O secretário adjunto da Secretaria Muncipal de Educação (Semed), Erivaldo de Souza Almeida, garantiu que na apuração do resultado das últimas eleições para a gestão democrática das escolas que ocorreu no dia 07 de dezembro, houve erro de cálculo de um índice de proporcionalidade. Este erro levou a secretária Epifânia Barbosa da Silva, a enviar documento à 14 escolas municipais comunicando que daria seguimento às indicações da direção, mesmo sem as escolas terem atingido o quórum mínimo exigido em Lei.
Segundo Almeida, a suspeita de erro no cálculo foi feita por alguns integrantes da própria Comissão e dos candidatos a direção das escolas. “Depois dessa sensibilização por parte de algumas pessoas, resolvemos chamar os matemáticos que fizeram a fórmula e eles constaram o erro em um dos índices”, explicou Almeida.
Ainda segundo o secretário adjunto, o erro é explicado pela ausência de matemáticos na Comissão, e pelas longas explicações textuais que ensinam a calcular os índices. Esses “rodeios, que para um matemático seriam muito simples, para pessoas que são alheias a esta ciência acabaram complicando a execução correta dos cálculos”.
Não foi feito nenhum documento formal ou ata da reunião em que os candidatos à direção foram chamados e tiveram as explicações dadas pelos matemáticos, afirmou o secretário.
Quanto a interferência do vereador Mário Jorge (PDT), Almeida afirmou que o vereador teria recebido a visita de um candidato à direção e este afirmado que achava que os cálculos estavam errados e que a eleição teria sim atingido o quórum. Partiu de Mário Jorge, segundo Almeida, a convocação dos matemáticos para explicar a forma correta de calcular os índices de votos das eleições.
MAQUIAGEM
Erivaldo Almeida garantiu que esta explicação não se trata de maquiagem para justificar a posse dos candidatos à direção das escolas e que a secretária Epifânia não teria qualquer intenção política de indicar pessoas para ocupar os cargos de direção, sem que estes tivessem cumprindo a Lei.
Porém, mesmo que o quórum não fosse atingido, de qualquer forma haveria a indicação, garantiu o secretário adjunto.
Almeida afirmou que nas eleições anteriores (para o triênio 2005/2007), não houve esse problema e que a fórmula mantêm-se a mesma.
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