Corpo de caminhoneiro é transportado ilegalmente de táxi por 3.000 km e acaba apreendido durante velório

Corpo de caminhoneiro é transportado ilegalmente de táxi por 3.000 km e acaba apreendido durante velório

Corpo de caminhoneiro é transportado ilegalmente de táxi por 3.000 km e acaba apreendido durante velório

Foto: Divulgação

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O corpo de um caminhoneiro gaúcho que morreu em um acidente de trânsito na Bahia foi transportado ilegalmente de táxi até a Porto Alegre (RS). Após isso, a família não conseguiu enterrar por um problema com a documentação e o corpo acabou apreendido pela polícia.

José morreu em um acidente na BR-101, na altura da cidade de Eunápolis (BA). A polícia investiga quem foi o responsável pela contratação de um táxi para levar o corpo, já que o procedimento não é permitido por lei.

Após 30 horas de viagem e cerca de 3.000 km percorridos, o corpo chegou, na segunda-feira (30), à capital gaúcha. Dois taxistas se revezaram no trajeto.

O filho do caminhoneiro (foto), Douglas Ribeiro, ficou revoltado com a situação.

— [O corpo] apareceu em Porto Alegre dentro de um caixão, dentro de um táxi, onde nem um cachorro morto acho que vem assim nesse estado que veio.

Os problemas da família não acabaram no translado. Sem a documentação necessária, o cemitério interrompeu o velório e chamou a polícia. Isso porque apenas a cópia de uma declaração de óbito havia sido entregue. O corpo acabou apreendido e levado ao Departamento Médico-Legal até que a situação seja regularizada.

Os taxistas receberam R$ 4.000 pela viagem. Um deles, Olicio Dias (foto), disse que ainda teria que levar um documento de volta. 

— Me contrataram para trazer um corpo em Porto Alegre e eu fiz o serviço. Fiquei de levar uma procuração da família para dar continuidade no registro de óbito.

O delegado Marcos Machado (foto) disse que deverá ser apurada a causa da morte e que toda a documentação necessária — no caso, o atestado de óbito — deverá ser apresentada para que seja liberado o sepultamento.

 A empresa em que José trabalhava afirmou que existe uma cláusula no seguro do caminhão que atribui à seguradora a responsabilidade pelo translado do corpo. O chefe do motorista disse que foi essa seguradora que contratou uma funerária na Bahia. O filho negou-se a assinar a procuração e quer que a empresa pague uma passagem para ele ir resolver a burocracia.

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