Lula intermediou negócios da Odebrecht em Cuba
Foto: Divulgação
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Documentos secretos oficiais divulgados pela revista Época na edição deste sábado (29) mostram que Lula intermediou negócios para a
empreiteira Odebrecht em Cuba, em 2011. A publicação traz detalhes dos bastidores da atuação do ex-presidente como lobista da empresa em Havana, país onde a empreiteira faturou US$ 898 milhões (R$ cerca de 3,5 bilhões), valor que correspondente a 98% dos financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em Cuba.
A reportagem da revista obteve telegramas secretos do Itamaraty em que diplomatas acompanhavam boa parte das conversas reservadas do ex-presidente na capital cubana. Nos documentos do governo brasileiro, "burocratas descrevem as condições camaradas dos empréstimos do BNDES às obras da Odebrecht em Cuba" e ainda trazem detalhes da atuação do ex-presidente.
De acordo com a publicação, Lula usava o nome da presidente Dilma e discutia em reuniões com executivos da Odebrecht e Raúl Castro minúcias dos projetos da empreiteira em Cuba, como os tipos de garantia que poderiam ser aceitas pelo BNDES para investir nas obras.
Ainda segundo a reportagem, parte expressiva dos documentos foi classificada como secreta pelo governo Dilma, ou seja, só viriam a público em 15 anos. A maioria deles, porém, foi entregue ao Ministério Público Federal, em inquéritos em que se apuram irregularidades nos financiamentos do BNDES às obras em Mariel.
Em nota à Época, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou desconhecer o conteúdo dos documentos. Contudo, o Planalto destaca a importância estratégica do projeto de Porto de Mariel para as relações de Brasil e Cuba.
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