PREJUÍZO: União Europeia decide proibir soja e carne de áreas desmatadas

A lista de produtos não é tão pequena e vai de carne bovina até móveis e papel

PREJUÍZO: União Europeia decide proibir soja e carne de áreas desmatadas

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

 

Na madrugada desta terça-feira (6), o Parlamento da UE chegou a um acordo para realmente proibir a importação de produtos agrícolas e de pecuária que sejam oriundos de áreas desmatadas.
 
Estarão sob monitoramento europeu os mais variados produtos, como soja, carne bovina, cacau, café, óleo de palma e alguns derivados, como couro, chocolate, móveis e papel, de acordo com o UOL. Sendo assim, a medida pode ser extremamente prejudicial às exportações do agronegócio brasileiro.
 
Com o acordo, a importação será proibida caso esses produtos sejam oriundos de áreas desmatadas após dezembro de 2020. Caso esse seja o caso, tarifas extras serão cobradas, o que na prática significaria o fechamento do mercado europeu para essas produções. No total, a empresa que vender para o mercado europeu produtos que tenham causado desmatamento sofrerão uma multa de 4% de seu faturamento.
 
O texto acordado ainda exige que sejam assegurados desde já os direitos e as garantias dos povos originários, segundo o jornal O Globo.
 
“Eles são nossos melhores aliados contra o desmatamento. Os importadores deverão verificar a conformidade de seus fornecedores às leis locais no que diz respeito aos direitos humanos e assegurar que os povos originários sejam respeitados”, disse o eurodeputado de Luxemburgo Christophe Hansen, membro do Comitê de Comércio Internacional citado pela mídia.
 
Segundo a mídia, o acordo tinha sido proposto originalmente em novembro de 2021 pela Comissão Europeia e aprovado, em linhas gerais, pelos Estados-membros do bloco. 
 
Em setembro passado, os eurodeputados votaram por ampliar a lista de produtos sujeitos às restrições, sobretudo a borracha, que não estava na proposta inicial. E, agora, a questão dos direitos dos indígenas foi incluída.
 
Em junho deste ano, quando o texto ainda estava sendo elaborado, o Itamaraty fez duras críticas à proposta europeia – como não se via a chancelaria brasileira se posicionar há um bom tempo – afirmando que o documento era de “[…] natureza fortemente discriminatória” e bastante inclinada “para a punição e o desengajamento” e que as restrições comerciais “reforçarão algumas das dinâmicas que levaram ao desmatamento e reduzem a capacidade do governo para lidar com essa questão”, conforme noticiado.
 
Ainda segundo o Itamaraty, o processo na Europa não considera de forma suficiente as condições locais de cada uma das regiões. A chancelaria alertou que o risco maior é de que tais medidas causem “distorções comerciais e tensões diplomáticas, sem benefícios ao meio ambiente”.
 
Na prática, a determinação europeia marca o primeiro desafio para a política externa do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e também poderá abrir uma disputa comercial entre o bloco europeu e Brasília.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Você é a favor do fim da escala 6x1?
Como você avalia o atendimento da Azul Linhas Aéreas em Rondônia?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS