Ipea divulga resultados finais da pesquisa Ação Social das Empresas no Brasil

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Foto: Divulgação

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*Os resultados finais da Pesquisa Ação Social das Empresas, realizada pelo Ipea pela segunda vez em todo o Brasil, apontam um crescimento significativo, entre 2000 e 2004, na proporção de empresas privadas brasileiras que realizaram ações sociais em benefício das comunidades. Neste período, a participação empresarial na área social aumentou 10 pontos percentuais, passando de 59% para 69%. São aproximadamente 600 mil empresas que atuam voluntariamente. Em 2004, elas aplicaram cerca de R$ 4,7 bilhões, o que correspondia a 0,27% do PIB brasileiro naquele ano. A partir da realização desta segunda edição da Pesquisa tornou-se possível iniciar a construção, de maneira inédita, de uma série histórica que permite o acompanhamento da evolução do comportamento da iniciativa privada na área social desde finais da década de 1990. *O montante deste investimento social privado, porém, é pouco influenciado pela política de benefícios tributários, uma vez que apenas 2% das empresas que atuaram no social fizeram uso de incentivos ficais para tanto. Dentro os motivos da não utilização desses benefícios, cerca de 40% dos empresários alegaram que o valor do incentivo era muito pequeno e que, portanto, não compensava seu uso. Para 16% as isenções permitidas não se aplicavam às atividades desenvolvidas e outros 15% nem mesmo sabiam da existência de tais benefícios. *A comparação entre as informações das duas edições da Pesquisa mostra que, se por um lado, houve um crescimento generalizado na participação social das empresas, por outro, a magnitude desse crescimento foi diferenciada segundo as regiões. Foi no Sul que se observou o maior incremento na proporção de empresas atuantes, que passou de 46%, em 2000, para 67%, em 2004, o que equivale a um aumento de 21 pontos percentuais. “Com isso, o Sul deixou de ser a região com menor proporção de atuação e passou a ter um comportamento similar ao das demais regiões do país”, observa a diretora de Estudos Sociais do IPEA e coordenadora-geral da Pesquisa, Anna Maria Peliano. O Nordeste, que aumentou sua atuação em 19 pontos (de 55% para 74%), ultrapassou, ligeiramente, o Sudeste que, em 2004, contava com 71% de participação. Finalmente, a região Norte apresentou uma expansão de 15 pontos percentuais (de 49% para 64%), seguida do Centro-Oeste, com um crescimento de 11 pontos no período (de 50% para 61%). *Levando-se em conta o porte, observa-se que foram as grandes empresas que apresentaram a maior taxa de participação em ações comunitárias (94%), apesar de terem tido um crescimento de apenas 6 pontos percentuais entre 2000 e 2004, mesmo percentual alcançado pelas pequenas (11 a 100 empregados). Já entre as micro-empresas (até 10 empregados) e entre aquelas de médio porte (101 a 500 empregados), o crescimento foi bem mais expressivo, com um aumento de 12 pontos percentuais no primeiro caso (de 54% para 66%) e de 19 pontos, no segundo (de 67% para os atuais 87%). *Entre os setores econômicos, o destaque foi o setor de agricultura que registrou um aumento de 35 pontos percentuais, ampliando sua contribuição de 45% para 80%. O setor de construção civil, que já era o menos atuante, em 2000, segue na última posição, com apenas 39% de suas empresas realizando ações sociais, o que representou um crescimento de 4 pontos percentuais no período. Os demais setores apresentaram crescimento semelhante, atingindo níveis de atuação que oscilaram entre 69% e 72% das empresas. * Quanto às áreas de atuação, merece destaque o crescimento das ações voltadas para alimentação, que torna-se a área prioritária de atendimento (52%), ultrapassando as ações voltadas para assistência social (41%). Já em relação ao público-alvo, o atendimento à criança continua a ser o foco principal das empresas (63%), mas crescem, de maneira expressiva, o desenvolvimento de ações em prol de idosos e portadores de doenças graves, que passam a envolver, respectivamente, 40% e 17% das empresas. *Uma das novidades dessa segunda edição foi a investigação sobre o que dificulta ou impede o desenvolvimento de ações sociais comunitárias: para 62% das empresas, a principal razão é a falta de dinheiro. Uma parcela bem menor reclama da ausência de incentivos governamentais (11%). Também é pequena a proporção de empresas que não atua porque nunca pensou nessa possibilidade (5%) ou porque acredita que este não seja seu papel (5%). “Vê-se que, mesmo entre as empresas que nada fazem para fora de seus muros, há um conhecimento generalizado sobre a possibilidade de atuação no campo social. E isso é muito positivo”, avalia Anna Peliano. *A Pesquisa procurou investigar, também, a percepção dos empresários sobre o seu papel na realização de ações voluntárias em benefício das comunidades. A grande maioria (78%) acredita que é obrigação do Estado cuidar do social e que a necessidade de atuar para as comunidades é maior hoje do que há alguns anos (65%). Há, portanto, uma compreensão, no mundo empresarial, de que a atuação privada não deve substituir o poder público, tendo um caráter muito maior de complementaridade da ação estatal. *Todos os resultados da Pesquisa, primeira e segunda edições, podem ser