Dilma faz apelo por 'compreensão, diálogo e unidade' do País
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
A presidente Dilma Rousseff pediu nesta terça-feira, 8, “compreensão, diálogo e unidade” no País, em solenidade no Palácio do Planalto na qual assinou uma portaria para beneficiar com cirurgias reparadoras mulheres vítimas de violência. O apelo foi feito na mesma semana em que militantes começaram a articular atos de apoio ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo da Operação Lava Jato, para o mesmo domingo em que haverá centenas de protestos pelo impeachment de Dilma em todo o País.
“No momento em que nós vivemos, mais uma vez é necessário que a gente repita a importância da tolerância”, afirmou Dilma, sem citar diretamente o temor do governo de eventuais confrontos entre aliados e opositores do governo no fim de semana. “A tolerância e a pacificação da sociedade é algo muito importante.”A solenidade foi realizada ontem à tarde. Horas antes, Dilma já havia feito apelo semelhante a ministros do governo, durante reunião de coordenação política.
A presidente pediu aos aliados que seus respectivos partidos, em especial o PT, desmarcassem qualquer evento previsto para o domingo, a fim de evitar confrontos com manifestantes contrários ao governo. O acirramento de ânimos de partidários e opositores da gestão Dilma, após o depoimento forçado de Lula à Lava Jato, preocupa o Planalto.Seguindo essa orientação, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, reuniu-se com líderes da base e pediu a todos que convençam suas bases a cancelarem manifestações no domingo, não aceitem provocações e evitem o enfrentamento.
O Planalto teme que o governo e o próprio PT possam ser responsabilizados por eventuais conflitos, provocando mais desgaste a ambos. Na sexta-feira, após prestar depoimento à Polícia Federal, Lula fez um discurso cheio de críticas à elite e à mídia, afirmou que era a hora de o PT “levantar a cabeça” e que, “se tentaram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo”.Diante do apelo do governo e da presidente, lideranças de movimentos sociais e sindicais próximos do PT passaram a dizer que não iriam às ruas no domingo, e sim em outras datas previamente definidas para atos contra o impeachment: 18 e 31 de março.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!