*Selmo Vasconcellos - Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL”, desde 15.agosto.1991, em parceria com o saudoso amigo/irmão/escritor José Ailton Ferreira “Bahia”, falecido em 21 de setembro de 2005, no jornal Alto Madeira.Com cerca de 1450 colaboradores no Brasil e mais em 35 países. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004) e poesias traduzidas para o francês, inglês, alemão, italiano, japonês, russo, grego chinês, polonês e espanhol. www.selmovasconcellos.zip.net.br.
*-
*RONALDO WERNECK
*-
*Poeta e jornalista, crítico de artes e cronista, Ronaldo Werneck é mineiro de Cataguases. Co-editor/fundador de O Muro (1962), SLD (1968), Totem (1974) e Cataguarte (anos 80/90), jornais do movimento de renovação/experimentação literária de Cataguases. Nos anos 60, integrou o grupo do Poema Processo e foi um dos organizadores do Festival Audiovisual de Cataguases (música & poemas visuais) em suas duas versões (1969-1970). Morou por mais de trinta anos no Rio de Janeiro. De volta à sua terra em 1998, passa a assinar a coluna de crônicas “Há Controvérsias”, no jornal “Cataguases” e no jornal "Liberal", de Cabo Verde. Atualmente, é Diretor de Comunicação do CINEPORT- Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa. Editou cinco livros de poemas-solo, “Selva Selvaggia” (1976), “Pomba Poema” (1977), “minas em mim e o mar esse trem azul” (1999), “Ronaldo Werneck revisita Selvaggia” (2005) e “Noite Americana/Doris Day by Night” (2006). Em 2001, gravou em show ao vivo o cd “Dentro & Fora da Melodia – Que papo é esse, poeta?”. Em 1997, lançou “Cataguases é Cachoeira”, homenagem aos 100 anos do cineasta Humberto Mauro. Lança agora em 2008 novo livro poemas, “Minerar Nu Branco”, e um novo e longo ensaio sobre Humberto Mauro: “Kiryri Rendáua Toribóca Opé”. Está finalizando seu primeiro livro de crônicas, “Há Controversias – 1”, que será lançado em 2009.
*-
*Frevo na casa do Agra
*-
*Ainda na prise nordestino-momesca. Na terça, rumo ao frevo – que Lilia precisava fotografar no Recife. Mas já saímos tarde de João Pessoa e chegamos com a noite em meio. Grandes engarrafamentos até a entrada de Olinda. Passamos batido rumo ao Recife: frevar ali nem pensar. Já ia lá pelas dez quando adentramos o Marco Zero – o “epicentro da efeméride”, com o devido perdão pelo pernambucano arroubo de epicentro & efeméride E literalmente adentramos também a balbúrdia de vários blocos de rua. Lilia clicava dali e daqui e eu dançava aqui e ali em plena rua, junto à multidão de brincantes. Não dançar, nem pensar. Sem dançar, não conseguiria acompanhar minha amiga, que dançava num bloco e clicava no outro. Ou vice-versa: há controvérsias.
*-
*Mas não conseguimos encontrar nenhum frevo na noite. Exaustos, saímos do Marco Zero em direção ao carro, que estava do outro lado da ponte. Só então, atravessando a ponte toda carnavalizada com aqueles bonecos imensos e luzes verde-rosa – a Mangueira homenageava Recife nesse Carnaval, e Recife retribuiu com suas luzes –, é que me dei conta de seu nome: Ponte Buarque de Macedo. Foi quando ainda em pleno Carnaval fui lembrar-me logo de quem, de Augusto dos Anjos, o poeta das sombras. Pois é, disse para Lilia, o Augusto dos Anjos, que está enterrado em Leopoldina, cidade perto de Cataguases, tem um poema que fala dessa ponte. E lembrei-me da enigmática quadra inicial do poema vastíssimo:
*-
*Recife. Ponte Buarque de Macedo.
*Eu, indo em direção à casa do Agra,
*Assombrado com a minha sombra magra,
*Pensava no Destino, e tinha medo.
*-
*Já na BR de volta à Paraíba, Lilia pisa fundo e me diz que prefere não usar faróis altos, pois enxerga bem e não gosta de ficar trocando a luz ao cruzar todo veículo que lá vem vindo. Noite alta e faróis baixos, lá vem vindo minha cisma – e me distraio em meio à escuridão a pensar no poema do Augusto. No sinistro poema dos Anjos em meio à noite, naquela “casa do Agra”, na verdade, um funerária (ou necrotério?) que existia (existe?) no Recife. E sinto um arrepio nesse final de noite e de Carnaval ao lembrar-me de outra das quadras do poema:
*-
*Lembro-me bem. A ponte era comprida,
*E a minha sombra enorme enchia a ponte,
*Como uma pele de rinoceronte
*Estendida por toda a minha vida!
