Bianco e Gurgacz ensaiam dobradinha para 2014

Santa inocência

O ex-prefeito de Porto Velho Roberto Eduardo Sobrinho deu início a uma peregrinação nas emissoras de rádios e TV que ainda se dão ao trabalho de lhe conceder espaço para que ele desfie sua ladainha. Roberto vem repetindo que é inocente, não tinha como controlar o que faziam 13 mil servidores e ainda diz que “tinha denunciado os rolos da EMDUR ano passado”. Sobre essa última afirmação, já falamos na coluna anterior, mas não custa relembrar. Quando Roberto procurou o Ministério Público, já existia uma investigação em andamento. Inclusive no mesmo dia que Roberto foi ao MP, horas antes havia sido feita uma busca e apreensão na EMDUR. Segundo o Procurador-Geral Héverton Aguiar, “a farsa teria dado certo, não fosse o trabalho que já vinha sendo feito pelo MP”.

Pede para sair

Se Roberto Sobrinho não tinha capacidade de controlar o que faziam seus “13 mil servidores” então era melhor ter entregue o cargo. Como diz a turma atualmente “se não sabe brincar, desce do play”. Ele não desceu. E também não soube brincar. Quer dizer, desculpe, parece que brincar foi o que ele mais fez durante os últimos oito anos, para confirmar, basta andar pela cidade.

Uma observação

Neste domingo fui ao Mercado Municipal situado na Farquar. Já falei sobre esse assunto em abril de 2010, mas vou falar de novo, é sobre a milionária reforma daquele espaço que é ridiculamente pequeno para o fluxo de pessoas que circulam no local, sem contar o aperto pelo qual passam os feirantes. Os box que vendem alimentos prontos são pequenos e nesse espaço apertam-se duas, três e às vezes quatro cozinheiras. As áreas disponíveis para mesas são ainda menores. Para quem não sabe ou não lembra, a reforma custou, segundo a prefeitura, R$ 1,3 milhão e deixou o mercado fechado por mais de dois anos.

Tem mais

Se formos avaliar com calma a gestão Roberto Sobrinho chegamos à triste conclusão que a cidade regrediu, ao invés de avançar. As reformas das praças custaram inexplicáveis milhões e elas ficaram piores do que eram. O tal mercado cultural alaga quando chove e pelo visto só serviu para aumentar a saltenharia do Zizi. Por incrível que pareça, essa reforma custou R$ 1,8 milhão. O Mercado do KM1 é cercado de pombos e água de esgoto, fétida, que escorre pela calçada quebrada e amontoa-se ao lado de um açougue e dos feirantes que vendem peixe. A prefeitura nunca conseguiu padronizar as feiras livres, que continuam sujas e oferecendo alimentos como peixes, carne de porco e de gado sem nennhum tipo de refrigeração, uma coisa medieval.

Nem vamos falar

Dos viadutos que simbolizam a total falta de capacidade de gestão do ex-prefeito.

Perguntinha

Muita gente quer saber, e eu também, onde andam os monumentos que adornavam o Trevo do Roque, como o painel dos pioneiros e o relógio da Globo e o Trevo da Eletronorte, onde também havia uma imensa estátua de ferro. A gestão passada sumiu com tudo e nunca deu satisfação sobre o caso.

E por essas

E por outras que fica difícil acreditar na inocência de Roberto Sobrinho e seu séquito. Cá entre nós, eles tem muitas explicações a dar à sociedade da Capital. O Brasil precisa parar de esquecer os malfeitos de gestões anteriores e parar com o discurso de “vamos olhar para a frente”. Vamos olhar o futuro sim, mas sem esquecer do passado exatamente para não repertimos os erros. E também precisamos cobrar a punição desses mau gestores, afinal, jogar dinheiro fora pode, desde que não seja público.

Fechando

E não basta prender. Tem que fazer devolver o dinheiro. Uma boa dica para o Ministério Público é dar uma olhada com muita calma na relação de amizade entre Roberto Sobrinho e o empresário José Caleide, mais conhecido como “Sidney Gonçalves Nogueira ou Sidney da Signos”. Para quem não sabe ou não lembra, o empresário responde ação por lavagem de dinheiro desde 2006, quando da Operação Dominó.