acessados no site do IPEA (www.ipea.gov.br/asocial). *Outras informações: *- 0 que o Ipea considerou como ação social? *Considerou-se qualquer atividade que as empresas realizam, em caráter voluntário, para o atendimento de comunidades nas áreas de assistência social, alimentação, saúde, educação, entre outras. Foram excluídas do conceito de ação social as atividades executadas por obrigação legal, como as contribuições compulsórias às entidades integrantes do chamado Sistema “S” (Sebrae, Sesi, Sesc, Senac, Senai, Senat, Sescoop, Senar). * Qual a metodologia utilizada? *A Pesquisa é realizada por meio da seleção de uma amostra de empresas com um ou mais empregados construída a partir de cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e composto pela Relação Anual de Informações Sociais – Rais e pelo Cadastro de Empregados e Desempregados – Caged. Nessa edição da Pesquisa Ação Social das Empresas, a amostra é integrada por 9.978 empresas, sendo aproximadamente um quinto em cada região. Após o levantamento dos dados, essa amostra é expandida, a partir de procedimentos estatísticos, para o conjunto das empresas brasileiras que é de, aproximadamente, 930 mil. *As informações foram levantadas em duas etapas: *Primeira etapa: pesquisa por telefone, com o objetivo de identificar as empresas que realizaram algum tipo de ação social para a comunidade, no ano fiscal anterior à realização do levantamento (por porte, setor de atividade e localização); *Segunda etapa: envio de questionário detalhado para as empresas que responderam por telefone ter realizado algum tipo de ação social para a comunidade no ano fiscal anterior à realização do levantamento. Busca-se, nesta etapa, aprofundar o conhecimento sobre a atuação social das empresas, identificando o que fazem, a quem atendem, quanto investem, entre outras questões. *Quais as novidades da primeira etapa (telefone) dessa edição? *Além de um retrato atualizado da participação social das empresas, nesta edição, a Pesquisa explorou, em caráter inédito, as razões pelas quais as empresas não realizaram, em caráter voluntário, qualquer atividade social em prol das comunidades e o que as levaria a atuar nesse campo. Indagou-se, ainda, se a empresa fez doações ou realizou ações sociais especificamente voltadas para o combate à fome. O levantamento traz, também, respostas as seguintes perguntas: o ativismo social empresarial tem crescido nos últimos anos? Se sim, qual a magnitude desse crescimento? Existem diferenças entre pequenas e grandes empresas ou entre industrias e empresas comerciais? Qual tem sido a região mais dinâmica? *Que informações a Pesquisa traz na segunda etapa (questionário)? *Foram levantadas informações específicas sobre a operacionalização e as características do atendimento empresarial comunitário, tais como: em que áreas a empresa desenvolve atividades (assistência, educação, saúde), qual o seu público alvo (criança, idoso, mulher, jovem), se os empregados participam das ações da empresa, qual o volume de recursos empregado, se as empresas utilizam incentivos fiscais, se fazem parcerias para a realização de suas atividades, quais suas motivações e quais as dificuldades para atuar. Também, em caráter inédito, a Pesquisa procurou identificar a percepção do empresariado sobre seu papel na realização de atividades sociais voluntárias em prol das comunidades. *Fontes *Coordenação-Geral da Pesquisa: *Anna Maria Medeiros Peliano. Socióloga. Pós-graduada em Política Social pela UnB, elaborou e publicou vários trabalhos na área social, especialmente sobre a questão alimentar. Participou da elaboração de importantes programas de combate à fome e à pobreza. Coordenou pesquisas na Unicamp e UnB sobre o papel das ONGs no atendimento social. Foi Coordenadora do Núcleo de Estudos da Fome da UnB (1987-1992), diretora de Política Social do IPEA (1992-1994), coordenadora da elaboração do Mapa da Fome, que subsidiou o trabalho de Herbert de Souza, o Betinho, na Campanha contra a Fome (1993), membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar - CONSEA (1993/1994), e secretária-executiva da Comunidade Solidária (1995-1998). Vem coordenando a Pesquisa Ação Social das Empresas desde 1999. Atualmente é Diretora da Diretoria de Estudos Sociais – DISOC do IPEA. *Coordenação-Adjunta *Luana Simões Pinheiro. Economista, formada pela Universidade de Brasília, e mestranda em sociologia pela mesma instituição. Atua como Técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, e tem elaborado e publicado estudos na área social, especialmente sobre as questões de gênero e raça. Colaborou no desenho e na implementação de importantes estratégias do Governo Federal para o combate às desigualdades de gênero e raça, como o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, lançado em finais de 2004. Desde 2001, está envolvida com a realização da Pesquisa Ação Social das Empresas, do IPEA, tendo coordenado o levantamento de campo da segunda edição do estudo nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. *Menção Obrigatória: Pesquisa Ação Social das Empresas/IPEA, 2006. *Atendimento à Imprensa *Eliane Araujo – 21 – 8131 9210 *Lise Morosini – 21 – 8148 4886 *pesquisa.asocial@gmail.com ***Leia também: * Fhemeron realiza campanha de doação de sangue no MP em Porto Velho
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