Roberto Carlos em dose tripla com muita música e aventura – Humberto Oliveira
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Atenção fãs do “Rei”, a trilogia cinematográfica de Roberto Carlos, dirigida por Roberto Farias, é um dos grandes destaques de maio, mês de aniversário do VIVA. Os longas serão apresentados a partir do dia 3, na faixa de filmes “Sessão Viva”, sempre às sextas-feiras, às 21h30, com reapresentações aos domingos, às 23h. Para quem não sabe, Roberto Carlos comemorou 71 anos ontem, 19 de abril. E para homenagear o velho e bom RC preparamos um Comentário Geral Especial, que dedicamos a todos os fãs do compositor de sucessos inesquecíveis.
No dia 3 de maio o Viva exibe “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” (1968). O cantor é caçado por uma gangue internacional que quer forçá-lo a ir para os Estados Unidos. Os bandidos o perseguem pelo Rio de Janeiro em diversas situações de risco. O elenco ainda conta com José Lewgoy e Reginaldo Faria. Dirigido por Roberto Farias (irmão de Reginaldo) esta foi à primeira investida do “Rei” Roberto Carlos no cinema. O roteiro visivelmente inspirado em Os Reis do Iê Iê Iê (1964) e Help (1965),filmes de Richard Lester com os Beatles. Esqueça a trama é sem pé nem cabeça, pois bom mesmo é curtir as músicas que fazem parte da trilha sonora. Os mais velhos vão amar. Os jovens, nem tanto. Mas vale uma conferida.
Já no dia 10 de maio, será a vez de “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa” (1968), também dirigido por Roberto Farias. O roteiro é uma colcha de retalhos, mas diverte. Neste segundo longa, além de Roberto Carlos, o filme traz Erasmo Carlos e Wanderléia no elenco, interpretando eles mesmos. Na trama, os três estão no Japão, onde a Ternurinha, como era conhecida a cantora da jovem guarda, compra uma estatueta em uma loja de antiguidades. Os amigos começam a ser perseguidos e logo descobrem que o objeto esconde um segredo valioso. José Lewgoy faz o vilão. Para variar, o melhor o filme é a trilha sonora. Vale também para dar boas risadas do desempenho canastrão de Roberto, Erasmo e Wanderléia que carregam a aventura nas costas graças ao carisma do trio.
Por fim, no dia 17 de maio, o Canal Viva exibe “Roberto Carlos a 300km/h” (1972). Desta vez apenas Roberto e Erasmo participam. Na trama, o Rei vive Lalo, um mecânico de automóveis que tem paixão por corridas de carros e pela jovem Luciana (a totalmente sem sal Libania de Almeida). Ela, no entanto, é namorada de Rodolfo (Raul Cortez), um campeão do automobilismo e patrão do jovem mecânico. Mais uma vez sob a batuta de Roberto Farias este terceiro e último filme estrelado por Roberto Carlos é o mais pretensioso da trilogia, por deixar o drama se sobrepor ao humor. Muitas corridas e menos músicas fazem deste longa uma mera curiosidade. Recomendado apenas para fãs do Rei, que está mais canastrão que nunca. Mas, Rei é Rei.
A paixão de Roberto pelos automóveis inspirou trilogia de filmes dirigida por Roberto Farias. O primeiro longa, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, começou a ser gravado em 1967. A obra, visivelmente inspirada nos filmes estrelados pelos Beatles, é uma mistura de comédia e aventura. O filme foi sucesso de bilheteria e ficou em cartaz por três meses. Em 1968, ano da estreia de Ritmo de Aventura, Roberto começou a gravar o segundo longa: Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa. Os cantores Erasmo Carlos e Wanderléa também participaram do filme, que teve parte de sua trilha sonora escrita por Tim Maia e Luis Carlos Sá. Em 1971, é lançado o terceiro e último filme da série: A 300 km por hora, o único em que Roberto não interpreta ele mesmo.
Quando Roberto Faria revelou que iria dirigir um filme estrelado pelo rei da Jovem Guarda, muitos do meio cinematográfico se surpreenderam e até o criticaram. Afinal, em 1962, Faria já havia realizado um dos mais premiados filmes policiais da história do cinema brasileiro: Assalto ao Trem Pagador. Parecia mesmo uma heresia, um retrocesso na carreira do cineasta. Bobagem de pseudo intelectual acostumado com as elucubrações típicas do então chamado Cinema Novo.
Mas se os maiores ídolos da juventude dos anos 60, Os Beatles, se transformaram e mastros de cinema, por que não fazer do capixaba Roberto Costa Braga, então com apenas21 anos, um astro das telas? Faria encarou o desafio e dirigiu os três filmes estrelados pelo chamado “Rei da Juventude”. A receita era simples: reunir o cantor e amigos igualmente populares num filme recheado de mulheres bonitas, ação e músicas do rei. Eis ai a fórmula fácil do sucesso. A produção arrecadou muito dinheiro e a parceria dos dois Robertos (Farias e Carlos) rendeu mais dois filmes que levou grande público aos cinemas. Apesar de cercar o ator estreante de artistas como o saudoso José Lewgoy e do então galã Reginaldo Farias, irmão do diretor, para o grande público, no entanto, a atração mesmo era Roberto Carlos.
Melhor homenagem o “Rei” não poderia querer.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!