes. O eleitor precisa ficar atento, para não cair na cantilena dos políticos espertalhões, que, a cada pleito e na ausência de coisas mais sérias a fazer, prometem-lhe o reino encantado da fantasia, garantindo aos incautos transformar Porto Velho numa cidade mais humana e administrada para todos. Muito cuidado, eleitor! Antes de votar, convém formar uma noção exata e cristalina dos candidatos, sobretudo daqueles que se lhe apresentam como salvadores da pátria, com poderes especiais para mudar a face deformada da capital, num passe de mágica. Observe-se o exemplo (melancólico) de Vilhena, que, de cidade próspera, passou, nos últimos anos, a ocupar espaço na mídia não pela tenacidade nem pela cordialidade de seu povo, mas pelas falcatruas cometidas por um sem-número de políticos venais.

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