O foragido José Costa, o Paulista ou Zezé, foi preso na cidade de Alto Alegre
A equipe de policiais do Setor de Operações da Polinter (Polícia Interestadual) prendeu ontem, na cidade de Alto Alegre, o motorista José Antônio Costa, 45, apelidado de Paulista ou Zezé, que era fugitivo da Justiça do Estado de São Paulo acusado de um homicídio e duas tentativas de homicídio. Segundo a polícia, os crimes ocorreram na década de 1980 e desde então o acusado estava vivendo em Roraima.
Paulista foi levado para a sala da Polinter em Boa Vista e depois entregue na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, onde deve aguardar a decisão da Justiça de São Paulo. Para a Folha ele admitiu os crimes, inclusive afirmou que consumou dois assassinatos e a tentativa de homicídio. Alegou que em todos os casos agiu em legítima defesa de sua vida e a de sua mulher.
Segundo disse, os crimes ocorreram entre os anos de 1988 e 1989, no bairro de Ipiranga. Disse que por três vezes teve sua casa invadida pelas vítimas que tinham como objetivo matar ele e a mulher. Uma das vítimas, que identificou apenas com o primeiro nome de Milton, teria invadido sua casa e, na ocasião, botou a mulher e o filho para correr de dentro do imóvel. Depois passou a persegui-lo e chegou a ir em seu local de trabalho com o objetivo de lhe matar.
Paulista disse que, diante das ameaças, também se armou e foi em busca de Milton. “Ele veio outra vez em minha casa e atirou contra mim, mas não acertou. Eu revidei e o atingi”, contou, acrescentando que a outra vítima, chamada de Maurício, que entrara em sua casa com o objetivo de furtar, foi morta a tiros.
Explicou que chegou a ser preso na época, mas ocorreu uma fuga em massa da cadeia onde ele estava e aproveitou para fugir. Desde então saiu de São Paulo e veio para Roraima.
Há pelo menos um ano, Paulista chegou a ser preso em Boa Vista por policiais rodoviários e encaminhado para o 1º Distrito, onde foi descoberto sobre seus crimes, mas como não havia uma carta precatória para mantê-lo preso, ele acabou solto. Porém, após contato com a Justiça de São Paulo, foi enviada a carta precatória que culminou na decretação de sua prisão pelo juiz da 3ª Vara Criminal.