Cineamazônia promove encontro entre música e cinema em Porto Velho
Foto: Divulgação
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Documentário ‘Xingu Cariri Caruaru Carioca’ será exibido na escola de música Jorge Andrade e inicia mostras paralelas do festival de cinema
O nome causa surpresa, mas dá uma pista da intenção do filme. ‘Xingu Cariri Caruaru Carioca’, da diretora carioca Beth Formaggini, utiliza a música para contar uma história que fala de mundos que se aproximam e se conectam. Em busca de suas origens musicais e as raízes das flautas, Carlos Malta é um dos músicos que se reúnem para conversar e tocar juntos os sons tradicionais das "culturas populares" e "cultura pop".
Esse encontro entre mundos diversos e que se complementam será exibido quinta-feira, 10 de novembro, na Escola de Música Jorge Andrade, em Porto Velho. A exibição integra a mostra ‘Cinema e Música’ e marca o início das atividades paralelas da edição 2016 do Cinemazônia. A exibição ocorrerá às 19 horas. A escola de música está localizada na rua Abunã, bairro Liberdade.
‘Xingu Cariri Caruaru Carioca’ inaugura uma novidade em relação às atividades paralelas do Cineamazônia. A edição 2016 terá atividades paralelas mais cedo em relação a edições anteriores. Tradicionalmente todas as mostras, como Cinema no Bairro, Cinema no Terreiro e Cinema no Circo, por exemplo, ocorriam na mesma semana do festival. Esse ano, as atividades paralelas começam mais cedo e trazem como novidade a mostra Cinema e Música.
Depois da exibição do filme será feita uma roda de conversa coordenada pelos professores da Escola de Música. O documentário tem pouco mais de uma hora e meia de duração e tem no pífano, instrumento popularizado mundialmente graças à banda de Pífanos de Caruaru, grupo que também ganhou o Brasil a partir da gravação de Gilberto Gil de Pipoca Moderna, logo ao retornar do exílio londrino causado pela ditadura militar. Gil, aliás, foi o responsável, com essa gravação por fazer com que Malta se apaixonasse pelo ‘pife’. O instrumento foi definido por Carlos Malta como ‘uma chave que abre as portas da alegria’. A partir dessa epifania musical, Malta decidiu que seria músico.
No filme, Carlos Malta viaja pelo Brasil encontrando músicos importantes na tradição do instrumento, como João do Pife, e passa pelas paisagens de um Brasil que está às margens, ‘longe demais das capitais’. Malta vai do Rio ao Xingu, atravessando Ceará, Paraíba e Pernambuco em busca de um som que, segundo Malta, sempre o encantou.
Ao explicar o filme a diretora Beth Formaggini enfatiza que o documentário é um registro de histórias de pessoas ao redor do Brasil e suas relações com o instrumento. Por conta disso, os diálogos “conversados” são poucos. Os de natureza musical são os que enchem a tela, junto com as paisagens por onde a equipe passou, como a aldeia da tribo Kuikuro do Alto Xingu. A música é o mais importante. As filmagens foram feitas entre maio e agosto de 2014.
Cineamazonia, 14a EDIÇÃO, tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei Rouanet. Apoio Cultural da Prefeitura de Porto Velho, Sejucel e Unir - Universidade Federal de Rondônia.
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