CRÍTICA - Rambo IV um estudo em vermelho – Por Humberto Oliveira

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Foto: Divulgação

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Confira trailer oficial logo após o texto Depois de John McClane, da série "Duro de Matar" e Rock Balboa, ícones cinematográficos dos anos 80 chegou à vez de John Rambo voltar às telas de cinema. "Rambo IV", escrito (em parceria com Art Monterastelli), dirigido e estrelado por Sylvester Stallone estreou na última sexta-feira num cinema local. John Rambo agora vive num vilarejo na Tailândia curtindo sua aposentadoria quando um grupo de missionários solicita ajuda para guiá-los de barco até a Birmânia onde realizam trabalho comunitário. Detalha: a Birmânia é um país devastado pela guerra. O exército birmanês liderado por um sádico e ainda por cima pedófilo dizima a aldeia e captura os missionários. Passado algum tempo sem nenhuma notícia, mas uma vez Rambo é procurado e desta vez para guiar um grupo de mercenários até o local onde deixou os missionários. Ao constatar que todos na aldeia foram mortos e os missionários feitos reféns, Rambo entra em ação. A partir de então o que assistimos é uma sucessão de tiros, explosões, corpos dilacerados, torturas, cabeças arrancadas, pessoas devoradas por porcos, tudo isso regado a litros e mais litros de sangue. Como qualquer filme do gênero, o roteiro carece de profundidade, no entanto quanto a isso não há o que discutir, pois "Rambo IV" assim como seus similares não foram produzidos para serem levados a sério. O diálogo é o que menos importa. Por isso o personagem vivido por Stallone fala o mínimo possível. Afinal de contas o astro tem senso de ridículo e não quer constranger o público com sua fala pastosa, aliás, basta à peruca ridícula que o ator usa, e ao contrário dos outros filmes da série em nenhum momento aparece sem camisa, isso sem falar do seu estilo de andar “Tropeço” (o mordomo da Família Adams) de andar. Não vale contabilizar erros de continuidade ou absurdos como a maca que surge pronta em segundos ou ainda a mágica passagem de tempo na fuga do acampamento. Num filme tão violento, os itens citados acima não têm relevância nenhuma. Além do mais Stallone como diretor de "Rambo IV" consegue imprimir dinamismo e crueza nas cenas de ação. Esqueçamos os diálogos ruins, pois o filme entrega exatamente o que se espera dele – muita ação e mortes violentas. Este é o estilo Rambo de entretenimento. E o público gosta. Rambo até reluta em assumir o que nunca deixou de ser – uma maquina de matar, mas o destino, digo, o roteiro dita o caminho que não deve ser mudado. Então com uma potente metralhadora montada sobre um jipe, Rambo dá início a uma das mais violentas cenas do filme, e talvez da história do cinema. Com uma mistura de efeitos, computação gráfica, incluindo efeitos sonoros ensurdecedores dão o tom da sangrenta seqüência onde o ex-boina verde praticamente dá cabo do famigerado exército birmanês e com direito a acerto de contas com o comandante pedófilo que é quase partido ao meio por um golpe certeiro de John Rambo com seu facão. Ao final do filme a mensagem que público leva para casa quando as luzes do cinema se acendem, é a de que missionários, principalmente oriundos dos Estados Unidos devem manter distância de países em guerra e, que em breve John Rambo estará de volta. "Rambo IV" é o mais violento da série e certamente não irá decepcionar os fãs que há muito aguardam o retorno do ex-boina verde que lutou na mal fadada Guerra do Vietnam. John Rambo, criado em 1972 por David Morrell e imortalizado no cinema na pele de Sylvester Stallone em "Rambo – Programado para matar" (1982), dirigido por Ted Kotcheff. Claro que com o sucesso do primeiro filme os produtores logo deram sinal vermelho para uma seqüência. Então em 1985 surgia "Rambo II – A Missão", com roteiro co-escrito por James Cameron (Titanic) e Sylvester Stallone. A direção ficou a cargo do nada sutil George Pan Cosmatos (Tombstones, a justiça está chegando). Esta segunda parte arrecadou milhões no mundo inteiro e o sucesso do filme inspirou Ronald Reagan, que na época era presidente dos Estados Unidos, a repetir frases do personagem em seus discursos. Resultado de tudo isso foi a produção do equivocado e paródico "Rambo III" (1988) que fracassou nas bilheterias marcando a última aparição de John Rambo quase levando a carreira de Stallone junto. Nos três filmes o mentor de Rambo é o Coronel Sam Trautman, vivido pelo canastra Richard Crenna, que certamente se não tivesse falecido em 2003, bateria ponto e continência neste "Rambo IV". Mesmo sem seu mentor, o velho e bom Rambo de guerra dá conta do recado. No rastro de Rambo surgiram inúmeros imitadores do estilo exército-de-um-homem-só como a série Braddock estrelado por Chuck Norris – "Braddock, super comando" (1984); "Braddock II – O início da missão", filmados simultaneamente; e "Braddock III – O Resgate". Financiados pelos picaretas Menahem Golon e Yoran Globus (os mesmos de "Comando Delta", "Invasão dos Estados Unidos", e a maior bomba de todas, "Superman IV – em busca da paz"). Até Arnold Schwarzenegger em início de carreira também entrou na jogada em Comando para matar (1985) dirigido por Mark L. Lester que também realizou Massacre no bairro japonês protagonizado pelo grandalhão Dolph Lundgren (O Justiceiro, Mestres do universo) que também estrelou o péssimo Red Scorpion (1998) em que Lundgren interpreta um similar russo de Rambo. Como o leitor pôde constatar Rambo teve em seu encalço os mais variados imitadores, mas para o público só existe e sempre existirá apenas um John Rambo – Sylvester Stallone. Humberto Oliveira é jornalista e cinéfilo CONFIRA O TRAILER:
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