*-
*Na verdade, não pensava em (d)escrever nada disso. Paraíba, Pernambuco, Maracatu, o frevo que não houve. Acontece que em minha caminhada neste início de noite, quase dois meses depois, vejo minha gorda e nada saudável sombra projetar-se à minha frente na velha ponte de Cataguases. Ela levou-me de imediato ao poema de Augusto. Não uma sombra magra, como a dele. Nem (ainda) rumo “à casa do Agra”. Mas lembrei-me também que a Ponte Velha nos leva a Leopoldina, onde o poeta se encontra ainda hoje – e, seguindo direto & reto, ao cemitério de Cataguases, onde me encontrarei um dia. O que não é muito correto.
*-
*Estranha coincidência: como a Buarque de Macedo, a velha ponte de Cataguases também leva à casa do Agra. E do metal da ponte me surgiu essa quadra assim, em redondilha. Não tão longos versos, como os “de onze” do Augusto, mas com ar de emplacados em funesto bronze.
*-
*Ponte Velha: Cataguases.
*Eu, em minha caminhada,
*Arrasto a forma abaulada.
*Sombra redonda: ou quase.
*-
*Mas, nem eu nem Augusto seguimos “direto & reto” pra aonde vocês bem sabem. O poema dele atravessou a ponte levando todas as suas cismas e dobrou pra direita, pros lados de Leopoldina. Já o meu ficou por lá mesmo, ensimesmado. Eu fui-me logo embora dali, passos apressados à esquerda, pela calçada do Clube do Remo afora. Logo a memória remou velhos carnavais pras bandas daqueles salões. Coisas de confeti que (não) chorei.
*-
*Prise de lança e magnólia
*em mim recende vida afora:
*dança balança na memória
*e Pernambuco vai embora.
*Caduco agora vivescrevo:
*Bloco das Flores, Pirilampos
*luzAndaluzas – não me atrevo
*frevê-frevar por esses campos.
*###
*DOCA BRANDÃO
*-
*Josemar Francisco Brandao ( Doca Brandão), natural de Pernambuco – Recifense
*Professor de História (UFPE), Pós-Graduado em História Regional, iniciou-se na literatura através do poeta ZIZO, junto com o qual fundam o Movimento de Poesia Marginal “Palco Aberto”, em l978. Essa proposta dava importância aos Hai- Kais, poemas curtos mas de alvo certeiro, revelando as mazelas sociais do Brasil, como neste Hai-Kai A Lavadeira :
*-
*A Lavadeira
*-
*Lava,
*Enxágua,
*Engoma,
*Passa e dobra,
*E quanto mais lava,
*Mais embranquece a sua obra!
*-
*Tendo trabalhado em diversos Cursos Preparatórios para Vestibulares e também Cursos para As Escolas Militares, Doca Brandão como é conhecido, vem para Rondônia em 1998, tornando-se funcionário público. Desde cedo mostrou jeito para a Literatura de Cordel, realizando, aqui,. Cordéis de cunho Temático, como : A Lenda do Mapinguari, A Lenda do Boto, Rondon, O Grande Pacificador, O Tratado de Petrópolis, A Cidade Perdida de Paititi, Tereza de Benguela- A Rainha do Quariterê, História Regional para Concursos e Vestibulares, A Lei 10.639-A Educação nas Relações Étnico-Raciais, A Expedição Dequech-As Minas de Urucumacuan,O Forte Príncipe da Beira, Os Deputados Vergonhosos, História do Brasil para Vestibulares e Concursos, Porto Saudosa Porto e O Que Rondônia Tem Para O Turista Visitar.
*-
*SEMPRE FAZER
*-
*Fazer do riso,
*Um todo amargo,
*Fazer do largo
*O mais estreito,
*Fazer do sono
*Um lindo sonho
*E um medonho pesadelo...
*-
*Fazer do medo
*A coragem
*Fazer da morte
*Eterna vida
*Fazer do amor
*Mais breve ainda
*Do que nunca foi tão cedo...
*+++
*Exílio da Canção da Volta ou( Que Tristeza Meu Deus )
*-
*Minha terra tinha uma madeira
*Que se chamava pau-brasil
*E quando os portugueses nos invadiram
*Essa madeira sumiu...
*Nosso céu tem mais estrelas,
*Nossas várzeas têm mais flores,
*Mas nossa biodiversidade
*É pirateada aos horrores...
*-
*Em cismar sozinho á noite
*Eu fico sempre a chorar
*Pois não vejo tanto as palmeiras
*Nem escuto o sabiá cantar
*-
*Minha terra tem primores,
*Que não tem outro lugar,
*Tem chapadas e tem serras,
*Tuiuiú e lobo-guará,
*Tem prais e rios bonitos
*Onde eu posso me banhar...
