ESPAÇO ABERTO: A volta da Maria Fumaça nas estradas rurais de Porto Velho

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ESPAÇO ABERTO: A volta da Maria Fumaça nas estradas rurais de Porto Velho

Foto: Rondoniaovivo

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MARIA FUMAÇA


O vídeo que se espalhou pelas redes sociais e foi capa do Rondoniaovivo mostra uma cena parecida com a época das locomotivas a vapor que receberam o apelido de “Maria-Fumaça” em virtude da densa nuvem de vapor e fuligem expelida pela chaminé. Diferente das locomotivas que ofereciam segurança aos passageiros, guardadas as devidas proporções para a época,  o mesmo não ocorre com o veículo flagrado por moradores do distrito de União Bandeirantes. Ônibus velhos e sucateados estão transportando crianças e servidores sem nenhuma garantia de segurança afirmam funcionários públicos que preferem não se identificar com medo de represálias. Ora, falta de segurança nas sucatas não é nenhuma novidade o que surpreende a cada nova descoberta é o tipo de problema que aparece nos veículos. No caso em questão, a imagem do cano de descarga do ônibus lembra a chaminé de refinarias que soltam labaredas continuas.

 

 

 

 
VIROU PIADA


 
As imagens foram registradas por moradores do distrito de União Bandeirantes, que apontam o momento em que um dos ônibus da frota escolar rural sai de um ponto de parada e pega a estrada. Embora o problema seja grave pois coloca em risco a segurança de quem utiliza o “veículo” a situação é tratada como piada pelos moradores da região que parecem já estar conformados com a maneira como os distritos vem sendo tratados.

 

 

PRF

 

Um policial rodoviário, que por motivos óbvios não pode se manifestar publicamente, disse que se ele os colegas forem fazer cumprir a lei como deve ser, durante as abordagens, 100 por  cento das sucatas que transitam pelas rodovias federais na região de Porto Velho seriam apreendidas por motivos que vão desde documentos irregulares a falta de itens de segurança.   

 

 

SERGIO MORO


O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, esteve nesta quarta-feira (19) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal. Foi dar explicações sobre as conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil onde Moro, então juiz da Lava Jato, teria passado orientações ao procurador Deltan Dallagnol sobre o processo envolvendo o ex-presidente Lula. Deltan era o acusador e Moro o julgador do caso o que constitucionalmente não poderia ocorrer. Os dois teriam trocado mensagens pelo aplicativo Telegran.  Durante a audiência, o objetivo dos questionamentos acabou saindo do tema e virando um debate político entre esquerda e direita o que facilitou a situação de Sérgio Moro que nem precisou se esforçar muito para tentar esclarecer as trocas de mensagens e o quanto isso poderia ter comprometido a imparcialidade no julgamento de Lula. 

 

 

 


FÃ DE CARTEIRINHA


Senador Marcos Doval, do Espírito Santo, ficou em dúvida durante os questionamentos. Não sabia se abraça e tirava uma self sorrindo ao lado de Moro ou se o questionava sobre as denúncias que pesam contra ele. 

 


DESVIO DO FOCO


Em várias respostas que deu aos questionamentos Moro bateu na mesma tecla. Disse  querer que o Intercept apresente de onde tirou as mensagens pois vários dos procuradores citados na reportagem do site teriam negado que seus celulares tenham sido hackeados. Não há demonstração da autenticidade das mensagens afirmou o Ministro. Tem que discutir os ataques criminosos as instituições e não as conversas divulgadas.

 


COBROU CUMPRIMENTO DA CONSTITUIÇÃO 


Senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é delegado de polícia, disse que a constituição não pode ser violada. E afirmou que isso aconteceu claramente no caso do julgamento de Lula. Quebra da imparcialidade por conta de inúmeros contatos do juízo com quem tinha 100 por cento de interesse da condenação.

 


MARCOS ROGÉRIO DEFENDEU MORO


Senador Marcos Rogério (DEM-RO), disse que as reportagens do Intercept Brasil são um ataque e uma armação política para defender acusados. Afirmou que o caso é um oportunismo de “retórica vitimista” e que nada publicado até agora compromete a conduta ilibada de Sérgio Moro. Concluiu afirmando que as reportagens são uma agressão a sociedade, um retrocesso no combate a corrupção, um retrocesso a Lava Jato. Ao fazer sua pergunta quis saber o que está sendo feito para combater os hackers, a corrupção e não questionou o conteúdo das conversas que na verdade era o tema da reunião na CCJ.

 

 

 

 

 

SEM NOÇÃO


Senador Mecias de Jesus (PRB-RR) usou do tempo para fazer elogios à Moro e pedir recursos e viaturas para Roraima. Disse o senador que os crimes aumentaram 50% na capital Boa Vista, após a chegada de refugiados venezuelanos. Moro respondeu como político. O Ministério da Justiça vem fazendo amplos esforços para reduzir a criminalidade.

 

 

SEM NOÇÃO 2


O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou quase o dobro do tempo permitido para tentar fazer seus questionamentos ao ministro Sérgio Moro. Renan foi o protagonista de uma “pérola” ao ser obrigado a terminar suas perguntas por conta do tempo. Disse ele: “eu tinha 13 perguntas para fazer mas vou ter que reduzi-las”...

 


DOIS PESOS


Senador Jaques Wagner (PT-BA) disse que ouviu por várias vezes o Ministro Sérgio Moro afirmar que houve sensacionalismo na divulgação da possível conversa entre ele e Dallagnol pelo Telegran. O senador então perguntou se Moro tinha o mesmo conceito de sensacionalismo quanto aos áudios entre a ex-presidente Dilma e o ex-presidente Lula que tiveram a publicação autorizada por Moro. Moro não esclareceu mas disse que a autorização para divulgação da conversa constava nos autos e sem a interferência de hackers.

 


EMBARAÇO


O Senador Lasier Martins (Podemos-RS) também elogiou a atuação de Moro na Lava Jato mas o deixou embaraçado quanto a pergunta sobre uma das mensagens divulgadas pelo Intercept onde ele teria dito que: “nesse nós confiamos”, se referindo ao ministro Luiz Fux do STF. Mostrando nítido desconforto com a pergunta, Moro disse que há coisas nas mensagens divulgadas pelo site que ele pode ter dito, não necessariamente nos termos publicados. Falou que Luiz fux é um magistrado que ele respeita. Afirmou que o site fez uma fantasia em cima da mensagem e nem o consultou sobre o que ele estaria se referindo. 

 


CONFUSO


Moro se atrapalhou ao chamar de paródia a frase:  “In God we trust” (“Em Deus nós acreditamos”) que está impressa em todas as moedas e cédulas americanas. Ele fez essa citação para justificar a possível referência ao ministro Fux,  o que acabou tornando o esclarecimento sobre o tema ainda mais confuso.

 

 

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