Deus não é cabo eleitoral

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Com o final da contagem dos votos recolhidos nas urnas eletrônicas no dia sete de outubro, é tempo de os políticos voltarem sua atenção para as responsabilidades que lhes pesam sobre os ombros, principalmente aqueles que tiveram seus nomes aprovados para a posse de mandatos eletivos, proporcionando-lhes, assim, a condição de legisladores, com prerrogativas para criar leis que venham ao encontro da solução dos inúmeros problemas que afetam a vida da população brasileira e, de modo especial, a de Rondônia.

 

Partimos, agora, para a escolha de presidente da República e governador. Se depender das pesquisas de intenção de voto, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) já pode mandar preparar o terno para assumir o Palácio do Planalto. Situação semelhante deverá acontecer com o candidato Marcos Rocha, companheiro de partido de Bolsonaro, que disputa o governo de Rondônia. Os números até aqui divulgados apontam para uma vitória fácil do coronel da Polícia Militar, que já passou pela Secretaria de Justiça no governo Confúcio Moura. Mas, como diz o ditado, prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Convém, portanto, esperar o resultado das urnas, porque essa, sim, é a verdadeira pesquisa.

 

Certo de que derrotaria Jânio Quadro na disputa pela prefeitura de São Paulo, em 1985, Fernando Henrique Cardoso deixou-se fotografar sentado na cadeira de prefeito, um dia antes da eleição, mas acabou derrotado. Um fato que contribuiu decisivamente para a derrota do tucano foi ele ter evitado responder ao jornalista Boris Casoy se acreditava em Deus. Aliás, Deus tem sido usado como cabo eleitoral de muitos candidatos, principalmente ímpios. Dias atrás, a televisão mostrou um ateu confesso numa Igreja, com os braços levantados, cabeça baixa e olhos fechados, balbuciando alguma coisa, tentando passar a imagem de cristão devotado. Na prática, porém, abraça doutrinas abomináveis aos olhos do Criador.

 

Vai ver esses fariseus nunca foram à Igreja mais próxima, tampouco sabem orar o Pai Nosso. Alguns até se atrevem a mencionar passagens bíblicas, mas acabam passando atestado, traídos que são pelo desconhecimento. Mas se esses hipócritas pensam que terão êxito em suas empreitadas, estão redondamente enganados. O castigo virá, inapelavelmente. O relho correr-lhes-á nos costados, porque Deus não permite que farsantes usem seu santo nome em vão.  Chegamos, enfim, à encruzilhada do destino. Muitos já decidiram o que vão fazer do seu voto no dia 28 de novembro. Outros, porém, ainda hesitam. Que os vitoriosos cumpram as promessas feitas ao povo.

 

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