Foto: Divulgação
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A doação de uma rua na zona leste para uma grande rede de supermercado na capital mostra como um grupo de vereadores alinhados com o executivo, pode fazer ‘qualquer coisa’. Às vezes, fazem nas coxas, as vezes, nas coxias do poder.
Logo no início desta legislatura, sem ao menos terem esquentado a cadeira, vereadores aprovaram a doação deste terreno de 3.750m² ( na verdade é uma rua) para um grande empresário do estado.
Em contrapartida social, a empresa terá que construir ou reformar salas de aula para o município. Muito louvável iniciativa. Acontece que não ficou definido qual será o valor da compensação. Isto mesmo, não está no contrato. Muito menos quanto vale o terreno que foi doado, nem quantas salas de aula serão contempladas.
Sem cálculo, sem projeto base. Nadica de nada. Tudo feito as pressas. Como diz no popular, feito nas coxas.
Confesso que esta é a primeira vez que vejo doação pública com estes parâmetros. Doa-se sem saber o “quanto” está doando e nem quanto vai receber em troca. E quatro anos foram dados para se “concluir” o negócio. Abre-se margem para suscitar duvidas de como as coisas andaram e andam nos bastidores desta negociação. Na coxia como se diz no teatro.
Uma excrecência em se tratando de trato com a coisa pública. Tenho que registrar que nem todo vereador da casa concordou com a esparrela.
Outro agravante na história. Segundo moradores e comerciantes no entorno do terreno, que fica na avenida Amazonas em frente a Unisp, o local foi cercado e terraplanado há cerca de um mês atrás. Vale lembrar que a doação só foi feita semana passada na Câmara de Vereadores.
Ou já sabiam que ia ser doado “de qualquer jeito” ou estavam invadindo a área pública com conivência e prevaricação dos órgãos fiscalizadores.
Aliás, neste quesito de invasão de área pública, Porto Velho é campeã. Há alguns anos, a FIMCA ocupou uma área verde destinada a comunidade e sobre o local, construiu suntuoso prédio educacional.
Nas proximidades do Porto Velho Shopping, uma outra área verde foi invadida por uma construtora. Até hoje, nada foi feito.
No caso da Fimca da família Carvalho, depois de ação do Ministério Público e Judiciário, propuseram a construção de uma creche como compensação.
Até hoje a comunidade aguarda a solução para o “grilo’ dos poderosos de plantão, que deve vir nesta legislatura, quando o herdeiro da faculdade “invasora” está ocupando a presidência do parlamento mirim. Com certeza vai trabalhar em favor do povão e lutar para se resolver logo esta pendenga.
Do mais, espero que os vereadores acompanhem de perto o processo de doação do terreno, o desenrolar do levantamento de valor da área, monitorem efetivamente a compensação social e tenham a curiosidade saber como a obra começou antes da doação.
Também torcemos que os fiscais diligentes da lei saiam das férias/recesso e efetivamente fiscalizem o poder municipal.
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