Com participação abaixo do esperado, o plebiscito informal O Sul É o Meu País, realizado no sábado, 7 de outubro, foi concluído com vitória maciça da proposta de separação dos Estados do Sul para a criação de um novo país.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Com participação abaixo do esperado, o plebiscito informal O Sul É o Meu País, realizado no sábado, 7 de outubro, foi concluído com vitória maciça da proposta de separação dos Estados do Sul para a criação de um novo país.
Com 80,12% das urnas auditadas até as 20h de domingo, 8, 96,1% dos participantes votaram favoravelmente a Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná se separarem do Brasil. Os votos contrários somam 3,9%. A votação aconteceu em 900 cidades dos três Estados do Sul.
O movimento registrava a participação de 331.378 eleitores no plebiscito. A expectativa da organização é de que até o final da contagem o número chegue perto dos 500 mil, bem abaixo da meta do movimento, que era de contabilizar entre 1 milhão e 2 milhões de votantes.
O número de eleitores deve ficar abaixo também dos 616 mil registrados na primeira edição do Plebisul, em outubro do ano passado. Apesar disso, Anidria Rocha, que é uma das lideranças do movimento, disse não estar frustrada com o resultado.
ASSINATURAS
Ela argumenta que, junto com o plebiscito, o grupo coletou assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que propõe uma consulta formal sobre a independência da região Sul, a ser realizada junto com as eleições do ano que vem.
Apesar de os números ainda não terem sido divulgados, ela afirmou que a proposta bateu a meta de assinaturas, o que em sua avaliação representa uma vitória para o movimento.
O movimento existe desde 1992, mas ganhou força nos últimos anos em função da deterioração das condições políticas e econômicas do país. Anidria afirmou que 80% da riqueza produzida nos três Estados "fica encastelada" em Brasília e que a região Sul poderia se tornar um país de primeiro mundo se fosse separada do Brasil.
O grupo sabe que o plebiscito não tem valor legal, já que a Constituição determina que "a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e Distrito Federal", e a legislação proíbe qualquer tentativa de separação do território nacional.
Por isso, a meta é continuar coletando assinaturas para a realização de uma consulta formal junto com as eleições de 2018. A proposta deve ser protocolada nas Assembleias Legislativas dos três Estados até maio do ano que vem.
A líder do movimento destaca o grande "potencial econômico e humano da região" e as características da população do Sul: "Nós temos uma cultura completamente miscigenada, e um povo que fala a mesma língua. O trabalho é a língua da região Sul, assim como é a língua de outros Estados, mas tem muitos Estados que estão mais acostumados com o assistencialismo, e nós não gostamos muito disso".
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!