Muito se tem falado sobre a operação Garoupa da Polícia Federal, que desarticulou uma quadrilha que fraudou as eleições deste ano. Os beneficiados do crime seriam Expedito Junior e Val Ferreira.
*Tive acesso as quase 200 páginas da investigação policial e processo do MPE – Ministério Público Eleitoral sobre o caso. Passei o final de semana fazendo o “esqueleto” da história.
*Cheguei a algumas conclusões. A principal é de que houve compra de voto. Não adianta os puxa - sacos de plantão afirmarem o contrário. A PF fez um trabalho de apuração e investigação, com uma riqueza de detalhes que impressiona até os leigos. A casa caiu.
*Segunda constatação. A compra era direcionada para a candidata Val Ferreira. Expedito teria ido por “tabela”, numa situação tipo ‘candiru”.
*Valdelise, uma ilustre desconhecida do povão era apresentada pelos aliciadores como a esposa do candidato ao senado. Até porque, Val não possui nenhuma outra referência no seu curriculum em favor do estado, que não seja a esposa de Expedito. E isso não é grande coisa.
*Na afirmação dos aliciadores, de que fulana era esposa de beltrano, começou a confusão que pode custar o mandato do Junior
*Expedito tinha como cabo eleitoral, o governador Ivo Cassol. O homem do chapéu colocou Expedito embaixo do braço e pediu o voto “casado” para ambos.
*Com a credibilidade em alta, Cassol fez uma campanha sem ser importunado por adversários. Com um discurso forte contra a corrupção, Ivo trouxe no seu histórico de quatro anos do primeiro mandato, além de um governo de muitas obras e realizações, o desmantelamento da “Gaiola de ouro” (ALE/RO) de Rondônia, que desde o governo de Jerônimo Santana, sangrava os cofres públicos. Com suas denúncias botou muito marmanjo metido a bravo na cadeia.
*Logo, com um apoio desta envergadura, Expedito não precisava usar de um expediente sórdido e imoral para chegar ao senado. Tinha um campeão de votos e recursos financeiros portentosos ao seu lado.
*Mas se por ventura, no decorrer das investigações federais ficar provado que Expedito tinha parte com a safadeza, o magrinho de Rolim de Moura traiu a confiança de Cassol. E Ivo não costuma perdoar traições.
*Os “assessores”, funcionários do IPEM ( não sei como ainda não foram exonerados) que foram incumbidos de realizar a falcatrua eleitoral fizeram serviço de cabeças de bagre.
*Além de deixarem rastro, fizeram uma lambança e colocaram Expedito no meio da bagaça. Seus depoimentos são aguardados com ansiedade na Federal. Resta saber a quem eles vão denunciar. Eles sabem de toda a história. São arquivos vivos, por enquanto.
*Agora uma sugestão aos irmãos, não adianta ir mentir na Federal. Os homens de preto estão com tudo elucidado e se vocês caírem no conto dos advogados bem pagos e resolverem mentir para a Polícia vão encarar o Urso Branco, fazendo companhia ao mentiroso vigilante da Rocha. (OBS : Fica com a Folha de Rondônia o prêmio de maior barrigada do ano, com a denúncia do vigilante)
*Se Expedito vai ser atingido pela malhadeira da Justiça Eleitoral não posso afirmar. Mas a senhora Val Ferreira devia ir se preparando, porque a maré não está para peixe e o seu caldo já está cozinhando.
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