Sexualidade indígena é tema de livro pela primeira vez no Brasil

A obra aborda temas históricos quanto etnográficos

Sexualidade indígena é tema de livro pela primeira vez no Brasil

Foto: Divulgação

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O livro ‘Existe Índio Gay?’, do autor Estevão R. Fernandes, professor da Unir/Porto Velho, é a primeira obra no Brasil que aborda o tema "sexualidades indígenas". Aborda ainda o colonialismo, gênero e antropologia. A obra não tem data para lançamento, mas está disponível no link editoraprismas.com.br/, com valor de 60 reais.  

A obra aborda temas históricos quanto etnográficos a respeito da catequização, políticas indigenistas e etnologia. O trabalho apresenta reflexões amplas sobre os próximos desafios a serem enfrentados por pesquisadores, ativistas e interessados na temática. O livro possui capítulos dedicados às críticas two-spirit ‘indígenas queer norte-americanos.

O livro conta com uma apresentação escrita por Paulo Souto Maior, doutorando em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, historiador e organizador da Coleção, e um prefácio escrito pelo professor Cristhian Teófilo da Silva, da Universidade de Brasília.

Resumo da obra

Este livro é uma tentativa de entender o percurso por trás da pergunta “Existe índio gay?”, tantas vezes ouvida durante a ampla pesquisa feita pelo autor, focando na colonização das sexualidades indígenas na história brasileira.

O livro, voltado também para não especialistas, busca fazer com que pessoas interessadas no tema possam pensar questões relacionadas às origens da homofobia e do racismo no Brasil.

Uma das coisas demonstradas aqui é como os vários povos indígenas no país aceitavam, sem maiores problemas, um conjunto de práticas às quais o colonizador viria a se opor por não se enquadrarem em seus modelos de sexualidade, moral, religiosidade ou ciência.

Em resumo: a homofobia chegou nas caravelas, e por aqui ficou. Assim, a colonização impôs a esses povos um sistema moral no qual a sociedade colonizadora se baseava - e ainda se baseia. Nesse sentido, a sexualidade possui um papel fundamental para a compreensão desses mecanismos de dominação sobre a vida cotidiana, do imaginário e da memória. Dito isso, fica claro que este livro não é apenas sobre homossexualidade indígena, mas sobre o que podemos aprender com o percurso que levou à heterossexualização forçada desses povos.

 

Editado pelo Rondoniaovivo.
 

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