PROTESTOS: Manifestações contra Bolsonaro devem ocorrer em todo Brasil no dia 19 de junho

População vai pedir impeachment do Presidente

PROTESTOS: Manifestações contra Bolsonaro devem ocorrer em todo Brasil no dia 19 de junho

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

 

Grupos de esquerda que lideraram os atos contra Jair Bolsonaro no último dia 29 confirmaram para o próximo dia 19, um sábado, a realização de novos protestos pelo impeachment do presidente em todo o país. A ideia é estabelecer uma agenda extensa de protestos ao longo do mês.
 
A definição do dia 19 como data das principais mobilizações foi decidida nesta quarta-feira (2). A oposição a Bolsonaro prevê também atos isolados nos dias anteriores, inclusive contra a realização da Copa América no país, como anunciou o presidente. A abertura do torneio está prevista para o dia 13.
 
Movimentos sociais, estudantis e sindicais, além de partidos de esquerda (agrupados em um fórum batizado de campanha nacional Fora, Bolsonaro), atraíram milhares de pessoas às ruas em 210 cidades do Brasil e em 14 países, no fim de semana, na maior manifestação contra o governo durante a pandemia.
 
Em comunicado, a campanha afirmou que, "diante da enorme vitória política", a nova data foi definida por uma articulação "que reúne centenas de organizações nacionais, entre partidos de esquerda, entidades estudantis, centrais sindicais, movimentos sociais e diversos coletivos e ativistas".
 
Líderes envolvidos nas mobilizações viram a decisão de Bolsonaro em receber a Copa América mesmo com a pandemia de Covid-19 descontrolada no país como mais um elemento motivador de protestos.
 
A reação contrária à competição esportiva internacional rememora protestos ocorridos em 2013, durante o governo Dilma Rousseff (PT), contra a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Partidos de oposição a Bolsonaro, inclusive o PT, reagiram à decisão de Bolsonaro.
 
Para os manifestantes, a acolhida ao evento do futebol sul-americano é mais uma demonstração da sabotagem nas medidas para evitar a disseminação do vírus, uma das razões apontadas para sustentarem a necessidade de afastamento do presidente da República.
 
Embora a mobilização esteja agendada para depois do início do torneio, há a intenção de expressar insatisfação com a medida tomada pelo governo federal na direção contrária do que recomendam cientistas, baseados nos altos números de casos da Covid-19 e da vacinação ainda lenta.
 
Não estão descartados protestos no dia 13, organizados isoladamente por entidades da coalizão, com o mote da crítica à Copa América. A tendência é que ocorram nos estados onde haverá jogos –até agora, foram anunciadas partidas no Rio de Janeiro, em Mato Grosso, em Goiás e no Distrito Federal.
 
Os protestos gerais abraçam também pautas como defesa da vacina, apoio à CPI da Covid (vista como o caminho mais curto para a responsabilização de Bolsonaro pelas mortes na crise sanitária), pedido de auxílio emergencial de R$ 600, fim da violência policial e ataque às privatizações.
 
Na segunda (31), o presidente minimizou o tamanho dos atos e disse que faltou maconha e dinheiro para os manifestantes que ocuparam as ruas.
 
Bolsonaro e seus apoiadores buscaram pintar a iniciativa como evento de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve disputar o Planalto em 2022 e lidera as pesquisas de intenção de voto. O petista não compareceu nem insuflou apoiadores para se juntarem às marchas.
 
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira (1º) que "não é uma caminhada de um grupo numa semana" que vai fazer com que um processo de impeachment ande na Casa. Cabe a Lira dar andamento a um dos mais de 110 pedidos de impeachment em análise na Câmara dos Deputados.
 
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, organizadores dos atos que pedem a saída do presidente falam em ampliar a adesão de forças para além da esquerda, mas veem resistências.
 
Organizações mais à direita, o MBL (Movimento Brasil Livre) e o VPR (Vem Pra Rua) mantêm a decisão de não provocarem aglomerações, sob a justificativa de obediência às autoridades de saúde. Os dois grupos puxaram multidões pelo impeachment de Dilma em 2015 e 2016.
 
Além do vírus, outra razão expressa nos núcleos da direita é a resistência a se misturar aos esquerdistas. A avaliação é a de que grupos que foram capazes de aglutinar milhares de pessoas contra o PT e em apoio à Operação Lava Jato têm capacidade, caso queiram, de galvanizar as próprias bases.
 
Em uma tentativa de dissociar a iniciativa de entidades ou legendas específicas, a convocação ficou a cargo de frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades do chamado campo progressista.
 
Siglas como PT, PSOL e PC do B deram apoio e também chamaram seus filiados, mas enfatizaram o discurso de que a organização ficou a cargo dos movimentos sociais. A CUT (Central Única dos Trabalhadores), contrária a atos de rua agora, não fez convocação institucionalmente.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS