SAMBA-ENREDO: Portela faz livro sobre a luta dos negros no Brasil bater recorde de vendas

O romance histórico “Um Defeito de Cor" se passa no século XIX e é narrado pelo ponto de vista de Kehinde, trazida à força do continente africano ao Brasil.

SAMBA-ENREDO:  Portela faz livro sobre a luta dos negros no Brasil bater recorde de vendas

Foto: Divulgação

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Na lista de livros mais vendidos da Amazon, a obra “Um Defeito de Cor”, escrito por Ana Maria Gonçalves e lançado em 2006 saltou para o primeiro lugar do ranking, superando o autoajuda religioso Café com Deus Pai, de Junior Rostirola, graças do samba-enredo da Portela que foi inspirado no livro que retrata a história da luta preta no Brasil.


O romance histórico de 952 páginas se passa no século XIX e é narrado pelo ponto de vista de Kehinde, trazida à força do continente africano ao Brasil. A jovem, também conhecida como Luisa Mahin, passa pelos horrores da escravidão e se torna um nome proeminente na Revolta dos Malês – principal levante de escravizados no país, em 1835.

 

"‘Um Defeito de Cor’ é incorporada por uma mulher que enfrentou os maiores desafios imagináveis pra continuar viva e preservar suas heranças e raízes", explicou a autora do livro Ana Maria Gonçalves em entrevista ao g1.

 

A personagem real foi também mãe do abolicionista Luiz Gama – representado no desfile pelos atores Lázaro Ramos e Paulo Vieira, pelo ministro Silvio de Almeida e pelos mestres Nilo Sérgio e Thiago Caetano. Já Kehinde foi representada por diversas mulheres negras, das celebridades Leci Brandão e Taís Araújo até as mães negras que perderam os filhos para a violência do Rio de Janeiro, entre elas Marinete, mãe da vereadora Marielle Franco, morta em um atentado em 2018.

 

Na orelha do livro, Millôr Fernandes diz que se trata de um romance para ler sem parada para respirar, e desafia: “Desmintam-me por favor”.

 

O que significa 'Um Defeito de Cor'


No Brasil colonial, era comum que pessoas negras que pleiteassem cargos sacerdotais tivessem de pedir formalmente a despensa do chamado 'defectu coloris', o "defeito de cor". Como advogado abolicionista, Luiz Gama se revoltou contra essa prática: “Em nós, até a cor é um defeito", disse. "Um imperdoável mal de nascença, o estigma de um crime."

 

Com informações do G1, da Veja e de  A Casa Tombada
 

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