Ezequiel não se intimidou ante às ameaças de alguns supostos sindicalistas.
Foto: Divulgação
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A situação da Caerd, empresa que ficou em uma situação financeira frágil depois que passou a ser administrada pelos próprios funcionários, foi tema de debates acalorados na Assembleia Legislativa na sessão da quarta-feira (13). Servidores da companhia, que estão com salários atrasados, compareceram à galeria para tentar pressionar deputados, que estão apreciando o Orçamento de 2018 e diversas outras matérias encaminhadas pelo Executivo.
A Caerd já estava em situação difícil, quando o então governador José Bianco, em uma tentativa de salvar a companhia, concordou com a gestão compartilhada. Assim, servidores passaram a integrar a diretoria, inclusive ocupando cargos na presidência. Durante algum tempo a situação pareceu funcionar, com a empresa melhorando um pouco o atendimento à população.
Ocorre que os servidores passaram a se preocupar mais com os próprios salários do que com o atendimento à população. Os vencimentos aumentaram consideravelmente e a maior parte da arrecadação passou a ser utilizada exclusivamente no pagamento de pessoal, impedindo investimentos e prejudicando os consumidores.
Concursos ficaram inviabilizados e a empresa teve que contratar servidores comissionados, a um custo menor, para suprir suas necessidades. A situação chegou a tal ponto que a companhia não está mais conseguindo pagar os salários, devido à desastrosa gestão compartilhada, que foi exterminada no governo Confúcio, antes que a empresa falisse de vez.
Na sessão desta quarta-feira, o deputado Ezequiel Júnior (PRB) foi obrigado a lembrar a alguns servidores, que gritavam nas galerias, que a situação chegou.
a este nível devido à gestão deles próprios. “Se a situação chegou onde chegou, foi por causa de vocês, que quebraram a companhia”, acrescentou o parlamentar.
Ezequiel não se intimidou ante às ameaças de alguns supostos sindicalistas. O deputado disse que apenas falou a verdade. “Podem colocar outdoor com minha cara pelo Estado todo. Pelo menos quem não me conhece passará a me conhecer”, destacou.
O deputado também lembrou a Operação Kairós, desenvolvida pelo Ministério Público para investigar o período em que o sindicato administrou a companhia através da gestão compartilhada, que pode ter desviado mais de R$ 8 milhões da companhia. “E ainda havia um esquema de corrupção nos consignados dos servidores”, recordou.
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