*VILHENA – A juíza substituta da segunda vara cível, Sandra Beatriz Merenda, deu liminar favorável ao município de Vilhena na tarde de quarta-feira, 11, determinando a imediata religação da energia elétrica que a Ceron havia desligado em órgãos da prefeitura municipal. De acordo com a determinação judicial, a Ceron teria que ligar a energia imediatamente onde havia desligado pela manhã e se abster de desligar outros órgãos que porventura estivessem na programação da empresa para ter a energia desativada.
*Na manhã de quarta-feira o prefeito Marlon Donadon (PMDB) e os secretários municipais em reunião no paço municipal foram surpreendidos pelo corte de energia elétrica na prefeitura. A determinação da direção da Ceron era de desligar outros locais gerenciados pelo município, como escolas, praças, centros desportivos, sem um prévio aviso por parte da empresa. Outro detalhe é que as faturas dos centros esportivos, escolas municipais, órgãos da Secretaria Municipal de Bem Estar Social (Sembes) referentes ao mês de setembro já haviam sido pagas, segundo a Secretaria Municipal de Fazenda.
*O corte se deu por dívidas remontadas de vários anos de administrações anteriores em que o município, como os demais municípios do Estado, não pagava energia para a Ceron. Houve uma proposta de acordo de pagamento entre a prefeitura e a Ceron. O prefeito Marlon disse que não está se negando em pagar as dívidas atrasadas com a empresa, mas esperava da Ceron a compreensão de que no final do ano todas as prefeituras de Rondônia, e a de Vilhena não é diferente, estão com seus orçamentos exauridos e a arrecadação comprometida. “Recebo a medida como um verdadeiro terrorismo por parte da Ceron”, disse o prefeito, dizendo que a decisão tomada pela empresa é totalmente descabida. Para o departamento jurídico da prefeitura, ainda há um prazo de 45 dias para que o acordo passe a vigorar.
*Uma das preocupações do prefeito, e por isso o Mandado de Segurança impetrado contra a Ceron, era quanto a conservação de produtos e remédios perecíveis como vacinas na secretaria de saúde. “A irresponsabilidade da Ceron pode ter comprometido produtos perecíveis e isso não é aceitável sob nenhum aspecto”.