REPERCUSSÃO: Juízes federais da Argentina criam associação inspirados na Lava Jato

A assembleia que formalizou a criação da Ajufe do país foi realizada a portas fechadas

REPERCUSSÃO: Juízes federais da Argentina criam associação inspirados na Lava Jato

Foto: Divulgação

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Em 19 maio de 2017, um grupo de 193 magistrados argentinos criou a Asociación de Jueces Federales (Ajufe), com a mesma sigla da entidade brasileira equivalente, tendo a Lava Jato como modelo inspirador.

 

O encontro aconteceu na Faculdade de Direito da UBA (Universidade de Buenos Aires), mesmo local onde o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, fará conferência em evento promovido pela Ajufe brasileira, nesta sexta-feira (23).

 

A assembleia que formalizou a criação da Ajufe argentina foi realizada a portas fechadas, segundo registro da imprensa local na época.

 

O 1º Encontro Internacional da Ajufe, que será aberto nesta quinta-feira (22) em Buenos Aires, não teve maior divulgação na imprensa brasileira. O evento foi noticiado principalmente entre associados, na intranet.

 

Naquela assembleia em 2017, foi registrada a proposta de fomentar convênio com a "Ajufe Brasil".

 

A entidade argentina apresentou uma série de propostas para atacar as causas da corrupção, ressaltando a necessidade de reforçar a "interação cotidiana entre os distintos atores institucionais para elaborar uma política de Estado concreta com foco neste tema", tendo em conta as experiências do Brasil, Espanha, Chile e México.

 

Foi eleito presidente da Ajufe argentina o juiz Jorge Morán, da Câmara Nacional no Contencioso Administrativo Federal.

 

Segundo Morán, figuravam entre as propostas "modificar os processos" e "fortalecer a área de investigação, dotando o Poder Judiciário de uma agência especial e uma polícia judiciária, como existe em outros países".

 

A ideia de uma Lava Jato argentina tinha dupla motivação: elaborar leis similares às do Brasil, incluindo a delação premiada e outras ferramentas para combater a corrupção, e fazer frente a pressões do poder político sobre a magistratura. 

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