O evento será dia 26, das 18 às 21h, na Livraria Leitura, no Porto Velho Shopping
Foto: Divulgação
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A autora, Raíza Feitosa Gomes, jurista piauiense negra, revela como atuam os binários da exclusão por raça e gênero no Poder Judiciário brasileiro, e as formas de agência de mulheres negras que, apesar deles, tornaram-se juízas.
O livro é resultado das entrevistas realizadas pela autora com cinco juízas estaduais e uma magistrada federal na pesquisa de mestrado pela Universidade Federal da Paraíba, em 2018. A dissertação deu origem ao livro, título que vem do questionamento ouvido pelas magistradas.
Estudo feito pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) sobre o perfil de mais de 11 mil magistrados mostrou que, entre as mulheres, as negras são 11,2% (365) das juízas titulares e 12,1% (45) das desembargadoras.
Resenha do livro
“Ah, você estuda Direito?!”, “Nossa, você é advogada?!”, “Professora de Direito em uma Universidade Federal?! Olha só...”, “Cadê a juíza?”. O despudor dessas indagações revela o quanto mulheres negras foram postas fora do lugar também no Direito.
Sua ausência na carreira da magistratura se explica pelo cruzamento entre outras ausências - nas melhores universidades e cursinhos preparatórios – e a presença de estereótipos negativos no imaginário de juristas e, portanto, de membros de comissões seletivas para ingresso em diversas carreiras jurídicas.
Assim, mesmo quando presente (nesse imaginário), seu existir corresponde a uma negação de acesso.
Sabemos que suas existências nesses espaços não bastam para alterar o modo como se organizam tais relações em nossa sociedade. Entretanto, ao forçarem as frestas, elas provocam pequenas fissuras no imaginário de juristas e contribuem para que se deixe de pensar que as mulheres negras estão no lugar errado.
Lidyane Maria Ferreira de Souza Professora na Universidade Federal do Sul da Bahia Doutora em Direitos Fundamentais na Sociedade Global pela Università di Camerino.
Com informações da Folha e da assessoria
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