Apelo ao bom-senso

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O presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, Maurício Carvalho (PSDB), não costuma usar a tribuna com frequência. Geralmente o faz em ocasiões especiais, como aconteceu na sessão ordinária de segunda-feira (5). Ele disse que aproveitou o final do processo eleitoral para fazer uma reflexão sobre o cenário político nacional e, principalmente, para analisar o dia a dia daqueles que se elegem para o exercício de um mandato no executivo ou para presidência de uma instituição como a Câmara, e chegou à conclusão de que gerir os negócios públicos não é tarefa fácil.

 

Passados os primeiros dias das eleições, disse ele, ouvem-se frases do tipo: “Vamos desarmar os palanques, para construirmos um país, um estado ou, ainda, uma cidade melhor”. Mal o escolhido senta-se na cadeira, porém, o discurso muda, com as juras de amor logo sendo substituídas por criticas. Algumas sérias, consistentes e responsáveis. Outras, porém, inócuas e carregadas de ódio, com a finalidade de destruir o adversário e transformá-lo num pária perante a opinião pública, observou o presidente.

 

Oposição séria é salutar, porque ajudar a corrigir rumos. Isso é próprio do regime democrático. A crítica pela crítica, não. A crítica com o fito de anular o oponente é vedetismo, que em nada contribui para o desenvolvimento do país, do estado, da cidade e, principalmente, para melhor as condições de vida da população, destacou Maurício, acrescentando que a tarefa de administrar a coisa pública é espinhosa, mas gratificante, sobretudo quando se consegue transformar compromissos de campanha em realidade, visando sempre o bem-estar da coletividade.

 

Para ele, disputar o governo de Rondônia, como vice-governador na chapa encabeçada pelo seu colega de partido Expedito Junior, foi um aprendizado incrível, uma experiência indescritível, pois teve a oportunidade de conhecer e conversar com pessoas dos mais diferentes cantos do Estado, aprender um pouco mais com cada uma delas, sentir de perto suas agruras e descobrir seus sonhos, o que o motivou ainda mais a continuar na vida pública, não para fazer oposição irresponsável, ou integrar o bloco dos que torcem pelo quanto pior, melhor, mas, sim, para continuar contribuindo de alguma maneira pela melhoria das condições de vida da população.

 

Repito – reforçou Maurício – que administrar a coisa pública é tarefa para poucos. Hoje, Maurício sabe disso. E precisou aprender rápido. Afinal, ele veio da iniciativa privada, em cuja seara tornou-se um empresário próspero e bem-sucedido. Antes de chegar à presidência da Câmara, cargo que ocupa desde janeiro de 2017, nunca exercera cargo público. Sua administração se tem sido marcada pela eficiência e transparência. Em pouco tempo, ele conseguiu organizar as contas da Casa e pagar direitos aos servidores que se vinham arrastando há décadas.

 

Paralelo a isso, Mauricio tem tido uma atuação parlamentar digna dos melhores elogios, até mesmo por adversários, com ações voltadas à resolução dos mais variados problemas sociais. O Projeto de Lei Complementar nº. 947/2017, convertido, posteriormente, na Lei Complementar nº. 728/2018, leva sua assinatura. Por ela, o contribuinte com mais de sessenta anos, aposentado ou pensionista, com renda familiar mensal de até dois salários mínimos, e que possua um único imóvel e nele resida, está isento do pagamento do IPTU, assim como o ex-soldado da borracha, o ex-ferroviário, ou suas viúvas. Mesmo assim, houve quem o criticasse injustamente porque ele autorizou a compra de veículos para atender às necessidades do Poder Legislativo.  

 

Não é fácil administrar o Poder Legislativo, mesmo com uma estrutura pequena, como tem a Câmara Municipal, com pouco menos de oitenta servidores. Agora, imagine governar uma cidade com as dimensões e os problemas que têm Porto Velho, disse Maurício. Por isso, ele se tem esforçado, na medida do possível, para ajudar o prefeito Hildon Chaves, independente de serem do seu partido, aprovando projetos e direcionando ações que contribuem para melhorar a vida da população, especialmente dos segmentos mais carentes da sociedade. Se há problemas (e ele existem, ingenuidade, portanto, seria tentar escondê-los) nas áreas da saúde, educação, ou se a estrutura que foi criada, para descentralizar as compras do Município, não vem atendendo as expectativas, pois, então, vamos aperfeiçoar o que for possível e corrigir eventuais erros, mas com diálogo, conclamou o presidente Maurício.  

 

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