*Selmo Vasconcellos - Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL”, desde 15.agosto.1991, em parceria com o saudoso amigo/irmão/escritor José Ailton Ferreira “Bahia”, falecido em 21 de setembro de 2005, no jornal Alto Madeira.Com cerca de 1450 colaboradores no Brasil e mais em 35 países. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004) e poesias traduzidas para o francês, inglês, alemão, italiano, japonês, russo, grego chinês, polonês e espanhol. www.selmovasconcellos.zip.net.br.
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*MONA CURY
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*Atlas Histórico do Cristianismo para jovens
*Dois mil anos de vida religiosa, de cultura, de sociedade
*Autor: Franco Cardini
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*A Editora Cidade Nova (www.cidadenova.org.br) traz ao público jovem um excepcional Atlas Histórico do Cristianismo (de Franco Cardini, em co-edição com a Editora Ave-Maria, 96 páginas, formato 21cmx26cm, em cores). O valor da obra, em capa dura, amplamente ilustrada, está principalmente em sua apresentação didática, com breves textos descritivos das principais etapas do Cristianismo, dos tempos de Jesus Cristo, até os atuais. Esses textos são amplamente apoiados por mapas, esquemas, cronologias e outras ilustrações legendadas. Dirigido para adolescentes, inédito no Brasil, é um ótimo auxílio para alunos de catequeses, professores e interessados em História do Cristianismo.
*Trata-se de uma primorosa edição em português do projeto e da publicação italiana (1997). O conteúdo do livro traz a proposta de uma síntese textual da história do Cristianismo em 44 títulos com abundantes e variadas ilustrações. Seu autor – Franco Cardini, é professor de História Medieval na Universidade de Florença – Itália, autor de diversos livros, e colaborador de vários jornais.
*O valor do livro está principalmente em sua apresentação didática, sustentada por uma síntese textual, por farta ilustração e espírito ecumênico. Um auxílio para estudantes, professores e interessados em História do Cristianismo. Temas como As perseguições, O Cristianismo libertado, De uma Igreja a muitas Igrejas, A difusão do Cristianismo, Carlos Magno e o império renovado, Hereges medievais, entre outros, fazem parte deste Atlas. Fruto de muitos anos de pesquisas, o Atlas Histórico do Cristianismo é uma ferramenta indispensável para estudiosos da história do Cristianismo. É, sem dúvida, o mais confiável, abrangente e atualizado do mercado. Trata-se de uma fonte segura de informação sobre o mundo cristão e seus mais de dois mil anos de história.
*Este Atlas é de uma abrangência jamais vista em obras do gênero, abarcando a vida dos patriarcas e de Cristo, a igreja dos primeiros séculos, do papado, do movimento monástico, a Reforma e a igreja dos dias de hoje, etc. Além disso, o Atlas também traz, em seu final, um glossário de termos mais utilizados no Cristianismo orientando sobre o significado dos vocábulos específicos com verbetes que os tornam inteligíveis e esclarecem a sua acepção como, por exemplo, o verbete códice - livro manuscrito, geralmente anterior à invenção da imprensa, entre tantos outros.
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*Ilustrações: Giorgio Bacchin, Alessandro Baldanzi, Alessandro Cantucci, Manuela Cappon,
Lorenzo Cecchi, Gianpaolo Faleschini, Sauro Giampaia, Luigi Ieracitano, Andrea Morandi, Roberto Simoni, Donato Spedaliere e Ivan Stalio.
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*VERA SARRES
*The end sem estilo
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*Você foi, dentre todos, o mais reles,
*o mais vil e o mais covarde.
*Fartou-se como pôde
*de tudo o que de melhor havia
*de ilusões e de paixões.
*Agora cospe no prato em que comeu
*e o joga fora, quebrado, num canto qualquer.
*E eu concluo, em luto:
*você foi o fruto mais amargo,
*a erva mais daninha,
*que floriu em meu jardim.
*Você foi meu pesadelo,
*você foi o fim.
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*(07.01.2008)
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*JOÃO PAULO DAS VIRGENS & JOSÉ VALDIR PEREIRA
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*Vilhena/PVH, 30 de dezembro de 2007.
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*EU VENHO DE LONGE
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*Eu venho de longe.
*Venho das Entradas e Bandeiras pelo sertão do Brasil.
*Venho com os mateiros de Rondon abrindo caminho.
*Venho pelas barrancas do Guaporé, Mamoré e Madeira.
*Venho remando com os pilotos, pulando cachoeiras.
*Eu venho de longe.
*Venho pela linha telegráfica, pelo fio, pela estrada.
*Venho pela Madeira-Mamoré, abrindo caminho na mata.
*Venho trazido pelo Aluízio Ferreira, pelo garimpeiro e cacaieiro.
*Venho de longe trazido pelo seringueiro, pelo desbravador aventureiro.
*Venho pela estrada de Juscelino, trazido pelo colono sofrido,
*em busca de terra, fugindo da seca, e que a mãe natureza traga frutos seu novo labor.
