*Segundo a denúncia do MP, em 16 de fevereiro de 2001, Natanael e Pordeus emitiram cheque da Assembléia Legislativa no valor de pouco mais de R$ 601 mil em favor da própria Assembléia. No verso do documento, uma anotação indicava que a ordem de pagamento destinava-se a cobrir a folha de pagamento dos servidores comissionados do órgão.
*Entretanto Pordeus, em posse do cheque, sacou no mesmo dia da emissão R$ 1,315 mil e acertou com os funcionários do banco que o restante deveria ser entregue à empresa Dismar (Distribuidora de Bebidas São Miguel Arcanjo), que tinha Natanael como sócio majoritário, com 85% das cotas sociais. O recibo de entrega foi assinado pela funcionária Irene Becária de Almeida Moura.
*Irene manteria estreita relação com Natanael, sendo contadora da Dismar e fazendo uso de sua conta pessoal para movimentar valores da empresa. Seu marido também ocuparia cargo comissionado na Assembléia Legislativa, cuidando da articulação política do então presidente.
*Pedida e autorizada a quebra do sigilo bancário da conta da Assembléia, descobriram-se 55 cheques, no valor de R$ 207 mil, emitidos entre janeiro e abril de 2001, desviados para a conta da Dismar. Todas as pessoas identificadas nos cheques nominais como beneficiárias dos pagamentos afirmaram ignorar inteiramente a existência das ordens ou de vínculo contratual com a Assembléia.
*Murilo Pinto e Ana Cristina Vilela
*Assessoria de Imprensa STJ
*(61) 319-8589