ELEIÇÕES 2024: Propina de R$600 mil no IPREJI atinge campanha de cantidado a prefeito de RO

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Foto: assessoria

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O candidato a prefeito de Ji-Paraná, o advogado Zenilton Felbek (Podemos), denunciou em suas redes sociais que o ex-presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Município (IPREJI), Evandro Muniz, teria recebido R$ 600 mil de propina em um suposto esquema de compra de títulos podres. Evandro é irmão da candidata a vice-prefeita de Ji-Paraná na chapa de Affonso Cândido (PL), Marley Muniz. Os dois são filhos do presidente da Assembleia de Deus, Sadraque Muniz. 
 
Felbek já havia denunciado que o rombo no instituto teria sido de R$ 22 milhões, e dentro de supostos esquemas estaria a compra de títulos podres, que teria causando um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao IPREJI, na época em que Evandro Muniz era o presidente do instituto. Agora o advogado afirma que o rombo total no instituto pode ultrapassar os R$ 40 milhões.
 
A denúncia apresentada por Zenilton Felbek é baseada em uma espécie de delação premiada feita por um empresário de Ji-Paraná à Procuradoria Geral do Município (PGM). O empresário teria ficado com medo de ser envolvido na trama e decidiu se pronunciar quanto tomou conhecimento da denúncia de Felbek.
 
Conforme o candidato do Podemos, agora começou a aparecer para onde foi o dinheiro do rombo do IPREJI, e tudo indica que pelo menos R$ 600.000,00 foram parar no bolso de Evandro Muniz. Felbek também afirmou que agora também está clara a razão de Evandro Muniz não ser o candidato a vice na chapa de Affonso Cândido, pois como sabia que a bomba estouraria na campanha, colocou como vice a irmã dele, Marley Muniz.
 
Na declaração feita à PGM, o empresário disse ter sido procurado por Evandro Muniz, pedindo para que guardasse R$ 200 mil em sua conta corrente e mais R$ 400 mil em dinheiro vivo, e repassasse de volta juros mensais. Conforme a declaração, Evandro teria dito que no momento não precisaria do dinheiro, que teria origem na venda de gado.
 
Ainda de acordo com a declaração, alguns meses depois Evandro Muniz disse que deixaria o serviço público para trabalhar na iniciativa privada, e pediu para que fossem comprados três caminhões acoplados com carretas-reboque de câmara fria.
 
Como o valor dos caminhões ultrapassava os R$ 600 mil, Evandro Muniz teria entregue ao empresário cabeças de gado e uma camioneta. O empresário relatou que passou o primeiro caminhão para o nome de Dináh Cordeiro Muniz, a segunda para Obedes Muniz, e a terceira para a esposa de Obedes, Lucilia Muniz de Queiroz.
 
Em sua declaração, o empresário contou que a carreta em nome de Dináh Cordeiro Muniz sofreu um sinistro, tendo perda total. Ele também revelou que Lucilia Muniz de Queiroz trabalha na Assembleia Legislativa e que o esposo dela, Obede Muniz, é pastor de uma igreja.
 
Conforme a declaração, o empresário tomou conhecimento de que os R$ 600 mil não eram provenientes de venda de gado quando a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Evandro Muniz.
 
Quando Felbek trouxe a denúncia à tona, o empresário compareceu à PGM para contar o que aconteceu, temendo algum tipo de responsabilização após guardar o dinheiro entregue por Evandro Muniz.
 
Zenilton Felbek disse estar ansioso pela explicação de Evandro Muniz, sobre como conseguiu os R$ 600 mil após comprar títulos podres para o IPREJI.
 
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