*-
*Não permita Deus que eu morra,
*Sem que eu veja acontecer,
*As multinacionais expulsas
*E o meu Brasil acordar,
*Os políticos sendo honestos,
*E o povo bem mais esperto,
*Cantar como o sabiá!!
*+++
*Mortalha de Uma Alma Esfarrapada
*-
*Eu faço parte
*Da máscara de mim mesmo,
*E quando bebo,
*Me embriago na ressaca bêbada,
*Escondida no meu porre surreal...
*-
*A vestimenta que me cobre,
*É tecida num vermelho impune,
*Numa mortalha ensangüentada de ciúme,
*Escarrada na carniça da mentira
*E vomitada na tijela da ilusão..
*-
*E quando sonho,
*Volta em mim o pesadelo
*Do meu corpo adormecido,
*Dormido no berço do ofício,
*Despertado na noite matinal
*E acarinhado pelo vento vespertor...
*-
*E no meu sono,
*Vejo seres derradeiros
*Que pulam dos lençóis emaranhados,
*Molhados de suores romanescos
*Descobertos dos poemas sensuais...
*+++
*Buscando
*-
*Versificar a dor
*Que brota na sala
*E num canto se cala
*Por tanto prazer
*-
*É saber sapiência
*De engolir sorrisos
*É saber certeza
*De tão só cantar...
*-
*É sentir que o tempo,
*Rima a qualquer hora,
*É saber demora
*De metrificar.
*+++
*FRENESI
*-
*O fato,
*o foco,
*a figura,
*o furto fácil
*a fagulha...
*-
*a face,
*a farsa,
*a frase feita,
*da força funesta...
*-
*o feto,
*o fruto,
*forçado, vira foice,
*onde no fim do fosso,
*gera faíscas...
*###
*MADALENA BARRANCO
*-
*Madalena Barranco. Escreve prosa & poesia, temperadas com fantasia e está sempre em busca do legítimo gênero “histórias de fadas”, segundo a definição de J.R.R.Tolkien, que reza sobre a necessidade de sonhar para todas as pessoas de todas as idades. Publica em seu blog http://morango.blogsite.org
*ANJO VIRTUAL
*-
*Com o teclado em silêncio e a tela de cristal líquido acesa, Marylinda Brasil posicionou a seta do mouse em um ícone que mais se parecia a uma estrelinha dourada, e deu um clique duplo com a suavidade própria de uma menina de dez anos. Seus cabelos negros e encaracolados contrastavam com a camisola branca de algodão e com sua delicada tez morena. A tela brilhou e Marylinda acionou o MSN (comunicador instantâneo), clicou na figura de um anjo e rapidamente juntou as mãozinhas em prece, para depois continuar teclando.
*-
*-Meu amigo especial, você que sempre me ouve teclar e apenas me responde com carinhas sorridentes (smiles), e parece me entender mais do que ninguém, diga-me, por favor, quem é você?
*-
*Do outro lado da internet alguém enviou-lhe pelo MSN uma carinha feliz, que daquela vez trazia asas por trás do sorriso. Marylinda exultou de alegria e confirmou o que ela já desconfiava... Devia ser um anjinho de verdade. Muitos de seus amigos e até os jornais diziam que os anjos já haviam desistido do mundo e que não adiantava mais procurá-los na realidade. A menina também ouvia da sociedade do início do século XXI, que o mundo, naquela ocasião, tinha uma nova chance de existir através da internet e que a nova realidade se chamava virtual, onde as pessoas mais otimistas estreitariam seus laços fraternos, encurtando as distâncias físicas e agindo conjuntamente a favor da humanidade.
*-
*-Será que os anjos se mudaram para a Web? Não importa, pois eu jamais desistirei de encontrá-los. E os demônios? Pensou a menina, apavorada. Naquilo, surgiu uma interferência no MSN e um contato não autorizado invadiu a tela de Marylinda mostrando uma carinha com chifres. A menina rapidamente deu-lhe uma teclada com o antivírus e tudo voltou ao normal. A seguir, no lugar da esperada carinha feliz de todos os dias, apareceu uma mensagem escrita:
*-
*-Querida menina Marylinda, a pessoa que sempre “conversa” com você pelo MSN é meu filho de cinco anos que ainda não sabe escrever, mas já aprendeu a enviar carinhas felizes pela internet... Ele gosta muito das carinhas que você também envia para ele junto com as mensagens escritas, que mais se parecem a histórias de fadas, e que eu leio para meu “anjo” antes de dormir e desconectar-me desse mundo novo que está despertando.
