A reunião do presidente da Funai, Márcio Meira, com as lideranças dos índios Cintas-Largas, na sede do Ministério Público em Cacoal, terminou sem que se chegasse a um acordo quanto à liberação do procurador da República em Rondônia, Reginaldo Pereira da Trindade; da noiva dele, Ineida Hargreaves; do motorista da Funai, Vicente Batista Filho; do comissário da Organização das Nações Unidas em Genebra, Davi Martins Castro; e do administrador da Funai Aristodene Ferreira.
Os cinco estão sendo mantidos reféns desde sábado na reserva Roosevelt, dos índios Cintas-Largas, no sul de Rondônia. Reginaldo Pereira da Trindade participou das negociações em Cacoal, junto com as lideranças indígenas que deixaram a reserva para se encontrar com Márcio Meira.
Entre as exigências dos índios está a extinção de 300 processos judiciais que correm contra eles, inclusive pelo massacre de 29 garimpeiros, e também a retirada das barreiras da Polícia Federal na área, o que inibe o contrabando de diamantes.
No primeiro dia de negociações, ficou acertado que a Polícia Federal não entrará na área para tentar resgatar os reféns. Márcio Meira considerou parte das reivindicações dos Cintas Largas – principalmente quanto à liberação de verbas para saúde e educação – “justas e negociáveis”. Sobre a extinção dos processos judiciais, o presidente da Funai disse que isso não depende de uma simples decisão administrativa do órgão.
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