Depois de ser punido pela Conmebol com derrota por 3 a 0, equipe não conseguiu a goleada necessária sobre o Independiente para avançar na Libertadores
Foto: Divulgação
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Derrotado nos tribunais da Conmebol, o Santos não conseguiu reverter a desvantagem em campo e está fora da Copa Libertadores. Precisando golear, a equipe só empatou em 0 a 0 com o argentino Independiente nesta terça-feira, no Pacaembu, pelas oitavas de final.
O jogo foi encerrado pelo árbitro aos 35 minutos do segundo tempo depois que torcedores santistas jogaram bombas em campo e tentaram invadir o gramado – alguns conseguiram e foram presos. Nas arquibancadas, a confusão terminou com muitas cadeiras quebradas e a polícia precisando intervir para conter os mais exaltados.
O Santos tinha uma missão quase impossível na noite desta terça: reverter a enorme vantagem do Independiente conquistada em um contestado julgamento da Conmebol. Apesar do 0 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, na Argentina, a entidade sul-americana oficializou a vitória adversária por 3 a 0 porque o time brasileiro escalou Carlos Sánchez de maneira irregular.
Apesar de mostrar vontade nesta terça, a equipe brasileira esbarrou no nervosismo e na retranca adversária e não conseguiu a goleada necessária. A disputa, porém, ainda pode estar longe do fim. O Santos promete ir à Fifa e à Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra a decisão da Conmebol.
Tensão
Desde antes do apito inicial a tensão estava no ar. O policiamento foi reforçado e de tempos em tempos os torcedores xingavam a Conmebol em um coro que terminava “o meu Santos não precisa de você”. O presidente José Carlos Peres foi hostilizado por uma parte da torcida, quando apareceu no camarote do estádio.
O dirigente, inclusive, disse que não vai deixar quieto a “injustiça” que fizeram ao seu clube. “Quem manda na Conmebol são os argentinos. A decisão não foi técnica, foi política, injusta e lamentável. Não tenho a menor dúvida que o erro foi da Conmebol e, se for possível, vamos paralisar essa competição porque ela está desmoralizada. Nós não seremos prejudicados e vamos lutar em todas as instâncias”, avisou.
O jogo
Em campo, os jogadores tentaram deixar de lado a polêmicas dos bastidores para pensar apenas em gols para avançar no torneio. Carlos Sánchez, pivô involuntário da crise, foi aplaudido pela torcida.
Como visitante, o Independiente sabia que poderia apostar nos contra-ataques para surpreender. Logo no início, Gabriel recebeu em velocidade, chutou, mas Campaña salvou o Independiente. As divididas eram duras e os jogadores do Santos pareciam pilhados.
O time argentino estava bem postado e dava pouco espaço. Gigliotti teve ótima chance, mas Gustavo Henrique tirou de carrinho na hora do chute. Gabigol também teve outra chance, mas parou em Campaña. E, antes do intervalo, o árbitro marcou pênalti de Vanderlei em Hernández. Meza bateu e o goleiro do Santos espalmou, levantando a torcida.
Ao final do primeiro tempo, o Santos optou por não descer ao vestiário e ficou no campo, ouvindo o incentivo dos fãs. O time voltou com tudo e por pouco Gabigol não abriu o placar em cruzamento de Victor Ferraz. Do outro lado, o Independiente levava perigo nos chutes de média distância e nos contra-ataques.
Mesmo com as mexidas de Cuca, o Santos não melhorou. A cada oportunidade, os jogadores do Independiente aproveitavam para gastar o tempo, deixando os brasileiros ainda mais nervosos. Em uma jogada trabalhada, Hernández mandou no travessão, assustando os santistas.
Aos 35, bombas foram jogadas no campo e começou a confusão. O juiz esperou alguns minutos e decidiu encerrar o duelo, permitindo que os argentinos fossem para o vestiário. A torcida aplaudiu o time santista, mesmo com a eliminação.
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