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Perdoem-me os crédulos, mas sou um tanto quanto cético quando o assunto é transposição de servidores estaduais e municipais de Rondônia para os quadros da União. Na condição de servidor da Câmara Municipal de Porto Velho, prestes a me aposentar, com a graça de Deus, confesso que nunca levei o tema muito a sério, até porque não tenho mais idade para crê em contos de fadas.
Sempre vi essa história de transposição como um embuste eleitoreiro no qual muitos políticos se têm agarrado, sobretudo em período de eleição, para ludibriar desavisados e, assim, permanecerem mamando nas flácidas tetas do erário. Respeito, contudo, os que alimentam sentimentos diferentes dos meus, mas lamento decepcioná-los, não tenho o péssimo hábito da tergiversação.
À semelhança do que ocorreu em pleitos anteriores, o tema voltou a ocupar, com mais intensidade, as principais páginas do noticiário local. Agora, os mais cortejados são os contratados até 1991, aos quais os políticos profissionais prometem pavimentar, por meio de Propostas de Emendas à Constituição Federal, o caminho que os conduzirá aos quadros da União, em cuja seara eles colherão contracheques recheados, com direito ao merecido ócio, um sonho antigo, acalentado por muitos, que morreram sem conseguir realizar.
E não é que muita gente boa tem acreditando nesse papo furado. Até pessoas com certo grau de conhecimento da realidade, embarcaram nessa nau desgovernada, inclusive sindicalistas experientes, deixaram-se seduzir pelo canto de sereia de demagogos, que, a cada eleição, lançam um jato de ilusões na direção da população e, depois, passada a refrega eleitoral, mergulham num processo de amnésia, esquecendo-se das promessas feitas durante o período eleitoral.
Muita atenção, servidor! Tem gente querendo lhe enganar, mais uma vez. Essa história de transposição é mais antiga do que o Código de Hamurabi. A cada eleição, a situação se repete. Quando menos se espera, aparece um deputado ou senador, com uma PEC, que modificou a PEC anterior, que alterou a anterior, mais parecendo os embargos, dos embargos, dos embargos, apresentados pelos advogados do ex-presidente Lula, para livrá-lo da cadeia. Essa turma teve tanto tempo para resolver o problema, mas não, deixou para fazê-lo exatamente agora, a poucos meses das eleições, por quê? De tão óbvia, a resposta parece-me supérflua.
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