Fifa quer aumentar sua popularidade no país.
Foto: Divulgação
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A preocupação da Fifa em aumentar a sua popularidade no Brasil ficou evidente na entrevista coletiva convocada pelo Comitê Organizador da Copa das Confederações, na sexta-feira. A entidade máxima do futebol mundial anunciou em um vídeo que 71% dos brasileiros são favoráveis à realização da Copa do Mundo de 2014 no País. Minutos depois, o presidente Joseph Blatter aumentou o cálculo para 76% ao se posicionar sobre as manifestações populares contrárias ao torneio.
Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press
“Nunca tivemos dúvidas sobre a sede da competição, pensando em sua suspensão ou em um plano B para o Brasil. Confiamos no governo e na população do Brasil, que gostam de futebol. A Copa será um sucesso”, bradou o mandatário suíço, muito mais animado para falar sobre temas puramente esportivos do que para abordar polêmicas como os protestos nacionais.
Aqueles 24% de brasileiros (de acordo com o estudo da Fifa) que se opõem à Copa do Mundo reclamam principalmente dos gastos governamentais em estádios em detrimento de investimentos em educação e saúde, por exemplo. Para Blatter, contudo, o Mundial deixará, sim, ao País um “legado” – termo bastante recorrente à época em que o Brasil foi confirmado como sede da competição.
“Estamos trabalhando juntos para deixar um legado não apenas de estádios, mas também social. É por isso que temos o fórum Football for Hope, com mais de uma centena de Ongs dispostas a trazer benefícios para o País. A Fifa quer dar e receber. A nossa meta não é só lucrar com o Brasil, mas também trazer a ajuda necessária para outras ações”, garantiu. “Na África do Sul, ficou um fundo de US$ 100 milhões, controlado pelo governo local e pela Fifa. Tenho certeza de que os valores podem ser maiores no Brasil”.
Ao contrário de Ronaldo – que já tentou consertar a sua desastrosa declaração de que Copa do Mundo se faz com estádios, e não com hospitais –, Blatter apontou outros requisitos importantes para um país receber o torneio. “A nossa exigência básica é em relação à estrutura técnica, mas também falamos de ruas, aeroportos e hotéis, e não só de estádios. A Copa do Mundo trará muitas coisas para o Brasil”, discursou.
Joseph Blatter recorreu até a um exemplo recente para argumentar a favor da Fifa. Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff agiu bem ao anunciar medidas sociais e contra a corrupção para abrandar a onda de manifestações concomitantes à Copa das Confederações.
“O futebol traz para um continente, pois o Brasil tem esse tamanho, muitas emoções e esperanças. Já vimos isso com a forma como o governo brasileiro reagiu aos protestos, prometendo mudanças. A Copa do Mundo é uma plataforma para isso. A Fifa não tem poder para ir além de suas atribuições, mas algumas coisas já estão mudando. Confiamos no governo brasileiro”, sorriu Blatter, vaiado ao lado de Dilma pelos brasileiros presentes no jogo de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão.
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