*Venho seguindo os pioneiros,
*chegando primeiro que os madeireiros,
*para ainda deslumbrar, a mata verde e a riqueza deste lugar
*Eu venho de longe.
*Cheguei à frente do Teixeira,
*enfrentei a febre, a chuva e a poeira.
*Atolei em meio à lameira, e esperei a estrada secar.
*Eu venho de longe
*Cheguei primeiro que o Estado, e neste Território amado.
*De Rondon, de Aluízio, de Teixeira.
*De tantos outros que passaram e outros que passarão.
*Bem daqui deste Eldorado, meu belo chão pisado, vim de longe para Rondônia do meu coração.
*Aqui é o meu lugar.
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*TERESA CRISTINA ZOLA NABAS
*Árvores
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*Raízes que se enroscam,
*Se afinam, se alongam.
*Raízes que engrossam,
*Saltam fora, se balançam.
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*Troncos tortos, retos,
*Finos, grossos, longos,
*Altos, baixos, eretos,
*Compridos, oblongos.
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*Folhas verdes, fartas,
*Folhas secas, amarelas,
*Redondas, ovais, farfalhas.
*Todas elas, folhas belas!
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*Frutos vermelhos, amarelos, laranja.
*Saborosos, viçosos, furta-cor,
*Cujas polpas, sementes esbanjam
*Inundando tudo de vida e amor.
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*Árvores, mil árvores bonitas,
*Feias, tortas, esquisitas
*Que enfeitam nossas vidas
*Com suas sombras queridas.
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*LUH OLIVEIRA
*Digital
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*Sou o silêncio
*que amanhece
*colhendo sorrisos
*no sol nascente
*percorre o dia
*semeando dores
*anoitece voz!
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*FIDÉLIA CASSANDRA
*QUANDO ESTAMOS JUNTOS
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*Quando estamos juntos
*Mergulhamos em lagos agrestes
*E mornos.
*Pluviométricos beijos,
*Infinita cascata de gozo.
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*Quando diz que me ama,
*Num ardente discurso,
*Quase mudo...
*Petrifico-me diante de tudo.
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*Depois, viro água, alga,
*Orvalho, nuvem.
*Viro ainda argila, areia,
*Terra, onde se implantam frutas...
*Jambos, jambos, jambos, muitos jambos.
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*Quando estamos juntos,
*Fazemos corar gerânios...
*E quando separados,
*Que engraçado,
*Contamos, lunáticos, grãos de
*Caleidoscópio, estrelas...
*Areias do deserto.
*Colecionamos vazios.
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*Poema publicado em AMORA - jul/2002
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*FELIPE COELHO
*Supermercado
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*Temos qualidades
*de todos os tipos e tamanhos.
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*Temos defeitos
*de todos as cores e aromas.
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*Temos futuros
*de todos os caminhos e certezas.
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*Temos só um presente,
*invisível e eterno.
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*EURÍDICE HESPANHOL
*Nossa amarelinha!!
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*No céu das amarelinhas,
*Conto estrelas.
*Pulo espaços no infinito de nós dois.
*Jogo a pedra.
*Jogo, jogo, jogo...
*Alcanço o cometa dos teus olhos,
*Multiplico as constelações
*No céu da tua boca.
*Nosso amor, agora,
*Virtual, longínquo,
*Próximo e distante,
*Me convida ao jogo
*Nesta infância tão bem vinda!
*Jogo, jogo, jogo...
*Jogamos,
*Jogamos tudo fora,
*Por que?
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*In nosso amor de brinquedo”
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*RICARDO ALFAYA
*FUI
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*Fui muito longe
*Fui muito muito longe
*Distante demais
*Quase fujo de mim
*Porém agora
*Não fujo mais
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*NEUSA ZANIRATO
*DE AMOR E DE PAZ
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*Olhou-se demoradamente no espelho. Nada mais lembrava a Maria de tempos atrás. Também não sentia saudades do que já não era. Já não morava nas nuvens, deixando-se ir ao sabor do vento. Alguma estrela despontara no céu e ela seguiria aquela estrela, mesmo quando o dia se fizesse noite, mesmo que as antigas nuvens tentassem cobrir a luz.
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*Sentiu o sangue correr mais forte pelas veias, num ritmo frenético de quem tem pressa de viver. Os olhos ganharam um brilho diferente, num tom de terra plantada, coberta pelo verde da vida.
*Afastou uma mexa de cabelos. Nada mais encobriria o seu olhar.
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*Pegou uma flor de lisianto e prendeu-a aos cabelos. Do outro lado, enfeitou-os com uma rosa vermelha. Assim vestida, de amor e de paz somente, postou-se à janela. Encontrou sua estrela - brilhante, sempre presente. *Distante, é verdade, mas iluminando e encantando.
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*Despiu-se para a estrela. Como num ato de amor e comunhão, foi retirando lentamente dos cabelos a flor de lisianto e a rosa vermelha. Beijou-as com ternura, olhou a estrela distante e entregou-lhe as flores.
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*TONHO FRANÇA
*O último céu...
