Transfusão de sangue contaminado pode ser a causa de mortes no HB

Transfusão de sangue contaminado pode ser a causa de mortes no HB

Transfusão de sangue  contaminado pode ser a causa de mortes no HB

Foto: Divulgação

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*No mês de junho três pacientes recém nascidos no Hospital de Base, em Porto Velho, receberam transfusão de sangue da Fundação Hemeron (Fhemeron). Duas, do sexo masculino, vieram à òbito. As crianças podem ter sido infectadas com o parasita da malária, doença endêmica da região Norte. O diretor técnico da Fhemeron, Ricardo Negraes, afirmou ao rondoniaovivo.com, na manhã de terça-feira (19), que existe a “possibilidade de as crianças terem sido contaminadas pela transfusão”, porém não tem como confirmar. As duas crianças que morreram, tinham em média dois meses de vida. *Segundo o diretor, as crianças tiveram problemas de parto e foram encaminhadas para o UTI do Hospital de Base. Na UTI, face ao tempo de internação, tiveram pneumonia (causada pela infecção hospitalar), hipóxia cerebral (falta de circulação de ar no cérebro), parada cardíaca, entre outros problemas, citou o técnico. “As condições delas, lhes davam poucas chances de sair do hospital com vida”, admitiu Negraes. A transfusão ocorreu nos meados do mês de junho e ambas no mesmo dia para as três crianças. *
DESCOBERTA
*Negraes afirma que houve um caso de um doador de sangue que no mês de junho, sete dias após ter feito a doação, teve sintomas de malária e após fazer exames confirmou estar com a doença. Esse doador, ao que tudo indica, foi o transmissor da doença para os bebês. De acordo com o técnico, o doador não comunicou à Fundação que estava doente, após obter a confirmação de que estava com a doença. A Fundação conversou com o doador, mas só fez isso após saber do diagnóstico da malária nas crianças . “É possível que tenha havido contaminação pela transfusão do sangue, porém é importante destacar que o caso ainda está sob investigação. Ainda não é possível garantir que essa foi a causa das mortes”, disse o diretor. *
INSEGURANÇA
*De acordo com Ricardo Negraes, o FDA (órgão mundial mais respeitado em relação a diagnóstico de doenças), não existe no “mundo” exame padronizado de triagem que possa detectar o diagnóstico de malária. No caso da Fhemeron, são feitos dois tipos de exame que têm “sensibilidade” para a malária, porém se a doença estiver “assintomática” na pessoa (ela não estiver sentindo os sintomas ao passar pela triagem), é possível coletar sangue contaminado com o parasita, já que a malária demora em média de 10 a 15 dias para se manifestar. *Segundo ele, nove pessoas já morreram no Canadá, vítimas de transfusão de sangue contaminado com o parasita da malária. “O CDC da França coloca que existem cerca de 50 casos de malária causadas pela transfusão de sangue para cada um milhão de pessoas. Em Rondônia não temos essa estatística, pois somente há três meses começamos a fazer esse levantamento junto as visas regionais e municipais para ver a real incidência desses casos ”, disse Negraes curiosamente período da transfusão para as crianças). *
JANELA IMUNOLÓGICA
*No período da doação - até a manifestação de qualquer doença - existe a chamada “janela imunológica” (intervalo entre a contaminação e a manifestação da doença). Um exemplo é o caso desse doador, que apresentou sintomas da doença “sete” dias após a doação de sangue. Antes desse período, durante a janela imunológica daquele doador, o sangue foi usado nas crianças. *
INVESTIGAÇÃO DO CASO
*De acordo com o que foi apurado pelo rondoniaovivo no Hospital de Base, uma equipe da Agência de Vigilância Sanitária Estadual (Agevisa), esteve somente na terça-feira (19) no local - quase dois meses após a morte de duas crianças suspeitas da contaminação pela transfusão de sangue -, para investigar o caso e enviar relatório a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O diretor técnico do Fhemeron afirma que assim que o caso aconteceu comunicou imediatamente a Agevisa, porém somente agora os técnicos estiveram no local para apurar os fatos. *Devido ao horário de expediente corrido do governo estadual, nossa equipe de reportagem não conseguiu falar com o gerente de Agevisa, Maurício César. Aguardamos um parecer da Agência para confrontar com as informações recebidas pela Fundação Hemeron e saber qual será o procedimento nesse caso.
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