CASA DIVIDIDA: Os vereadores de Porto Velho estão divididos entre Hildon Chaves e Leo Moraes

Foi o que se constatou com a rejeição do projeto do atual prefeito para extinguir o contrato com a Marquise Ambiental, que administra a coleta do lixo

CASA DIVIDIDA: Os vereadores de Porto Velho estão divididos entre Hildon Chaves e Leo Moraes

Foto: Divulgação

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O dono da foice

 

O Brasil vive a transição envergonhada do presidencialismo xucro dos anos 1930 a 1980 para uma versão parlamentarista mitigada – o semipresidencialismo. O antigo presidencialismo, que Jair Bolsonaro tentou reencarnar sem sucesso e em seu terceiro mandato o presidente Lula da Silva também não consegue retomar, era caracterizado pelo imenso poder pessoal do presidente, simultaneamente chefe da Nação, do Estado, das Forças Armadas e dos partidos que o sustentavam, completado pelo Judiciário acovardado diante de tamanho poder.

Com o semipresidencialismo minando o poder presidencial, em uma desesperada tentativa de resgatar o período em que reinava com aprovação próxima dos 90%, o presidente nomeou a ministra Gleisi Hoffmann para negociar a transição na base da sabedoria mineira – nem tão rápida que pareça medo, nem tão devagar que pareça confronto. Por isso a ministra, em seu primeiro pronunciamento dirigido ao Congresso, chamou o deputado Hugo Motta, chefe da Câmara Federal, de “meu presidente”.




No período entre 2019 e 2022, toda vez que disparava o desmatamento na Amazônia se dizia que era a devastação do Bolsonaro. Hoje se diz que é o desmatamento do Lula. São menções imprecisas: nem Bolsonaro nem Lula mandaram desmatar. O desmatamento é um desafio e contê-lo é um dever do Estado, não um item personalizável do tipo caneca do vovô.

 

Casa dividida

 

Como já se sabia, os vereadores de Porto Velho estão divididos entre a lealdade ao ex-prefeito Hildon Chaves e as promessas do novo prefeito Leo Moraes. Foi o que se constatou com a rejeição do projeto do atual prefeito para extinguir o contrato com a Marquise Ambiental, que administra a coleta do lixo na capital desde a primeira administração do então prefeito Chiquilito Erse nos anos 90. Todos os 23 vereadores foram eleitos na aliança da candidata Xxxxxxxx Xxxxxxxx com o prefeito tucano Hildão. Já era para Leo ter desconfiado que não está pastoreando suas ovelhas. O pastor é outro.

 

Leo de joelhos

 

A grande verdade é que os vereadores querem o prefeito Leo Moraes de joelhos, como já foi feito com prefeitos anteriores e os que se rebelaram foram ameaçados de cassação, casos de Mauro Nazif (PSB) e Hildon Chaves (PSDB). Moraes vai precisar de muita habilidade para administrar aquele serpentário legislativo. Os repteis tem fome de sucuri para benesses, desde a indicação de cargos comissionados a criação de comércios, de agulha a avião para a municipalidade através de compadres, aliados políticos e familiares. Vamos ver como é que as melancias vão se ajeitar neste caminhão político doravante.

 

Barbas de molho

 

Quando até o líder do prefeito n Câmara de Vereadores vota contrário a um projeto de autoria do Poder Executivo, é porque a coisa está feia. Não se fazem mais líderes do Executivo, como antigamente, quando a liderança do prefeito brigava, se escabelava e urrava em favor do seu chefe. Hoje não, as lideranças agem de acordo com seus interesses e mensalinhos. Que o prefeito Leo Moraes fique desde já de barbas de molho com relação aos vereadores. Só um vereador votou favorável no projeto referente a extinção do contrato com a Marquise e um outro, ficou em cima do muro, se abstendo. Trocando em miúdos: Leo tem de confiança um vereador e meio na Câmara Municipal.

 

Sem ressentimentos?

 

Aparentemente o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) ainda não se manifestou sobe a campanha desencadeada pela atual administração de Porto Velho para desmoralizar seu legado. Até recomendou a sua esposa, a deputada estadual Ieda Chaves a apresentar emendas destinando recursos para a nova administração. O ideal seria um arrefecimento entre as diferenças entre o ex-prefeito e o atual e deixar o pau cantar apenas nas proximidades das campanhas eleitorais. Todo mundo ganharia com isto, principalmente a população. Mesmo porque se Hildão mexer os pauzinhos com os vereadores, Leo Lion terá problemas nesta gestão. Já teve o primeiro.

 

Anistia em pauta

 

A oposição conservadora no Congresso Nacional busca através de negociações acelerar a pauta da amista aos vândalos de 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de estado. Os partidos a direita que não aderir a revogação das penalidades aos infratores que depredaram o Congresso Nacional, os tribunais e o Planalto, serão considerados traidores da causa bolsonarista. O PL, que lidera a causa do ex-presidente para que ele fature a elegibilidade, conta com mais manifestações nas ruas em favor do ex-presidente, assim que a questão entre em debate na Câmara dos Deputados e Senado.

 

As manifestações

 

Antigamente petistas e bolsonaristas lotavam as plateias de manifestações convocadas. O que se vê, desde as manifestações nos quartéis pelos bolsonaristas, é que os manifestantes só aparecem com marmitex e transportes pagos. Em Porto Velho tinha até churrasco. Nos casos de petistas, os sem-terra só aparecem nas tendas das invasões, com diária paga, café da manhã e almoço e a noite voltam em seus carros para a cidade dormir confortavelmente em suas camas. Manifestações naturais estão ficando cada vez mais difíceis e esvaziadas. Os políticos, sejam à esquerda ou da direita, tem que bancar as coisas em virtude da drástica redução de manifestantes.

 

Via Direta

 

*** O ambiente em algumas localidades ribeirinhas de Porto Velho já é semelhante ao desastre natural com a cheia de 2014. Os colonos perdendo as plantações de macaxeira, banana e animais de criação, como porcos e galinhas *** Uma situação que vai agravar ainda mais as condições de vida as margens do Rio Madeira, aparentemente muito assoreado *** O empresário Acir Gurgacz revelou durante cerimônia do voto de louvor a Eucatur, na última segunda-feira, na ALERO, que a empresa vai demorar uns 10 anos para se recuperar  economicamente das consequências da pandemia da covid *** Entre tantos atoleiros enfrentados pela empresa nos últimos 40 anos, a covid foi o mais devastador, considerou o ex-senador.

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