ACABOU – Rejeitada, gestão Nazif chega ao seu final de forma melancólica

Entre os nomes dos pretensos prefeitos estava Mauro Nazif (PSB), deputado experiente e político de carreira, com diversas campanhas eleitorais em seu currículo e um vasto cabedal de propostas que mudariam a realidade político-administrava da capital rondo

Da Redação

22 de Novembro de 2016 às 13:40

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ACABOU – Rejeitada, gestão Nazif chega ao seu final de forma melancólica

Foto: Divulgação

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O ano era 2012, a escolha do novo prefeito deveria marcar o final traumático da gestão de oito anos do Partido dos Trabalhadores em Porto Velho, que culminou com o prefeito e quase metade de seu primeiro escalão preso em uma operação coordenada pela Ministério Público e Polícia Federal.

Em um segundo turno até confortável no resultado final, o Dr. Mauro tornou-se prefeito de Porto Velho, a expectativa era grande por parte do eleitorado, assim como as cobranças inevitáveis do cargo que precisam de tato e estratégia política para soluciona-las.

Nazif assumiu a prefeitura sem o controle da Câmara de Vereadores, desmoralizada por denúncias de corrupção envolvendo diversos parlamentares, o próximo ex-prefeito de Porto Velho teve inclusive uma sessão para votar o pedido do seu afastamento do cargo, porém após algum tempo o clima se apaziguou entre os poderes e Nazif conseguiu colar sua base aliada.

Com uma população esperando muito, Nazif fez pouco, a morosidade na execução e elaboração obras e projetos, além do não cumprimento de grandes promessas de campanha como a construção de 40 creches e a resolução para o saneamento básico inexistente na cidade, causaram a ira de uma grande parcela da sociedade.

Quando Nazif cumpriu com o prometido, a falta no planejamento das ações acabou trazendo transtornos para sociedade e o que deveria ser visto com bons olhos acabou se voltando contra o prefeito. O principal exemplo foi a quebra do monopólio do serviço do transporte coletivo, Mauro o contrato de forma atrapalhada e acabou deixando a comunidade sem ônibus, esse fato também não foi esquecido com facilidade pela comunidade.

Nazif conseguiu decepcionar inclusive nas ações de cultura, entregou a gestão das verbas culturais para um grupo denominado “Movimento Beradeiro”, e quatro anos depois, nenhum legado foi deixado, a não ser investigações na Polícia Federal sobre os contratos de grandes shows realizados pelo município nos últimos quatro anos.

Esses fatos levaram a gestão de Mauro a sofrer uma operação da Polícia Federal, ela denominada de “Murídeos”, nome similar a ratos.

Com a chegada de 2016 veio também o momento da administração de Dr. Mauro ser colocada à apreciação popular. Durante a campanha, Mauro realizou afirmações referentes a sua administração que não condisseram com a realidade e acabou sendo motivo de raiva e chacota da comunidade.

Em várias entrevistas e debates Nazif afirmou que a cidade de Porto Velho possuía mais de 90% de iluminação pública, essa alegação revoltou moradores de diversos bairros que vivem há anos às escuras. Mauro despencou na opinião pública.

Ao final do primeiro turno do pleito o atual prefeito da capital rondoniense ficou em um vexatório terceiro lugar, tendo sua administração rejeitada de forma massiva pela comunidade portovelhense.

Com pouco mais de um mês de mandato lhe sobrando à frente do Palácio Tancredo Neves, Mauro Nazif sairá da prefeitura com centenas de crianças fora da escola por problemas nos contratos de transporte escolar em diversos distritos e região rurais de Porto Velho.

Esse e outros problemas Mauro ainda terá de se explicar à sociedade e órgãos fiscalizadores competentes. Fato que poderá ser o mais breve possível, caso prefeito eleito Hildon Chaves (PSDB) cumpra com sua palavra de campanha e realize uma auditoria em todas as contas do poder executivo municipal.

O fato é que após quatro anos, Mauro Nazif e sua equipe política sai sem deixar saudades, aliás o sentimento mais deixado nos moradores de Porto Velho foi esperança por dias melhores.

Direito ao esquecimento

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