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Vivemos uma geração de cultuadores de dois monstros do comportamento humano: a hipocrisia e a arrogância. O primeiro dá dinheiro. O segundo representa o poder.
É altamente lucrativo ser falso, mentiroso e servil com quem está um degrau acima. Assim como ser arrogante sobre o menor, é autoridade. O poder do “quem pode mais, chora menos”.
Esse culto do mal objetiva tirar o máximo do menor e arrancar o que puder do maior com muito para dar. Esse jogo sujo alimenta o capitalismo patrimonialista e a cultura do ter para ser.
É isso mesmo. Para a sociedade atual, materialista, só tem valor quem acumulou, não importa como nem por qual meio. Tem? Então é vitorioso. Está tudo limpo, valeu. Não tem? É derrotado. Tira-se dele o que lhe resta.
Os sorrisos, treinados no espelho, cessam se a servidão que lambeu botas e bunda não der lucro. Ou se o outro deixou de ser necessário.
Essa vilania diabólica não conhece amizade nem lealdade. Estes valores são para ser cobrado dos outros. Se não juntou, que serventia tem cultura e saber, dedicação e fidelidade?
É com base nesse binômio, pecaminoso e criminoso, que se exibe o que se tem para os iguais e esconde-se dos desiguais. Para o primeiro, é afirmação de pertencer àquele meio e para o segundo, o escudo para evitar indesejáveis.
Esta regra permeia todos os ambientes sociais e contamina as pessoas, salvo as poucas exceções. Exatamente por isso, dizeres antigos permanecem: “Rico é rico, Pobre é pobre”, e “Patrão não é amigo de empregado, Empregado não é amigo de patrão”. Assim, bem separado Por aí vai.
No ambiente político, a hipocrisia viceja adubada. Vejam-se, o exemplo dos modestos patrimônios declarados da maioria dos candidatos. Quem acredita?
Escondem o maior e mostram o menor. Mas não lhes falta meios para contratar bancas caras para defesa de suas vilanias e crimes.
Mentir, enganar, iludir. Esse é o negócio. Isso dá muito dinheiro!
Olhe o teatro de ilusão Luliano: apresenta certidão de domicílio numa cidade paulista quando, na verdade, reside numa cela da Polícia Federal em Curitiba. É ali que mora, até provar inocência ou cumprir a pena a que foi condenado.
Inventa-se, cria-se e pratica-se todo tipo de artifício para enganar a sociedade. São armadilhas eleitorais para capturar o analfabeto social, o cidadão de boa fé para ganhar o poder e continuar a senda de crimes.
E não basta ter o poder político para governar. É necessário o poder financeiro para corromper, comprar almas e até braços armados.
Entristeço-me com a geração bruta que estou deixando para os meus filhos. “Uma sociedade de pessoas que, em sua maioria, não tem estatura moral para dizer ‘eu errei, me desculpe”.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!