ENTREVISTA EXCLUSIVA: Atriz de 'Renascer' e 'Justiça 2' fala ao Rondoniaovivo sobre personagens e projetos futuros

Belize Pombal chamou atenção ao interpretar duas mulheres fortes em um remake de um clássico das novelas e uma série que aborda cotidiano de cidades brasileiras

ENTREVISTA EXCLUSIVA: Atriz de 'Renascer' e 'Justiça 2' fala ao Rondoniaovivo sobre personagens e projetos futuros

Foto: Divulgação/TV Globo

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Belize Pombal, que deixou todo mundo que acompanhou a primeira fase de “Renascer” impactado com a força de sua atuação ao interpretar a personagem Quitéria, é também uma das protagonistas de “Justiça 2”, série da TV Globo que estreou no dia 11 de abril.
 
Na trama, ela interpreta Geíza, manicure, moradora de Ceilândia, Distrito Federal, que faz de tudo para criar a filha e dar a ela uma vida melhor, incentivando sempre o caminho dos estudos.
 
Aos 38 anos atualmente, Belize Pombal iniciou os estudos em teatro e canto coral aos 11 anos na escola em que estudava. Posteriormente, fez outros cursos e oficinas até prestar vestibular, aos 20 anos de idade, para a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), onde se formou.
 
Fez parte da companhia “Os Crespos”, com a qual participou de performances, intervenções artísticas em espaços públicos e também concebeu a ideia original e as composições musicais do projeto teatral infanto-juvenil "Os Coloridos". Belize assina a dramaturgia e as composições musicais (melodias e letras) do infanto-juvenil "Fulaninho e Menininha", que teve estreia em 2023 no formato on-line (por conta da pandemia).
 
No audiovisual, a atriz esteve também na quarta temporada de “Sessão Terapia”, dirigida por Selton Mello, com a personagem Maria Lúcia, em “Irmãos Freitas”, série biográfica sobre a vida do lutador Acelino Popó de Freitas, dirigida por Walter Salles, Sérgio Machado e Aly Muritiba, na qual interpreta Sandra, cunhada de Popó,  em "Mar de Dentro", longa-metragem dirigido por Dainara Toffoli, entre outros. 
 
Belize Pombal em ensaio fotográfico - Foto: Catarina Ribeiro/Divulgação
 
Diferente de Quitéria (Renascer), uma mulher submissa que desconfiava que o marido, interpretado por Fabio Lago, cometia abusos contra as próprias filhas – Mariana, que inicia a trama tendo fugido grávida e deixado a mãe sem notícias sobre seu paradeiro, e Maria Santa, a quem se vê forçada pelo marido a abandonar na casa de dona Jacutinga, prostíbulo da cidade, após uma possível gravidez –, Geíza, de “Justiça 2”, é uma mulher contemporânea, mãe solo, lutadora, que é presa após assassinar Renato, um playboy envolvido com o narcotráfico, para salvar a filha. 
 
Belize Pombal nasceu em São Paulo, capital, e passou parte considerável da infância e adolescência na Zona Norte paulistana. Mudou-se para o Canadá para fazer um intercâmbio, onde morou por três anos. Retornou ao Brasil após ser aprovada no teste para “Justiça 2”. Embora tenha gravado a série do Globoplay antes, foi “Renascer” o primeiro projeto exibido após o seu retorno. 
 
Atualmente, Belize Pombal está gravando o filme "Vítimas do Dia", produzido pelo novo Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo, com direção de Bruno Safadi.
 
Foto: Catarina Ribeiro/Divulgação
 
Ela reservou um tempo na rotina corrida das gravações para conversar com o Rondoniaovivo de forma remota e contar um pouco da sua carreira, além dos projetos futuros. 
 
Rondoniaovivo - Você é paulistana da zona Norte da capital e passou três anos no Canadá fazendo intercâmbio. Você teve algum contato com a arte ou dramaturgia por lá?
 
