Senadores do partido que tentarem reeleição vão receber R$ 2 milhões
Foto: O Globo
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O senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente do PMDB, anunciou nesta quarta-feira a distribuição dos recursos do fundo eleitoral aos deputados federais e senadores do partido que irão disputar a reeleição neste ano.
A divisão foi decidida numa reunião da bancada de legenda no Congresso — que reconduziu Juca à presidência da sigla.
No encontro, os integrantes do partido definiram que cada deputado receberá R$ 1,5 milhão, enquanto os senadores irão ganhar R$ 2 milhões. O senador ressaltou que estão nesse grupo apenas os parlamentares que já têm mandato, e não qualquer candidato.
— Discutimos que do fundo eleitoral os deputados federais receberão R$ 1,5 milhão e senadores candidatos ao Senado receberão R$ 2 milhões — explicou Jucá.
Atualmente, o PMDB tem 59 deputados e 14 senadores cujos mandatos terminam neste ano (outros seis senadores tem mandato garantido até 2022).
Caso todos esses parlamentares tentem a reeleição, o partido gastaria R$ 116 milhões. O valor que cada partido receberá ainda não foi definido, mas a estimativa é que o PMDB tenha R$ 222 milhões para utilizar na eleição.
Jucá disse ainda que os valores a serem destinados para os outros candidatos — governo estadual e, eventualmente, presidência — serão definidos só depois de o tamanho do fundo eleitoral ser definido. Além disso, adiantou que o quadro de candidatos que vão pleitear vagas pela sigla ainda não está formado.
— Não definimos os valores para as candidaturas majoritárias porque não sabemos nem o tamanho do fundo, nem quantos candidatos temos. Se a gente não sabe ainda se tem candidatura à presidente e se tem candidatura à governo, a gente não tem majoritária. — detalhou.
Segundo o senador, uma candidatura do presidente Michel Temer é possível, mas depende da vontade dele:
— Temer é uma opção do PMDB se ele assim o entender. O partido defende candidatura própria. Agora, se será ou não Temer, o tempo e a própria decisão dele que vão definir.
DIVISÃO CAUSA POLÊMICA
A divisão do fundo eleitoral tem causado polêmica entre os partidos. Nesta quarta-feira, deputados do PSDB se reuniram com o presidente do partido e pré-candidato à presidência, Geraldo Alckmin, e se decepcionaram porque não gouve uma definição sobre quanto cada candidato terá.
Os deputados querem que seja estabelecida uma cota de cerca de R$ 1,5 milhão, mas dirigentes do partido acham difícil chegar a esse valor, e falam em R$ 500 mil para cada.
Além disso, dirigentes dos grandes partidos acusam as legendas médias de fazerem um "leilão" com o dinheiro do fundo para atrair deputados com dificuldades de financiar suas campanhas, usando a janela partidária de março, quando são permitidas trocas entre siglas.
Lideranças de legendas maiores reclamam que esses partidos estariam assegurando R$ 2,5 milhões para campanhas dos próprios deputados. Além disso, tentariam atrair outros parlamentares.
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