Julgamento da presidente afastada começa na próxima quinta-feira e deve durar uma semana
Foto: Divulgação
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O futuro político da presidente afastada Dilma Rousseff será definido a partir do próximo dia 25, em uma sessão que deve se estender pelo fim de semana. O início das sessões se dará em uma quinta-feira, com a inquirição das testemunhas. Na segunda-feira, a própria Dilma vai ao Senado se pronunciar e responder a questionamentos, com o direito de permanecer em silêncio. Não há data para o julgamento acabar. Senadores estimam que ele dure sete dias e termine na quarta-feira, 31. Como nas últimas votações, cada parte tentará impor um ritmo diferente à sessão. A defesa tentará prolongar o máximo possível, enquanto a acusação tentará acelerar o processo.
O governo tem pressa para que o presidente interino, Michel Temer, esteja como efetivo na viagem que fará à China, para participar da reunião da cúpula do G20, em 4 e 5 de setembro. Do Palácio do Planalto, a orientação é para fazer a sessão andar rápido. Integrantes do núcleo duro do governo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, orientaram o senador Romero Jucá a articular formas de encurtar o julgamento. A acusação, em seu papel, retirou uma das três testemunhas que havia arrolado. A defesa, por sua vez, arrolou seis pessoas para serem interrogadas.
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A tendência é que senadores do governo reduzam o tempo de suas falas ou evitem falar. No primeiro dia, que terá início com a oitiva das testemunhas da acusação, cada senador tem três minutos para fazer as perguntas e para a réplica. O mesmo tempo é concedido às testemunhas. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside a sessão e o Senado para o processo de impeachment, poderá fazer questionamentos quando quiser. O ministro poderá interromper a sessão e recomeçá-la na sexta, 26, às 9h, e então seguir até terminarem as testemunhas.
Na segunda-feira, 29, Dilma, que já confirmou a ida ao Congresso, terá meia hora para se pronunciar e depois será questionada. A presidente, afastada desde maio, não é obrigada a responder as perguntas. Dilma havia sido aconselhada a ir. Ontem, apoiadores da petista avaliaram que a ida dela ao Senado pode contribuir para reverter posições. “A presença dela pode interferir, porque mostra que ela não tem medo. E tem pontos que ela pode esclarecer melhor do que ninguém”, defendeu o líder do PT, senador Humberto Costa (PE).
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