Funai repudia vandalismo em Humaitá e diz manter diálogo com índios no AM

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Foto: Divulgação

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou nota em que repudia ataques a bens da instituição e da Funasa em Humaitá, município do Amazonas a 590 km de Manaus. Na quarta-feira (25), um grupo de pessoas incendiou carros e unidades dos dois órgãos em protesto pela agilidade nas buscas por homens desaparecidos na BR-230 (Rodovia Transamazônia). Os manifestantes afirmam que os índios da etnia Tenharim fazem o grupo refém dentro da reserva indígena localizada na divisa entre Rondônia e Amazonas.

Na nota, a Funai afirma ainda que não compete à Fundação investigar, apurar ou fazer buscas pelos desaparecidos. "Essas ações constituem atribuições das Forças de Segurança Pública", diz trecho da nota.

A instituição afirmou que colabora com a apuração dos fatos que envolvem o desaparecimento dos homens e mantém diálogo com os indígenas. "Manifestamos nossa disposição de cooperar com as ações tendentes ao distensionamento dos conflitos na região e à preservação das vidas dos indígenas, dos servidores, e dos cidadãos locais", afirma o texto.

O órgão também pediu que a população contribua com a liberação dos acessos aos municípios da região do Sul do Amazonas. Na terça-feira (24), véspera de Natal, familiares e amigos dos desaparecidos interditaram a balsa que faz a travessia do Rio Madeira, em Humaitá.

Protestos

Na quarta-feira (25), feriado de Natal, moradores dos municípios de Apuí e Humaitá, no Sul do Amazonas, promoveram diversas manifestações. Eles cobraram agilidade da Polícia Federal de Rondônia (PF-RO) nas buscas por homens desaparecidos na BR-230 (Rodovia Transamazônica), há mais de uma semana. Os manifestantes chegaram a atear fogo em três carros e nas sedes da Funai e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Humaitá. O grupo de desaparecidos teria sido visto pela última vez na aldeia de índios da etnia Tenharim.

Após os ataques, 143 indígenas - entre adultos, adolescentes e crianças - foram abrigados no quartel do Exército em Humaitá. "Houve a solicitação da FUNAI para protegermos de algum modo a integridade dos indígenas", informou o coronel Antônio Prado, comandante do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS).

Reforço policial

Na manhã de quinta (26), a Polícia Militar do Amazonas enviou um efetivo de 30 policiais do Batalhão de Choque a Humaitá. Segundo a PM, a medida foi tomada como forma de prevenir novos conflitos e ações de vandalismo decorrentes de protestos pela cidade.

Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta (26), o delegado superintendente da Polícia Federal de Rondônia, Carlos Manoel Gaya da Costa, informou que a PF instaurou inquérito para apurar o desaparecimento das três pessoas dentro da reserva indígena. De acordo com ele, a PF mobilizou todo o seu efetivo para a operação. O Governo do Estado do Amazonas, a Força Nacional, o Exército, a Polícia Militar do Amazonas, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil de Rondônia e Corpo de Bombeiros também estão prestando apoio à Polícia Federal.

Desaparecidos

Um grupo composto por três pessoas desapareceu em uma região do km 85 da BR-230, Rodovia Transamazônica, em trecho situado entre os municípios amazonenses de Humaitá e Manicoré. Segundo testemunhas, o grupo teria sido visto pela última vez na aldeia de índios da etnia Tenharim. Um dos desaparecidos, Aldeney Ribeiro Salvador, é funcionário da Eletrobras Amazonas Energia. Ele atua na Agência do Distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré. Outro desaparecido, segundo a Polícia Federal, é um vendedor de Humaitá. Todos são moradores de Santo Antônio do Matupi, no interior do Amazonas, de acordo com a PF.

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