ESPAÇO ABERTO: Miséria em Porto Velho vira banalidade e o que já é ruim pode piorar

ESPAÇO ABERTO: Miséria em Porto Velho vira banalidade e o que já é ruim pode piorar

Foto: Divulgação

RESUMO
 
Um dia antes de sair de férias, lá no fim de fevereiro, o prefeito Hildon Chaves concedeu entrevista coletiva. Fez um resumo de sua gestão, destacou ações em andamento e disse contar com a competência do vice-prefeito para seguir com os trabalhos.
 
AFIRMAÇÃO
 
Na oportunidade, eu fiz uma pergunta. Questionei sobre a grande quantidade de pessoas mendigando nas ruas. Hildon disse, entre outras coisas, que a miserabilidade é uma condição de vida para muita gente.
 
NATURAL
 
O prefeito enfatizou que para alguns, ficar mendigando é natural. Não há vergonha nisso porque, na cabeça de muitos indigentes, seria o meio de sobrevivência que as condições oferecem.
 
ANÁLISE
 
Fiquei com aquela resposta martelando minha cabeça. O prefeito falou aquilo com tanta naturalidade que não havia nem argumentos para um contraditório. Afinal, não há como negar que nossa Porto Velho foi uma das cidades brasileiras bastante impactada com a crise na Venezuela.
 
FACTUAL
 
Chegando ao dias atuais, ao sair de um estabelecimento encontrei uma mulher pedindo comida em um cruzamento bem conhecido na cidade. Todos os dias ela faz “plantão” no mesmo lugar.  Não vou dizer onde para preservar a identidade da moça. 
 
ACOMPANHADA
 
Com um cartaz na mão dizendo: “preciso de ajuda para comprar comida”, a venezuelana estava acompanhada de três crianças pequenas. Um garoto sentado na calçada, outro segurança sua mão, uma menina no colo e um na barriga, que deve chegar no mês que vem.
 
FOME
 
Juntei algumas moedas, mais uma nota de 5 reais e lhe entreguei, já puxando conversa. Perguntei se ela conseguia ajuda suficiente para comprar a comida de todos os dias. Ela respondeu que nem sempre.
 
RESPONSABILIDADE
 
Argumentei então se, quem sabe, ela não conseguiria garantir comida arrumando trabalho como diarista, lavagem de roupas, ou algum outro tipo de prestação de serviço. Me disse que não pode fazer isso pois tem que “cuidar das crianças”.
 
REALIDADE
 
Depois desse diálogo fui embora e compreendi o que o prefeito Hildon Chaves quis dizer ao se referir que viver de esmola pode ser uma condição irreversível.   
 
AZEDOU
 
O deputado federal Expedito  Netto (PSD-RO) gravou um áudio endereçado ao coordenador da Bancada Federal de Rondônia em Brasília, Lúcio Mosquini (MDB-RO).
 
DECORO
 
Sem nenhuma preocupação com elegância, Expedito Netto fez uma fala “Recheada de palavrões e desaforos. Acusou Mosquini de fazer proselitismo político com as emendas coletivas de bancada.
 
SOZINHO
 
Netto diz que Mosquini entregou máquinas como se fosse uma ação política individual, em solenidades compartilhadas com o governador do estado sem a presença dos demais parlamentares.
 
OUTRO LADO
 
O deputado Lucio Mosquini informou que o Governo do Estado de Rondônia fez um evento oficial e público  para entrega de equipamentos de alguns deputados  federais que destinaram recursos para a Seagri comprar máquinas. No caso dele, teriam sido 20 máquinas de emenda sua e apenas uma máquina de Expedito Netto a ser entregue para o Município de Alta Floresta.
 
NADA DE ANORMAL
 
Mosquini destaca que foi ao evento e entregou os equipamentos comprados com sua emenda parlamentar, os demais teriam sido entregues pelo Governador.
 
 
OPINIÃO
 
Tanto Expedito Netto como Lúcio Mosquini nunca fizeram juras de amor em público, portanto não surpreende a indignação do parlamentar do PSD.
 
OPINIÃO 2
 
A questão é que fora as ações onde há obrigatoriedade dos representantes federais estarem reunidos, nunca se viu manifestação efusiva e cordial dos parlamentares federais de Rondônia entre si além do rito obrigatório.
 
PONDERAÇÃO
 
Mas isso não quer dizer que um parlamentar possa se dirigir ao outro dizendo: “ está querendo fazer graça com o p.. dos outros”.
 
SOBERBA
 
Outra coisa curiosa na fala de Netto, é que ele afirma que “vai se reeleger” e avisa Mosquini que ele jamais será coordenador de bancada, independente de quem venha a ser o governador eleito.
 
PERDÃO
 
O feriado caminhava tranquilo até que o presidente Jair Bolsonaro conseguiu virar de pernas pro ar o cenário político nacional. Ele anunciou, em transmissão ao vivo por uma rede social, perdão da pena ao deputado aliado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado na véspera a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.
 
LEGALIDADE
 
O perdão da pena pode ser concedido pelo presidente da República por meio de decreto. Bolsonaro afirmou que o ato seria publicado no "Diário Oficial da União", o que se efetivou logo após o anúncio, em edição extra da publicação.
 
 
CONDENAÇÃO
 
Além dos oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal e a instituições, os ministros do STF também determinaram a perda do mandato e dos direitos políticos do deputado bolsonarista e multa de cerca de R$ 200 mil.
 
MAIORIA
 
A decisão de condenar foi tomada por 10 dos 11 ministros, entre os quais André Mendonça, indicado para o STF pelo próprio Bolsonaro — o único voto pela absolvição foi o de Nunes Marques, o outro ministro que chegou ao Supremo por indicação do atual presidente.
 
TENSÃO
 
Com o anúncio, Bolsonaro deflagra uma crise com o STF, que, se acionado, analisará a constitucionalidade do decreto do presidente. Juristas dizem que o perdão de pena não pode ter desvio de finalidade, ou seja, ser concedido para atender a objetivos pessoais.
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