Complementando

Em entrevista nesta segunda-feira a jornalista Ivonete Gomes, do Canal 38, o secretário municipal de Saúde, Macário Barros afirmou que todas as obras de compensação feitas pelas usinas para a área de saúde estão com problemas estruturais. Paredes com rachaduras, telhados caindo, enfim, um verdadeiro engodo. A grande pergunta que fica é, onde estava o secretário Williamens Pimentel que não viu nada disso? Ele não é “o cara” da saúde em Rondônia?

Dobradinha

O ex-prefeito de Ji-Paraná José de Abreu Bianco anda conversando, e muito com o senador Acir Gurgacz. Eles estão praticamente fechados em uma dobradinha para governo/senado, sendo que Gurgacz vai para a reeleição e Bianco pensa em ser governador. De novo.

10 mil

Para quem chegou agora por essas bandas, ou para aqueles que já esqueceram, José Bianco governou o Estado entre 1999 e 2003. Em 2000, tendo como secretário de Administração José Batista (aquele mesmo, que foi preso na Termópilas), Bianco demitiu 10 mil servidores, que ficaram acampados meses diante do palácio do Governo levando pelo menos uma surra por semana da polícia, comandada pelo então governador. De fato, é o que falta para Rondônia afundar de vez.

Sem solução

O caso Naiara Carine, a jovem que foi assassinada à facadas no dia 24 de janeiro deste ano, continua sem solução, assim como o assassinato do empresário Raymundo Aguiar, conhecido como Nonato, quem também não foi resolvido.

Sistema prisional

O governador Confúcio Moura andou se queixando pelo Facebook dos altos custos com presos, que o Estado vem tendo. Chegou a afirmar que “o estado vai quebrar”. De fato quebra. Preso tem que trabalhar, tem que produzir. Deixar um contingente de 8 mil homens parado, trancafiados em celas pensando apenas em como fugir, é extremamente complicado. Sem contar que preso tem que ter cinco refeições por dia, coisa que a maioria não tem em suas casas. O que o Estado brasileiro precisa é adequar sua legislação para que essa massa seja produtiva, e tem que ser trabalho pesado para o sujeito pensar 10 vezes antes de querer aprontar e voltar para a cadeia.

Outra

Confúcio, que havia resolvido se recolher na internet após uma série de polêmicas criadas por ele próprio no extinto “Blog do Confúcio”, resolveu aparecer, mesmo que timidamente na rede, através de seu perfil no Facebook. E já está causando confusão. De novo.

Terror

Nesta segunda-feira o mundo volta a temer o terror. Duas explosões ocorreram na cidade de Boston, estado de Massachusetts (EUA), durante a maratona que acontecia. As primeiras informações relatam que duas pessoas morreram e pelo 19 ficaram feridas. Descobriram dois outros artefatos que não detonaram. As autoridades americanas estão em alerta, assim como o resto do mundo, que acompanha com preocupação fatos que podem empurrar grandes nações para um conflito global. Torçamos para que isso não ocorra.

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Cientistas descobrem novos genes associados à frequência cardíaca

A partir de um amplo estudo do genoma de indivíduos, pesquisadores descobriram 14 novas variações genéticas que estão associadas com a frequência cardíaca, um importante marcador da saúde cardiovascular. A pesquisa foi publicada online esta semana na revista “Nature Genetics”. Coordenada pelos pesquisadores da Escola de Medicina do Monte Sinai, em Nova York, e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Coordenador do estudo, o cientista Ruth Loos trabalhou na associação do genoma utilizando dados de 181.171 participantes de 65 estudos entre 2009 e 2012. - Sem nenhuma hipótese inicial, nós estudamos todos o genoma humano na esperança de identificar novas variações genética que ninguém poderia dizer que tem alguma função na regulação da frequência cardíaca - disse Loos. - Esta descoberta é só o começo de algo novo e excitante que pode ser usada no desenvolvimento de novas drogas no tratamento de distúrbios do ritmo cardíaco. As experiências identificaram genes com um papel na regulação do ritmo cardíaco, o sinal de transmissão, o desenvolvimento embrionário do coração, bem como distúrbios cardíacos, tais como cardiomiopatia dilatada, insuficiência cardíaca congênita e insuficiência cardíaca súbita. - Nossa descoberta fornece novos insights sobre os mecanismos que regulam a frequência cardíaca - disse Marcel den Hoed, da Universidade de Cambridge, um dos autores do estudo.