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*luas sangram pétalas de fogo num céu nu
*a noite rasga o ventre do infinito – azul
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*o céu revolto em noite escura, sangrando estrelas nuas
*mudando as marés e as rotinas
*as constelações sorrindo em insanidade divina
*pétalas de luz, ágata-marinha
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*e como todas as noites, ainda tentamos voltar para casa
*tentamos voltar para casa
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*ondas dançam nas coberturas dos edifícios
*rosas nascem nas trincas dos precipícios
*e todos os alarmes tocam diferentes notas
*a chuva é calma e o vento tem todas as respostas
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*o vento tem as respostas
*the wind has all the answers
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*não há mais rotas, estradas, a vida de antes
*os caminhos de antes, o que éramos antes,
*éramos...
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*hoje o firmamento não trouxe a aurora
*agora já estamos em casa
*definitivamente em casa...
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*o vento é que tem todas as respostas.
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*CRISTINA TERRA
*Hilstinianas II
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*AZULECER!!!!!!!!!
*PRATEANDO PRANTOS
*AZULECER!!!!!!!!
*NASCER OU REVIVER ENCANTOS.
*AZULECER,
*LEMBRAR OU ESQUECER
*MEUS MANTOS.
*AQUI,
*SUBMERSA E REVERSIVA.
*VEJO E REVEJO AS PALAVRAS:
*"EU TE QUERIA... "
*SUBVERTERIA RIMAS:
*AZULECER,
*ENGUIAS EM NOITE DE LUA NOVA
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*MARTA PERES
*Morte
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*Lá fora ouço a canção serena do vento,
*O sol quente ilumina, aquece tudo,
*Dentro de mim não mais existe o inferno
*Sopro luminoso mostra o que é viver.
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*Livre como pássaro vôo, liberdade,
*Som que canta no pensamento
*Escorre pelas veias...
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*Tormenta acabada, fim de solidão,
*Descaso e inquietação,
*Ferida disforme que cicatriza
*Momentos duros que findam.
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*Apenas lágrimas lavam a alma,
*Já me sinto leve como pluma ao vento,
*Tudo é alvo e calmo, árvores frondosas
*Em jardim colorido pelas flores, pela grama
*Chego ao descanso infinito!
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*BENVINDA PALMA
*RECEITA PARA UMA POESIA
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*Pegue um pedacinho do céu
*De preferência com
*Uma constelação de estrelas
*As mais brilhantes
*Lua cheia
*Sol do amanhecer
*Arrebol
*Um arco-íris no horizonte
*Acrescente as nuvens
*Em ponto de neve
*Vá mexendo...
*Jogue um pouquinho
*de água da fonte
*do mar
*dos rios
*cascatas...
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*Mexa novamente
*Acrescente a terra molhada
*Flores perfumadas
*Ciprestes em movimento
*Nunca despreze o vento!
*Deixe levedar um cadinho
*Observe os passarinhos
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*Volte a mexer
*Por último...
*Para dar o sabor
*Acrescente o amor...
*Está pronto.
*Sirva ainda quente
*E não esquente
*Se ninguém gostar!
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*DULCINÉA CARMONA
*"Amor (do Poeta)"
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* Sou o teu Amor, tua paixão, tua emoção:
*Sou o reflexo da lua no mar... sou tua lua nova.
*Sou o exagero do céu em noite de lua cheia
*Sou tua estrela cadente, cumprindo teu desejo ardente
*Sou a brisa do mar e trago tua inspiração
*Amor cantado em versos, em forma de poesia...
*Faço parte de toda tua arte,
*Viro poesia e até uma canção...
*Sou o Amor do Poeta exagerado
*Intenso em versos e escritos com paixão
*Sou a dor do amor sentido e entregue;
*Dor desnuda que faz virar Amor numa canção.
*E vivo da tua paixão... Sentindo tua emoção.
*Sou tua inspiração, e viro poesia e até uma canção.
*Sou o Amor do Poeta que fala com a alma
*Entre palavras e versos, revelações...
*Sou o Amor do Poeta,
*E tua inspirada solidão...
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*HELEN DRUMOND
*Despedida
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*31/12/2007 - Conselheiro Mata-Damantina-MG - onde meu coração morou por quatro por-de-sóis.
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*O último por de sol de 2007...
*porque assim estabelecemos.
*O sol segue sua rota, seu destino, sua liberdade iluminada
*sem ocupar-se com o tempo.
*O tempo do universo é o infinito vibrante, pulsátil, diverso e mutante.
*Congelada, esta imagem sol/tempo/espaço/pensamento...,
*nunca voltará ao mesmo ponto.
*Como contar algo irreprodutível?
*O único é um.
*Um tempo é um único segundo
*onde há espaço para um pensamento que pode ser uma vida!
*Como contá-lo? detê-lo? apressá-lo?
*Por um segundo o sol esteve aqui.
*Eu o vi. Eu o senti quando me banhou com luz.
*Soube que o sol e eu nunca mais seríamos os mesmos.
*Era o último dia de um ano dos homens.
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