Treinar em casa tornou-se muito comum no período de isolamento. Pessoas de todos os perfis encontraram no mundo on-line uma forma de iniciar ou de manter a prática de exercícios físicos e preservar a saúde mental. Mas, para os profissionais de educação física ficou bem difícil manter a renda, já que as academias seguem fechadas há mais de dois meses e nem todos os alunos mantém a rotina de treinos remotos. Pensando em profissionalizar o mercado brasileiro de aulas com personal trainer, a americana Magic Fitness chega ao Brasil com proposta de aulas personalizadas por R$ 35 e uma nova alternativa de renda para os profissionais dessa área.
De largada, a empresa tem 2 mil vagas para profissionais de educação física autônomos que, por meio de sua plataforma possam dar aulas a alunos do mundo todo. Com investimento de R$ 6 milhões na plataforma e 10 mil aulas em português, a empresa se tornou, em abril, responsável pelos atendimentos on-line de alunos do Gympass, plano corporativo de atividades físicas.
Fundada nos Estados Unidos, a Magic Fitness já intermediou 35 mil aulas. A proposta é profissionalizar a relação aluno-professor com um novo formato de aulas on-line individuais. Com isso, dar oportunidade de renda para os professores que são, em sua maioria, autônomos.
“O grande diferencial da Magic é a atenção qualificada e a tecnologia que organiza o arquivo de treinos, os dados da evolução e os objetivos de cada aluno. A plataforma Magic garante que, mesmo treinando com ‘personais’ diferentes e do mundo todo, as premissas do aluno sejam seguidas e o cliente tenha a aula no momento que desejar, pagando um valor muito mais justo”, explica o fundador Julian Herbstein.
“Todos deveriam ter acesso ao acompanhamento de um personal trainer; com orientação e estímulo, o exercício pode transformar vidas”, afirma Julian Herbstein, que com esse propósito de democratização do serviço abandonou o mercado financeiro e seus clientes abastados, como George Soros, para fundar a empresa.
A ideia partiu de uma experiência pessoal de Herbstein, que, ao se propor a perder peso e melhorar sua qualidade de vida, percebeu que este era um mercado pouco profissional e digital, além de não ser tão barato. Ele se associou ao brasileiro Ruy Drever, empresário, formado em sociologia e com mestrado em negócios pela Universidade de Bath, na Inglaterra, para montar a Magic.
Drever já tinha no Brasil uma linha de produtos esportivos para alta performance e conhecia um pouco deste mercado. O executivo trabalhou para as multinacionais Microsoft Corporation e Unilever e na brasileira Souza Cruz S.A., além de ter atuado como diretor de marketing do portal UOL.
O terceiro sócio, Juan Fezza, mais jovem, teve um negócio de segmento esportivo, comercializando suplementos para a prática esportiva.
Vagas para brasileiros
Ruy explica que a Magic Fitness está com 2 mil vagas para profissionais de educação física que desejarem dar aulas por meio da plataforma.
A adesão é prática e todos os profissionais passam por um processo de avaliação para garantir que os professores da startup tenham qualificação e infraestrutura adequadas. Para mais informações, os interessados devem acessar magic.fitness.
“A vantagem de ser um profissional da Magic Fitness é que o professor poderá dar aulas para alunos de outros países, no fuso horário que lhe convier. É uma maneira de ampliar muito a atuação, ainda mais neste momento em que tantas pessoas deixaram de ir a academias ou não podem treinar nas ruas”, destaca Ruy. “Esse hábito de treinos on-line veio para ficar”, aposta o fundador Julian.