Belize Pombal - No meu último ano lá, fiquei desenvolvendo uma peça que entrou em cartaz assim que voltei. Uma peça que eu escrevi que se chama Fulaninho e Menininha. Ficou em cartaz on-line por conta daquele cenário de pandemia ainda, acontecendo bastante. E esse foi meu contato, minha realização mais consistente com relação à arte nesse período.
 
Eu também gravei algumas músicas minhas, a base de algumas músicas, com a produção do Bruno Carnan, e a participação de outros artistas como o João Leão, do Bem Gil. Aí a gente fez esse início de trabalho em relação a algumas músicas que eu tinha feito composições. Cheguei a entrar mais em contato, para entender o cenário audiovisual, mas nada muito considerável. 
 
Rondoniaovivo - Você sentiu algum impacto ao voltar ao Brasil? Já tinha se acostumado com o estilo de vida e a organização do Canadá ou o coração verde-amarelo sempre batia mais forte?
 
Belize Pombal - Eu senti assim, porque são lugares que têm as suas peculiaridades, características específicas. Tanto com algumas que eram mais agradáveis e interessantes, quanto outras que não eram. Isso acontece seja aqui, no Canadá ou em qualquer lugar.
 
Eu consigo perceber as diferenças, mas eu passei um período, que fui me adaptando, entendendo a dinâmica de lá, mas com saudades daqui, das pessoas, das coisas que são próprias da cultura do Brasil. Assim como eu também sinto falta de algumas coisas de lá. Cada lugar tem as suas características próprias, algumas sendo mais aprazíveis e outras menos.
 
Belize caracterizada como Quitéria, em Renascer - Foto: Divulgação/TV Globo
 
ROvivo - Logo ao voltar para o Brasil, você de cara já recebeu dois convites: um para ser a Quitéria de “Renascer” e Geíza em “Justiça 2”. Como atriz, três anos fora do país, você se surpreendeu ou já esperava isso?
 
BP - Eu voltei para fazer série, a Justiça 2. Eu fiz os testes ainda lá, on-line e vim com esse compromisso, especificamente. Depois de gravarmos Justiça, fui fazer o teste para Renascer e fiz Renascer. E mesmo tendo feito Justiça primeiro, Renascer saiu antes. Mas eu vim para trabalhar, já vim preparada para isso. 
 
ROvivo - Apesar de ser jovem (38 anos de idade), você já tem uma boa caminhada uma carreira de quase 30 anos no teatro, dramaturgia, cinema e audiovisual. Você sempre foi “multifunções” assim ou os convites foram surgindo naturalmente?
 
BP - As coisas foram acontecendo aos poucos, passo a passo. Fui também "experenciando", descobrindo possibilidades, descobrindo o prazer, a possibilidade de escrever, de compor, de cantar. É o processo da vida mesmo.
 
A gente vivencia descobrindo a si mesmo, a vida vai apresentando também, tendo essas possiblidades. Se descobrir em diferentes abordagens, foi parte da trajetória. Para as pessoas como um todo, essas descobertas, para a pessoa se descobrir, em relação às possibilidades, é o que ela pode fazer e gosta de fazer. É uma caminhada pela vida mesmo. 
 
ROvivo - Como foi interpretar Quitéria, em Renascer, onde era uma mulher submissa que desconfiava que o marido, interpretado por Fabio Lago, cometia abusos contra as próprias filhas?
 
BP - Foi uma experiência intensa. As temáticas eram delicadas e ao mesmo tempo, muito urgentes e muito profundas. Era um cenário e todo um contexto ali, muito rico né? Artisticamente e também trazia reflexões e temas muito importantes. Foi uma personagem com a qual aprendi muito.
 
A gente teve um processo que pedia que a gente mergulhasse fundo naquelas histórias, mas em um período de tempo mais enxuto, que correspondia à essa primeira fase. Foi um processo intenso, mas gratificante. 
 