*-
*Da série: Fantasia e Alegria
*Registro na FBN/EDA
*###
*BELVEDERE BRUNO
*-
*Belvedere Bruno nasceu no dia 17 de outubro, em Niterói/RJ, onde reside.
*Cedo despertou para as letras, fato que deve ao incentivo de seu pai, que sempre presenteou os filhos com livros.
*Atualmente, dedica-se às prosas, que é onde mais se identifica.
*É colunista do Jornal Santa Rosa - Niterói e divulgadora cultural. Tem diversas publicações na mídia local e em outros estados. Prepara seu individual para o próximo ano.
*-
*http://www.belvederebruno.prosaeverso.net/ ++ http://belvedere.bruno.zip.net/
*-
*Belvedere Bruno [Cônsul - Niterói - Z-Sul-RJ] Poetas del Mundo Niterói - Brasil
*-
*Portas Abertas
*-
*Portas abertas...
*A bem da verdade,
*nunca uso trancas.
*-
*Quantas vezes
*me abaixo, catando
*mil e tantos cacos.
*-
*Não me despedaço!
*-
*Apenas proíbo
*que tons ocres
*decorem meus dias.
*+++
*Rosas & porta-retrato
*-
*rosas a murchar
*sobre a mesinha
*ao lado da
*minha cama
*-
*pergunto
*quantas luas
*ainda ficarei
*assim
*tão-apenas
*comigo
*-
*sempre frisei
*que me amava
*tanto
*e tanto
*que
*seria eu
*minha melhor
*companhia
*-
*hoje sinto
*que
*por mais
*que me ame
*sua foto
*neste
*porta-retrato
*parece
*me dizer
*que sempre
*vivi
*equivocada
*###
*ELIANE ACCIOLY FONSECA
*-
*poeta e terapeuta.
*-
*No mestrado em psicologia clínica e no doutorado em comunicação e semiótica, traça cartografias entre os ofícios poético e terapêutico, práticas que, para ela, se fazem nos intervalos entre o sonho e a vigília, afetando e transformando inexoravelmente, quem assim as pratica.
*-
*Além da escrita e da prática clínica coordena projetos de oficinas de criação, no processo que vai da sensação à palavra. O objetivo dessas oficinas é levar os participantes, mais que aos bastidores da criação, ao corpo-de-sensação, estado de consciência do artista ao criar. Workshops apresentados em congressos e para diferentes grupos, desde 1994.
*-
*Durante o primeiro semestre de 2000 coordena a oficina "O que é Poesia?", junto a adolescentes da Associação Comunitária Monte Azul.
*-
*Livros publicados:
*-
*Histórias de Ventania, São Paulo, Massao Ohno, 1990
*-
*A palavra in-sensata: Poesia e psicanálise, São Paulo, Escuta, 1993, (dissertação de mestrado)
*-
*Trapeiro de sonho, Belo Horizonte, Alternativa Mulheres Emergentes, 1997, coleção Almanach de Minas
*-
*Terra e Tear. In - SETEVOZES – organizado em homenagem, aos 40 anos de poesia de Maria José Giglio. São Paulo, Ed. do Escritor, 1998
*-
*Corpo-de-sonho, Arte e psicanálise, São Paulo, Annablume, 1999, (Tese de doutorado)
*-
*teatro
*-
*os personagens
*apresentam-se
*na flor da carne
*+++
*mistério gozoso
*-
*o consorte
*-
*habita
*consome
*fertiliza
*-
*a amada
*-
*a morada
*o consome
*+++
*segredos de lichia
*-
*para Olga Savary
*-
*a casca escarlate,
*um tapa-sexo, finge
*impedir a vulva se ofertar
*ao beijo de língua, à mordida
*-
*entre a casca e a vulva
*o hímen perfumado,
*amanhecer de flor
*e laranjeira, se antecipa
*à boca ao ímpeto à gula
*-
*branca e útero,
*vulva abraça semente
*mulata e roliça
*-
*prenhez da terra
*##
*EURIDICE HESPANHOL
*Fluência
*-
*Quando me vieres,
*Venhas...
*Não se prepare,
*Não se compare,
*Não se prenda a conceitos.
*-
*Se me chegares,
*Apenas chegue.
*Se for oportuno,
*Telefones e diga:
*Quero te ver!
*Somente.
*-
*Quando me vieres
*Encontre-me sem pensamentos.
*Tenha-me,
*Se assim o momento pedir.
*Se me pedires amor,
*Basta um olhar,
*Não fales,
*Apenas ame.
*-
*Se me amares,
*Que seja o mais simples amor
*Sem cobranças,
*Sem sonhamentos...
*-
*Deixemos que a fluência do tempo,
*Seja o espaço,
*A lógica e o sentido...
*-
*Se me quiseres,
*Apenas aceite,
*Ser meu melhor amigo!
*###