Acre - Movimento social fecha questão contra o aumento da passagem de ônibus

Acre - Movimento social fecha questão contra o aumento da passagem de ônibus

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Foto: Divulgação

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O movimento social acreano, capitaneado pelo Diretório Central dos Estudantes – DCE, começa a se mobilizar para fechar o assunto em torno da questão, do não-aumento da passagem de ônibus. *Por conta disso, promoveram ontem reunião no auditório do Colégio de Aplicação para tratar do assunto. O encontro contou com a presença de representantes dos centros acadêmicos das universidades pública e privada, dos presidentes dos grêmios estudantis, dos representantes da Juventude Socialista, sindicalistas e lideranças comunitárias. *“Qualquer proposta de aumento da passagem de ônibus, proposto pelos dirigentes do Sindicato das Empresas de Ônibus – Sindicol, será rechaçada pelos movimentos sociais no Conselho Tarifário”, avisou ontem, por telefone, o vice-presidente do DCE, Flúvio de Souza Mascarenhas. *Segundo ele, os rumores nos bastidores é que os empresários do setor estão pressionando os conselheiros ligados ao poder público, para colocarem a proposta do aumento na mesa. Recentemente, assistiram entrevista do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo, que argumentou que somente o aumento da tarifa para os motoristas de ônibus para obterem os benefícios acordados anteriormente com os patrões (donos das empresas de ônibus). *Para as lideranças comunitárias, os empresários do setor de transporte coletivo sempre usam os trabalhadores como massa de manobra para obterem êxito nos seus pleitos junto às instituições públicas. Mas, desta vez, a estratégia não funcionará, porque a sociedade está vigilante com as artimanhas dos empresários, para aumentar os seus lucros com o transporte coletivo. * “A frota não foi renovada, os combustíveis não tiveram reajuste, queremos saber que desculpa esfarrapada será apresentada pelos empresários para justificar novo reajuste das passagens de ônibus”, alfinetou o representante do movimento estudantil. *Revolta estudantil em defesa dos direitos do cidadão *Em 2003, o anúncio de aumento da passagem de ônibus na cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, suscitou a revolta dos estudantes da rede pública, que promoveram atos públicos pelas principais vias e quebra-quebra nos ônibus de transporte coletivo. *O caso ganhou as principais páginas dos jornais com o título: Revolta do Buzu (em alusão à linguagem popular para designar o transporte coletivo na cidade soteropolitana) por conta da morte de um estudante por atropelamento. *Em 2005 explodiu outra revolta estudantil na cidade de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, por conta do aumento da passagem de ônibus. *Os manifestantes invadiram o terminal urbano, depredaram o espaço público e entraram em confronto com a Polícia Militar – PM. No outro dia, promoveram ato público em frente ao prédio da Prefeitura, depredaram ônibus e atearam fogo nas catracas dos veículos. O caso ganhou notoriedade nas principais páginas dos jornais com o título: Revolta das Catracas. *A onda de manifestação estudantil varreu o país como um rastilho de pólvora, colocando em cheque-mate a ganância dos empresários do ramo de transporte coletivo. Afinal, os empresários do ramo financiavam as candidaturas dos prefeitos das grandes cidades, com a expectativa de recompensar o investimento com o aumento da passagem. *Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE comprovou que o transporte coletivo (passagem de ônibus) consome 15% do salário do trabalhador. Esta despesa fixa somente perde para a habitação (aluguel ou pagamento do financiamento da casa própria), que representa 30% do salário e a alimentação, que abocanha 16% do salário do trabalhador. Queda de braço - Em outubro de 2005, o Sindicato dos Empresários de Transporte Coletivo – Sindcol anunciou o aumento da passagem de R$1,50 (um real e cinqüenta centavos) para a casa dos R$1,90 (um real e noventa). A notícia de reajuste da tarifa do transporte coletivo gerou grandes manifestações na capital acreana. *Os estudantes universitário-secundaristas promoveram diversos atos públicos em frente ao prédio da prefeitura de Rio Branco e passeata pelas ruas do centro da cidade. Revoltados com a criminalização do movimento pela mídia governista, os manifestantes invadiram o terminal urbano e promoveram um ato público (impedindo os ônibus de entrar ou sair do local). * Aquela manifestação popular ganhou as principais páginas dos jornais acreanos com o título: Revolta Estudantil. Desta onda de manifestações que varreu o país, surgiu o Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. *O Movimento foi fundado no dia 26 de outubro de 2005, através das entidades estudantis. “Por enquanto, não colocamos a questão do Movimento do Passe Livre no debate da nossa atual gestão à frente do DCE”, adiantou o vice-presidente da entidade. *Mas ele ressaltou que o movimento tem legitimidade, principalmente se for voltado para atender aos estudantes carentes que têm dificuldade para andar de transporte coletivo.
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