Belize atuou em "Justiça 2" como Geíza - Foto: Estevam Avellar/TV Globo
 
ROvivo - Já em Justiça 2, você é Geíza, manicure, moradora de Ceilândia, Distrito Federal, que faz de tudo para criar a filha e dar a ela uma vida melhor, incentivando sempre o caminho dos estudos. E não bastasse isso, ela é uma mulher contemporânea, mãe solo, lutadora, que é presa após assassinar Renato, um playboy envolvido com o narcotráfico, para salvar a filha. Como encarou essas diferenças de personagens tão diferentes?
 
BP - Eu acho que todo conjunto que inclui experiência e que vai contar e construir aquela história, compondo a personagem a partir do próprio texto, que já traz elementos diferentes, com caracterização das personagens, o cenário, a relação com os colegas e parceiros em cena, entre outras coisas.
 
Tudo isso acaba trazendo nutrição para que a gente encontre também essas diferenças entre as personagens e consiga ter a inclusão dessas diferenças como uma contribuição para elas.
 
Isso contribui para que essas histórias sejam contadas em sua plenitude. É muito interessante poder vivenciar essas mulheres tão diferentes, de serem ambas mães. As duas terem desafios da maternidade e tinham diferenças entre suas jornadas, foi muito enriquecedora essas experiências.
 
ROvivo - Hoje, as pessoas pretas têm tido mais destaque nas artes brasileiras. Como você avalia esse crescimento e reconhecimento dos artistas pretos no nosso país?
 
BP - Me alegra muito perceber que tantas lutas, de tantas gerações, de tantas vidas no passado vem frutificando. Isso vem confirmando a importância da gente se manter atentos e fortes em relação à questão racial. Mas ao mesmo tempo, duas coisas entre outras, caminham juntas. Então essa perspectiva que nutre, que dá esperança quando a gente percebe que as coisas estão mudando.
 
É preciso reconhecer isso para que a gente não desista e reconheça os avanços. Precisamos honrar também quem veio antes e trouxe muita força e energia para que as coisas pudessem mudar e os caminhos fossem se abrindo. Mas ao mesmo tempo é importante manter esse olhar atento na percepção de que a gente ainda tem muitas questões para lidar, para resolver e melhorar.
 
Belize como Quitéria em Renascer, acompanhada de Venâncio (Fábio Lago) e Maria Santa (Duda Santos) - Foto: Divulgação/TV Globo
 
ROvivo - Quais são seus planos para o futuro, após terminar as gravações de "Vítimas do Dia", produzido pelo novo Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo, com direção de Bruno Safadi, projeto que você está atualmente?
 
BP - Por ora, ainda estou me organizando nessa minha estrututra aqui. E desde que vim para fazer "Justiça 2", que eu voltei para o Brasil, eu fiquei a maior parte do tempo mais focada no trabalho. Então estou nesse processo de harmonizar a vida como um todo e entender as possibilidades e planos futuros.
 
ROvivo - Conhece a Amazônia ou algum estado em especial? Se sim, quando pretende retornar à região?
 
BP - Nossa, infelizmente eu não conheço. E até me arrepiei, juro! Tenho muita, muita vontade de conhecer. É uma parte importantíssima, não só do nosso país, mas importante para o mundo. Então, que tem elementos também que são muito fortes e fundamentais para nossa cultura. Tenho muita vontade de conhecer sim.
 
ROvivo - Tem vontade de trazer algum trabalho seu para cá?
 
BP - Sim, teatro infanto-juvenil, "Fulaninho e menininha" talvez volte em breve presencialmente, mais no palco mesmo. Tenho vontade sim de dialogar com públicos em lugares, espaços, cidades, estados diversos. Expandir essas conexões, essas trocas, essas possibilidades. Seria um presentão, um máximo! 
 
Deixo um abraço aqui, muito obrigado pelo nosso bate-papo virtual e foi um prazer... Um excelente final de semana a todos!
 
Foto: Catarina Ribeiro/Divulgação
 
 
Foto: Catarina Ribeiro/Divulgação

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